Pelo menos 12 pessoas foram mortas em um tiroteio na movimentada praia de Bondi, em Sydney, Austrália, que, segundo a polícia, teve como alvo a comunidade judaica. O ataque, classificado como terrorismo, resultou na morte de um dos atiradores e deixou outro em estado crítico, mergulhando a cidade em choque e luto.
Belinda Clemens, que desfrutava da tarde sentada nas rochas da zona norte de Bondi, foi uma das testemunhas oculares do horror. O que começou como um som enganoso rapidamente se transformou em um cenário de pânico e desespero. “Parecia fogos de artifício, e então ficou claro que era um tiroteio porque as pessoas estavam correndo em ambas as direções”, relatou Clemens à CNN, descrevendo os momentos iniciais do ataque que interrompeu abruptamente um dia de verão.
O Pânico na Água e na Areia
Clemens descreveu ter visto tiros atingindo a água, com “espirros subindo ao ar”, enquanto o caos se instalava. Muitos dos que estavam no mar no momento do incidente optaram por nadar para longe da costa, temendo retornar à areia onde o terror se desenrolava. Vídeos gravados por Clemens mostram nadadores flutuando na água e agarrados a pranchas de surfe, buscando segurança longe do perigo iminente.
Em meio à correria, a testemunha emprestou seu telefone a várias crianças em desespero, que buscavam tranquilizar seus pais sobre sua segurança. A praia, que momentos antes fervilhava com a alegria de famílias e amigos, esvaziou-se em questão de minutos, deixando para trás um cenário desolador.
Vestígios de um Dia Interrompido
Após a evacuação, Clemens notou os vestígios de uma noite de verão abruptamente interrompida: sapatos espalhados, latas de cerveja e até bolos de aniversário abandonados às pressas. “É uma área familiar. É realmente perturbador”, lamentou, refletindo o sentimento de uma comunidade abalada por um ato de violência inimaginável em um local de lazer e união.