Ícone do site Dpsporte Aposte Aqui

2025/12 — Trump critica Europa e dá vantagem diplomática à Rússia em negociações | CNN Brasil

“`json
{
"title": "Trump Aprofunda Divisões Transatlânticas e Acusa Europa de 'Decadência', Dando Vantagem Crucial à Rússia na Guerra da Ucrânia",
"subtitle": "Presidente americano critica aliados europeus e a nova estratégia de segurança nacional dos EUA é elogiada pelo Kremlin, que vê uma oportunidade para enfraquecer o apoio a Kiev e intensificar a retórica de ameaça contra o continente.",
"content_html": "<p>As recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a divulgação de uma nova estratégia de segurança nacional americana estão criando fissuras profundas nas relações transatlânticas, oferecendo uma inesperada vantagem diplomática à Rússia em suas negociações e na guerra contra a Ucrânia. Enquanto negociadores americanos e russos se reuniam em Moscou na semana passada, a retórica de Washington parecia enfraquecer a posição europeia, pavimentando o caminho para o Kremlin.</p><p>Em entrevista ao jornal Político na terça-feira (9), Trump intensificou as críticas à Europa, classificando as nações europeias como “fracas” e “decadentes” devido às suas políticas de imigração. Além disso, o presidente americano argumentou que Moscou possui uma “vantagem” na guerra contra a Ucrânia, sugerindo que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky deveria “começar a aceitar as coisas” diante das perdas no conflito.</p><h3>Abertura para Moscou: A Estratégia Americana e a Reação do Kremlin</h3><p>As declarações de Trump vieram à tona após a divulgação, na semana passada, de uma nova estratégia de segurança nacional que criticava abertamente os governos europeus. O documento acusava “autoridades europeias que mantêm expectativas irrealistas sobre a guerra” de obstaculizarem um acordo de paz, retratando a Europa como um “obstáculo antidemocrático” para relações estáveis com a Rússia. O chanceler alemão Friedrich Merz rebateu, classificando partes do documento como “inaceitáveis” e afirmando que a Europa não precisa da ajuda dos EUA para “salvar a democracia”.</p><p>Para o Kremlin, a postura de Trump e a nova estratégia americana foram um presente. O porta-voz Dmitry Peskov saudou o documento, afirmando que ele era “consistente com nossa visão” e falava da “necessidade de diálogo e da construção de relações construtivas e boas”. Kirill Dmitriev, CEO do Fundo Russo de Investimento Direto e intermediário-chave em recentes trocas diplomáticas, também celebrou as críticas de Trump, especialmente o alerta de que a “Europa precisa ser muito cuidadosa” e está “tomando algumas direções ruins”.</p><p>É irônico que autoridades russas amplifiquem acusações de retrocesso democrático na Europa, considerando que o presidente russo Vladimir Putin praticamente eliminou a competição política e a liberdade de imprensa ao longo de seu quarto de século no poder. Além disso, a Rússia bloqueia redes sociais como Facebook e X, embora autoridades como Dmitriev utilizem essas plataformas para difundir suas mensagens.</p><h3>Desafios Transatlânticos e a Guerra de Informação</h3><p>A política russa tem sido claramente direcionada a enfraquecer o apoio europeu à Ucrânia e semear dúvidas sobre a viabilidade da aliança da OTAN. A nova estratégia de segurança nacional da administração Trump fornece mais munição a Moscou em uma guerra de informação que visa influenciar a opinião pública tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. Este cenário remete ao choque sentido pelos europeus após o discurso do vice-presidente dos EUA, JD Vance, na Conferência de Segurança de Munique em fevereiro.</p><p>Enquanto o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky realiza uma série de visitas pela Europa para fortalecer o apoio a Kiev, reunindo-se com líderes do Reino Unido, França, Alemanha, OTAN e União Europeia, as mensagens e advertências russas direcionadas ao continente têm aumentado em volume e agressividade.</p><h3>Ameaças Crescentes: "Guerra com a Europa"</h3><p>Em entrevista à televisão estatal russa, o cientista político linha-dura Sergey Karaganov declarou que a Rússia está “em guerra com a Europa, não com uma Ucrânia miserável, lamentável e mal orientada”, acrescentando que a guerra não terminará “até destruirmos a Europa, moral e politicamente”. Embora Karaganov não falasse em nome do governo, suas palavras ecoaram ameaças feitas pelo próprio Putin.</p><p>Às vésperas de um encontro em Moscou com o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, e seu genro Jared Kushner, Putin advertiu que a Rússia está “pronta agora mesmo” para uma guerra com a Europa, embora não planeje iniciá-la. “Não estamos planejando entrar em guerra com a Europa. Já falei sobre isso centenas de vezes, mas se a Europa de repente quiser entrar em guerra conosco e começar, estamos prontos agora mesmo”, disse ele na última terça-feira. O Kremlin busca, com essa retórica, abalar os europeus e desestabilizar as relações transatlânticas em suas bases.</p>"
}
“`

Sair da versão mobile