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2025/12 — Beto Louco teria fornecido Mounjaro a Davi Alcolumbre antes da liberação da Anvisa; medicamento custava R$ 15 mil

Senador teria relatado dificuldade em adquirir o medicamento em agosto de 2024

O empresário Beto Louco teria fornecido o medicamento Mounjaro ao senador Davi Alcolumbre em agosto de 2024, conforme apurado pelo UOL. Naquele período, o uso do Mounjaro para perda de peso ainda não era liberado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o que só ocorreu em junho de 2025. A aquisição do medicamento no mercado paralelo, naquela época, podia custar cerca de R$ 15 mil por mês.

Encontro em aniversário e promessa de entrega

A conversa sobre a dificuldade em obter o Mounjaro teria ocorrido durante um almoço na casa de Antonio Rueda, presidente do União Brasil, em Brasília, para comemorar seu aniversário de 49 anos. Segundo relatos obtidos pela reportagem, Alcolumbre teria compartilhado com os presentes a dificuldade em adquirir as canetas do medicamento no Brasil. Beto Louco teria, então, se oferecido para arranjar o produto através de um contato em São Paulo, prometendo entregá-lo rapidamente em Brasília.

Motorista de Beto Louco teria realizado a entrega

Mensagens trocadas entre Beto Louco e seu motorista indicam que o empresário precisou de ajuda para entregar um “medicamento” que chegaria a Brasília em um voo comercial. O motorista de Beto Louco teria demonstrado familiaridade com o senador, perguntando se a entrega seria para Davi. Posteriormente, uma mensagem de áudio enviada pelo motorista pessoal de Alcolumbre, Janduí Nunes Bezerra Filho (atual auxiliar sênior em seu gabinete), confirmou a entrega bem-sucedida do medicamento.

Alcolumbre e Beto Louco são procurados; defesa nega relação com PCC

O UOL procurou a assessoria de Davi Alcolumbre para comentar a relação com Beto Louco, o pedido do Mounjaro e se o medicamento seria para ele ou outros senadores. Questões sobre o conhecimento do senador sobre as investigações de fraudes de combustíveis envolvendo Beto Louco e sua suposta ligação com o PCC também foram feitas. Até o momento, a assessoria do senador não respondeu. A defesa de Beto Louco negou desconhecer os fatos e refutou qualquer relação do empresário com o PCC, afirmando que não há evidências para tal alegação.

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