2025/12 — São Paulo: conselheiros pedem afastamento de Casares após áudio vazado

O São Paulo Futebol Clube se encontra em meio a uma turbulência política após a formalização de um pedido de afastamento do presidente Julio Casares por um grupo de conselheiros. A solicitação, protocolada nesta segunda-feira, 15 de dezembro de 2025, surge horas depois da divulgação de áudios que indicariam um suposto esquema clandestino de venda de ingressos de camarotes no Estádio do Morumbis. As gravações envolvem Mara Casares, conselheira e diretora de eventos, e Douglas Schwartzmann, diretor adjunto do futebol de base, ambos com cargos de relevância dentro da estrutura do São Paulo. A grave denúncia, que abala a reputação do tricolor paulista, aponta para um cenário de difícil sustentação da permanência do atual mandatário, dada a sua proximidade pessoal e profissional com os envolvidos.

As denúncias e o suposto esquema de camarotes

A crise no São Paulo Futebol Clube eclodiu após a revelação de um suposto esquema ilícito envolvendo a comercialização de camarotes do Estádio do Morumbis. As denúncias, que rapidamente ganharam destaque, apontam para um desvio de receitas que deveria beneficiar o clube, mas que, ao invés disso, teria sido utilizado em operações questionáveis. O centro da polêmica são gravações de áudio que detalham a articulação de vendas clandestinas de ingressos de camarotes, especificamente para um show da renomada cantora Shakira. Este incidente não apenas levanta sérias questões sobre a integridade financeira do clube, mas também coloca em xeque a gestão de seus ativos mais valiosos, como o próprio estádio.

A natureza “manifestamente vexatória” do esquema, conforme descrito por membros do Movimento Salve o Tricolor Paulista, sugere que as práticas denunciadas vão além de meras irregularidades administrativas, adentrando o campo da conduta ética e da legalidade. A reputação de uma instituição do porte do São Paulo, construída ao longo de décadas, é imediatamente impactada por tais alegações, gerando um clima de desconfiança entre a torcida e os demais membros do conselho. A necessidade de uma apuração rigorosa e transparente torna-se premente para preservar a imagem e os valores do clube diante de um escândalo que, se confirmado, pode ter amplas repercussões.

O papel de Mara Casares e Douglas Schwartzmann

No epicentro das acusações estão duas figuras com influência significativa na administração do São Paulo: Mara Casares e Douglas Schwartzmann. Mara Casares ocupa o cargo de conselheira deliberativa e também atua como diretora feminina, cultural e de eventos do clube. Sua posição confere-lhe acesso e poder dentro da estrutura administrativa, especialmente em relação a eventos realizados no Morumbis. Douglas Schwartzmann, por sua vez, é conselheiro deliberativo e diretor adjunto do futebol de base, uma área sensível e estratégica para o futuro do clube.

Os áudios divulgados na reportagem indicam o envolvimento direto de ambos no esquema de desvio de receitas. O conteúdo de uma das gravações é particularmente incriminador, contendo uma frase que foi interpretada como uma confissão: “Então, teve negócio que você ganhou dinheiro, eu ganhei, todo mundo ganhou. Mas foi feito na confiança. Coisa errada? Errou, tem que comer com farinha.” Essa declaração sugere uma ciência e participação ativa em práticas financeiras que não estariam em conformidade com as regras do clube ou, potencialmente, com a lei. Além disso, o atual superintendente do clube, Marcio Carlomagno, também é citado por Douglas Schwartzmann, que afirmou que “ele será mandado embora, porque foi ele que concedeu o camarote para ela (Mara)”. A citação de Carlomagno adiciona mais uma camada de complexidade e envolvimento de altos escalões do São Paulo no suposto esquema.

Pedido de afastamento e suas motivações

Diante da gravidade das denúncias e do teor dos áudios vazados, um grupo de conselheiros deliberativos do São Paulo Futebol Clube protocolou um pedido formal para o afastamento cautelar do presidente Julio Casares e do superintendente Marcio Carlomagno. A solicitação, liderada por membros do Movimento Salve o Tricolor Paulista, não se baseia apenas nas acusações diretas contra Mara Casares e Douglas Schwartzmann, mas na percepção de uma conexão inegável entre o mandatário máximo do clube e os demais envolvidos no suposto esquema.

A principal justificativa para o afastamento de Casares reside na sua relação pessoal e profissional com os outros dirigentes citados. Mara Casares é esposa do presidente, o que, por si só, já estabeleceria um elo de proximidade. Além disso, tanto Mara quanto Douglas Schwartzmann ocupam cargos de elevada relevância na estrutura administrativa do São Paulo, o que intensifica a ligação profissional. Um ponto crucial levantado pelos conselheiros é a localização estratégica do camarote que ensejou a conversa gravada: ele está situado à frente da sala da Presidência do Clube, local onde o próprio Julio Casares e Marcio Carlomagno trabalham diariamente. Esse detalhe físico, segundo o movimento, torna “praticamente impossível” afastar a hipótese de ciência por parte do presidente sobre os fatos noticiados. A alegação é que a proximidade e o acesso seriam tão evidentes que a ignorância dos acontecimentos seria, no mínimo, implausível.

A atuação do Movimento Salve o Tricolor Paulista

O Movimento Salve o Tricolor Paulista tem sido a força motriz por trás do pedido de afastamento e da busca por transparência no São Paulo. Os conselheiros deliberativos que integram o movimento agiram com rapidez, formalizando o pedido de afastamento não apenas de Julio Casares e Marcio Carlomagno, mas também solicitando a remoção cautelar de Mara Casares e Douglas Schwartzmann de suas posições no Conselho Deliberativo. O objetivo central do afastamento imediato dos envolvidos é assegurar uma apuração “plena, independente e imparcial” das responsabilidades.

O grupo manifestou seu compromisso em atuar com urgência junto aos órgãos oficiais do clube, garantindo que todos os trâmites formais sejam rigorosamente observados. A seriedade, a transparência e o rigor são as palavras de ordem que pautam a ação do movimento, que busca restaurar a confiança na instituição e atender às exigências da torcida. Eles enfatizam a importância de que todas as medidas cabíveis sejam adotadas e que os fatos sejam apurados com o devido peso, respeitando sempre o direito ao contraditório e à ampla defesa dos envolvidos. Contudo, a presença da confissão nos áudios adiciona uma camada de peso às denúncias, reforçando a necessidade de uma investigação profunda e sem concessões, para que a verdade seja estabelecida e a justiça prevaleça no São Paulo Futebol Clube.

Próximos passos e a busca por integridade

A situação no São Paulo Futebol Clube exige uma resposta rápida e decisiva dos órgãos internos para restaurar a credibilidade e a confiança da torcida e dos demais stakeholders. O pedido de afastamento dos dirigentes, impulsionado pelas graves denúncias de desvio de receitas e o suposto esquema clandestino de venda de camarotes, marca um ponto crítico na gestão do clube. A exigência por uma apuração independente, transparente e rigorosa é unânime, visando a responsabilização dos envolvidos e a adoção de medidas que impeçam a reincidência de tais práticas. O futuro da liderança e a imagem institucional do São Paulo dependerão da eficácia com que essa crise for gerenciada, garantindo que os princípios de ética e integridade prevaleçam.

FAQ

O que motivou o pedido de afastamento do presidente Julio Casares?
O pedido de afastamento de Julio Casares foi motivado por denúncias de um suposto esquema clandestino de venda de ingressos de camarotes do Morumbis, envolvendo sua esposa, Mara Casares, e Douglas Schwartzmann, ambos dirigentes do clube. A proximidade pessoal e profissional do presidente com os envolvidos, além da localização estratégica do camarote denunciado, levou os conselheiros a considerarem “praticamente impossível” que ele não tivesse ciência dos fatos.

Quem são os outros dirigentes envolvidos nas denúncias?
Além de Julio Casares, as denúncias envolvem Mara Casares, conselheira deliberativa e diretora feminina, cultural e de eventos do clube, e Douglas Schwartzmann, conselheiro deliberativo e diretor adjunto do futebol de base. O superintendente Marcio Carlomagno também é citado por Schwartzmann como a pessoa que teria concedido o camarote.

Qual o próximo passo após o pedido dos conselheiros?
Após o protocolo do pedido de afastamento, os órgãos oficiais do São Paulo Futebol Clube, como o Conselho Deliberativo e o Conselho de Ética e Disciplina, deverão iniciar um processo de investigação. Este processo incluirá a análise das evidências, a coleta de depoimentos e a garantia do direito ao contraditório e à ampla defesa dos envolvidos, buscando uma apuração completa e imparcial das responsabilidades.

Acompanhe as atualizações e saiba mais sobre os desdobramentos desta importante investigação que impacta o futuro do São Paulo Futebol Clube.

Fonte: https://esporte.ig.com.br

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