O Corinthians quebrou um tabu de 11 anos sem vencer o Cruzeiro em Belo Horizonte ao bater a Raposa por 1 a 0, no Mineirão, em partida válida pela semifinal da Copa do Brasil. O único gol do confronto de ida foi marcado por Memphis Depay, ainda no primeiro tempo, garantindo uma vantagem crucial para o Timão na busca por uma vaga na final.
A equipe corintiana ativou o que foi chamado de “Modo Copa”, apresentando um futebol mais propositivo e competitivo do que o visto nas últimas rodadas do Brasileirão. Mesmo com um repertório ofensivo limitado, a resiliência e o jogo mental foram trunfos importantes, especialmente na segunda metade do segundo tempo, para manter o placar favorável.
O Início Propositivo e a Resposta Cruzerense
O Corinthians iniciou a partida pressionando o adversário, mas abusava dos cruzamentos como principal estratégia de ataque. Logo aos cinco minutos, Cássio foi exigido após um desvio em escanteio cobrado por Memphis. Rapidamente, o Cruzeiro conseguiu equilibrar o volume de jogo, mostrando que os passes para Arroyo e Kaio Jorge, infiltrando na defesa corintiana, seriam suas principais armas. A pressão alta da equipe mineira também gerou a primeira defesa de Hugo Souza, em finalização de Matheus Pereira.
A Estratégia dos Cruzamentos e o Gol de Memphis
Quando o Cruzeiro ajustou a marcação no campo ofensivo, o Corinthians teve dificuldades para avançar, com a bola frequentemente voltando para Hugo Souza, que por vezes desperdiçava a posse. No entanto, a insistência nos cruzamentos deu resultado. Em uma jogada originada por Carillo, Yuri Alberto escorou para Memphis Depay, que, mesmo cabeceando fraco, completou de pé esquerdo para abrir o placar. O primeiro tempo foi marcado por alta competitividade, mas sem grande inspiração de ambos os lados.
Segundo Tempo: Pressão da Raposa e a Resiliência Corintiana
A etapa final começou com o Cruzeiro mais intenso, buscando reverter a desvantagem. A defesa corintiana foi bastante exigida e salvou o time aos 15 minutos, com uma bela defesa de Hugo Souza e bloqueios dos zagueiros após uma série de finalizações. A entrada do colombiano Sinisterra tentou bagunçar ainda mais a defesa adversária. O Corinthians, por sua vez, reagiu se fechando, “catimbando” o jogo e atrasando as reposições. A entrada de Garro trouxe um novo fôlego, criando oportunidades e atraindo faltas dos cruzeirenses.
Vantagem Conquistada e o Caminho para a Final
As alterações e a postura do Corinthians desestabilizaram o Cruzeiro, que ficou apático e não conseguiu criar volume de jogo diante da estratégia mental dos corintianos. Nos minutos finais, a Raposa ensaiou uma blitz no ataque, mas faltou qualidade para criar chances claras e finalizar. Com a vitória fora de casa, o Corinthians coloca um pé na final da Copa do Brasil, enquanto o hepta do Cruzeiro se torna mais distante. O jogo de volta está marcado para domingo, na Neo Química Arena, às 18h (de Brasília).