2025/12 — Agressor morto pela polícia ao tentar matar ex-companheira em Mato Grosso

Uma grave tentativa de feminicídio teve um desfecho trágico e complexo na noite do último domingo, 14 de maio, na cidade de Nova Xavantina, localizada no Mato Grosso. O incidente envolveu Lair da Rosa, um homem de 77 anos, que foi fatalmente baleado por policiais militares após invadir a residência de sua ex-companheira, uma mulher de 58 anos, e efetuar disparos de arma de fogo. A Polícia Militar agiu prontamente diante do chamado de emergência, que relatava uma situação de extrema violência e ameaça à vida. A ação rápida das autoridades foi decisiva para salvar a vítima, que se encontrava em perigo iminente, trancada e aterrorizada em um banheiro da casa. Este evento ressalta a importância da intervenção policial em casos de violência doméstica, especialmente quando há risco direto à vida.

Agressão e o chamado de socorro

Invasão e ameaça iminente

O cenário de terror começou a se desenrolar por volta das 21h daquele domingo. A vítima, uma mulher de 58 anos, acionou a Polícia Militar em um momento de desespero, denunciando uma tentativa de feminicídio em sua própria residência. Segundo o relato detalhado da mulher, seu ex-marido, Lair da Rosa, de 77 anos, havia invadido a propriedade. A invasão não foi silenciosa, com o agressor efetuando diversos disparos de arma de fogo dentro do imóvel, intensificando o pânico da moradora. Diante da ameaça direta e da violência explícita, a mulher conseguiu encontrar refúgio em um banheiro da casa, onde se trancou na esperança de se proteger dos ataques de seu ex-companheiro. Os tiros ecoavam pela casa, criando uma atmosfera de pavor e incerteza sobre o que aconteceria a seguir. A agilidade da vítima em contatar as autoridades foi crucial, pois a cada segundo a situação se tornava mais crítica, com a vida dela por um fio. A ligação desesperada da mulher foi o catalisador para a intervenção que se seguiria, marcando o início da resposta policial a um crime que poderia ter tido um desfecho ainda mais fatal.

O confronto e a intervenção policial

A chegada dos militares e a troca de tiros

Ao receberem o chamado urgente para a ocorrência de tentativa de feminicídio, as equipes da Polícia Militar prontamente se deslocaram para o endereço indicado em Nova Xavantina. Chegando ao local, os policiais confirmaram a gravidade da situação ao ouvirem, de fora da residência, o som inequívoco de pelo menos dois tiros sendo disparados de dentro do imóvel. Essa constatação de disparos ativos e a informação de que a vítima estava escondida e sob ameaça iminente levaram os militares a tomar a decisão de entrar na casa para conter o agressor e resgatar a mulher.

Com a entrada dos agentes na residência, os policiais imediatamente chamaram pelo suspeito. Lair da Rosa surgiu da área da cozinha, visivelmente armado e avançando na direção dos policiais. A presença de um revólver em suas mãos e sua postura agressiva indicaram uma ameaça direta e imediata à segurança dos próprios agentes e à vida da vítima que ainda estava no interior da casa. Diante da iminência de um ataque, os policiais se viram obrigados a reagir. Houve um confronto direto, resultando em Lair da Rosa sendo atingido pelos disparos dos militares.

Imediatamente após o confronto, o Corpo de Bombeiros foi acionado e prestou os primeiros socorros ao agressor no próprio local da ocorrência. No entanto, apesar dos esforços das equipes de emergência, Lair da Rosa não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. Simultaneamente, a equipe policial conseguiu resgatar a ex-companheira de Lair. Embora não apresentasse ferimentos físicos, a mulher estava em profundo estado de choque, uma consequência compreensível da experiência traumática de ter sua casa invadida e sua vida ameaçada por seu ex-parceiro. A ação dos policiais, embora resultando em uma morte, foi fundamental para cessar a agressão e garantir a segurança da vítima, que enfrentava uma situação de alto risco.

Histórico do agressor e material apreendido

Antecedentes criminais e evidências no local

A investigação subsequente ao trágico evento revelou detalhes cruciais sobre o perfil do agressor, Lair da Rosa. A corporação policial informou que o homem de 77 anos já possuía um histórico preocupante de passagens pela polícia. Seu prontuário incluía registros por crimes de ameaça, o que demonstrava um padrão de comportamento violento e intimidador. Além disso, Lair também tinha antecedentes por importunação sexual, o que adiciona uma camada de gravidade e reincidência ao seu comportamento delitivo, sublinhando a natureza contínua de suas transgressões contra outras pessoas. Esses registros prévios indicam que a violência não era um evento isolado na vida do agressor, mas sim parte de um histórico de desrespeito e agressão.

Durante o atendimento à ocorrência e a posterior perícia no local, foi apreendido o revólver utilizado por Lair da Rosa na tentativa de feminicídio. Tratava-se de uma arma de calibre .38 mm, o que corrobora o relato da vítima sobre os múltiplos disparos efetuados dentro da residência. A apreensão da arma é um elemento fundamental para a confirmação dos fatos e para o prosseguimento das análises forenses necessárias para a completa elucidação do caso. A presença de uma arma de fogo calibre .38 mm em posse de um indivíduo com histórico de agressões representa uma ameaça significativa e destaca a gravidade das situações de violência doméstica, onde o acesso a armas pode ter consequências fatais. Este detalhe reforça a percepção de que a intervenção policial foi uma resposta a uma ameaça real e iminente, justificando a ação tomada para proteger a vida da vítima e a segurança pública.

Implicações e o combate à violência doméstica

Reflexões sobre segurança e proteção

O desfecho da ocorrência em Nova Xavantina, embora trágico pela morte de um indivíduo, levanta importantes reflexões sobre a persistente problemática da violência doméstica e do feminicídio no Brasil. Este caso específico destaca a imprevisibilidade e o perigo que as vítimas podem enfrentar, especialmente de agressores com histórico de violência e posse de armas. A rápida e decisiva ação da Polícia Militar foi crucial para evitar que a tentativa de feminicídio se concretizasse, salvando a vida da mulher. No entanto, a necessidade de tal intervenção violenta sublinha as falhas no sistema de proteção que muitas vezes permitem que agressores reincidam e escalem seus atos de violência.

A Lei Maria da Penha é um marco fundamental na legislação brasileira, mas sua efetividade depende de uma rede de apoio e vigilância contínua, bem como da coragem das vítimas em denunciar. Casos como o de Lair da Rosa, com passagens anteriores por ameaça e importunação sexual, demonstram a importância de um acompanhamento rigoroso e medidas protetivas eficazes que realmente impeçam o agressor de se aproximar da vítima. A situação em Nova Xavantina serve como um lembrete sombrio da realidade enfrentada por muitas mulheres e da complexidade de se garantir segurança em ambientes domésticos que se tornam hostis. É imperativo que a sociedade continue a debater e aprimorar os mecanismos de prevenção e combate à violência de gênero, garantindo que as vítimas se sintam seguras para buscar ajuda e que os agressores sejam contidos antes que a violência atinja um ponto sem retorno.

Conclusão

O incidente em Nova Xavantina, no Mato Grosso, é um exemplo contundente da urgência e da complexidade do combate à violência doméstica. A rápida e enérgica ação da Polícia Militar foi determinante para interromper uma tentativa de feminicídio, resultando no salvamento da vida da vítima, embora a um custo trágico. Este evento ressalta a importância da intervenção policial em situações de alto risco e a necessidade contínua de vigilância e apoio às vítimas de violência.

FAQ

Onde e quando ocorreu o incidente?
O incidente ocorreu na noite de domingo, 14 de maio, na cidade de Nova Xavantina, localizada no estado do Mato Grosso.

Qual foi o papel da polícia na ocorrência?
A Polícia Militar foi acionada pela vítima e interveio na residência, confrontando o agressor armado para proteger a mulher. Durante o confronto, o agressor foi baleado e morreu.

O agressor possuía histórico de violência?
Sim, Lair da Rosa, o agressor, já tinha passagens pela polícia por crimes de ameaça e importunação sexual.

Como a vítima foi encontrada?
A vítima foi resgatada sem ferimentos físicos, mas em profundo estado de choque, após ter se trancado em um banheiro para se proteger do agressor.

Se você ou alguém que conhece está sofrendo violência doméstica, não hesite em denunciar. Procure a Polícia Militar pelo número 190, ligue para o Disque 100 ou procure uma Delegacia da Mulher. Sua vida e sua segurança são prioridades.

Fonte: https://oglobo.globo.com

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