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2025/12 — Höfner, Marca do baixo de McCartney, declara falência e músico lamenta

A lendária marca de instrumentos Höfner, conhecida mundialmente por fabricar o icônico baixo 500/1, o “baixo-violino” eternizado por Paul McCartney, declarou falência na Alemanha. A notícia chocou a comunidade musical e fãs do Beatle, marcando o fim de uma era para uma empresa com uma história rica em inovação e contribuição para a música popular. Paul McCartney, cuja imagem se tornou indissociável do singular instrumento, expressou profunda tristeza pela notícia, ressaltando o impacto pessoal e cultural da Höfner. Esta decisão representa não apenas um revés financeiro para a empresa, mas também a perda de um pilar na história dos instrumentos musicais, cujo legado ressoa em incontáveis gravações e apresentações ao redor do mundo. O declínio de uma gigante: O pedido de falência da Höfner A Höfner, com mais de 130 anos de história na fabricação de instrumentos musicais, entrou formalmente com um pedido de insolvência na Alemanha. Esta ação legal sinaliza o colapso financeiro da companhia, que tem lutado para se manter competitiva em um mercado global cada vez mais desafiador. Embora os detalhes específicos do processo e as dívidas acumuladas não tenham sido totalmente divulgados, o pedido de falência geralmente permite que a empresa reorganize suas finanças sob supervisão judicial, ou que seus ativos sejam liquidados para pagar credores. O encerramento das operações da Höfner, ou uma drástica redução de sua escala, é uma possibilidade real, gerando incerteza sobre o futuro de sua produção e de seus valiosos modelos. Contexto econômico e desafios da indústria A queda da Höfner reflete uma tendência mais ampla de dificuldades enfrentadas por fabricantes tradicionais de instrumentos musicais. A concorrência acirrada de empresas asiáticas que oferecem produtos a preços mais baixos, a mudança nos hábitos de consumo impulsionada pela digitalização da música e o impacto de crises econômicas globais, como a pandemia de COVID-19, têm pressionado o setor. Problemas na cadeia de suprimentos, aumento dos custos de matéria-prima e mão de obra, e a diminuição da demanda por instrumentos artesanais em favor de alternativas mais tecnológicas ou acessíveis, são fatores que podem ter contribuído significativamente para a situação financeira da Höfner. A empresa, que sempre priorizou a qualidade e a fabricação manual, pode ter tido dificuldades em adaptar-se a um mercado que exige cada vez mais escala e otimização de custos sem comprometer seu legado. O legado do “baixo-violino”: Höfner 500/1 e Paul McCartney A Höfner alcançou fama mundial graças a um instrumento em particular: o baixo 500/1, carinhosamente conhecido como o “baixo-violino” ou “violin bass” devido à sua forma distintiva. Lançado em 1956, este baixo se diferenciava pela sua construção de corpo oco (semi-acústico), escala curta e um som quente e ressonante. Sua aparência elegante e leveza o tornaram uma escolha popular entre muitos músicos, mas foi a associação com um dos maiores ícones da música que o catapultou para o panteão dos instrumentos lendários. A indissolúvel conexão entre Paul McCartney e seu Höfner Paul McCartney adquiriu seu primeiro baixo Höfner 500/1 em 1961, em Hamburgo, Alemanha, por cerca de 30 libras. Na época, ele estava à procura de um baixo de preço acessível e, sendo canhoto, a simetria do Höfner 500/1 era uma grande vantagem, pois não parecia “de cabeça para baixo” quando virado para tocar. Este instrumento se tornou uma extensão de sua criatividade e do som revolucionário dos Beatles. O timbre único do Höfner 500/1, caracterizado por seu calor e sustain, foi fundamental para moldar o som de inúmeras canções dos Beatles, desde os primeiros sucessos até clássicos atemporais. McCartney usou o baixo Höfner durante toda a sua carreira com os Beatles e, posteriormente, com os Wings e em sua carreira solo, tornando-o um de seus instrumentos mais reconhecíveis e queridos. Sua lealdade ao “baixo-violino” ao longo de décadas solidificou não apenas o status do instrumento, mas também a marca Höfner na história da música popular. O lamento de um ícone e o futuro da Höfner A notícia da falência da Höfner reverberou por toda a comunidade musical, mas o impacto mais sentido foi o lamento público de Paul McCartney. O músico expressou sua profunda tristeza com a situação, declarando-se “muito triste” pela notícia. Este sentimento sublinha a conexão pessoal e emocional que McCartney tem com a marca e o instrumento que o acompanhou em momentos cruciais de sua trajetória artística. Para ele, e para tantos outros músicos e fãs, o Höfner 500/1 não é apenas um baixo, mas um símbolo de uma era, uma ferramenta que ajudou a criar algumas das músicas mais influentes de todos os tempos. O impacto na comunidade musical e o futuro da marca A falência da Höfner deixa uma lacuna no cenário dos instrumentos musicais. Para colecionadores e entusiastas, o valor dos baixos Höfner, especialmente os modelos vintage e o 500/1, pode sofrer oscilações. Há especulações sobre a possibilidade de outra empresa adquirir os direitos da marca e retomar a produção, mantendo vivo o legado da Höfner. No entanto, o destino da marca e de suas icônicas linhas de produção permanece incerto. A comunidade musical global lamenta a perda de uma fabricante que, por mais de um século, forneceu instrumentos de alta qualidade e com um som inconfundível, deixando uma marca indelével na cultura e na história da música. O encerramento, ou a reestruturação, da Höfner serve como um lembrete da fragilidade de empresas tradicionais diante das rápidas transformações do mercado moderno. Perguntas frequentes Qual modelo de baixo Höfner Paul McCartney usava? Paul McCartney é mais conhecido por usar o baixo Höfner 500/1, popularmente chamado de “baixo-violino” devido à sua forma característica. Ele o adquiriu em 1961 e o utilizou extensivamente durante toda a sua carreira, com os Beatles, Wings e em seus projetos solo. Por que a Höfner declarou falência? A Höfner declarou falência devido a uma combinação de fatores, incluindo a intensa concorrência global, a mudança nos hábitos de consumo, os desafios econômicos gerais e o aumento dos custos de produção, que afetaram a sustentabilidade de fabricantes tradicionais de instrumentos. O que acontece com os baixos Höfner agora? Com o pedido

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2025/12 — Polícia apura se assassinato de técnicos em Salvador teve ligação com ‘taxa’

Três funcionários de uma empresa de internet foram brutalmente assassinados enquanto exerciam suas funções em Salvador, e a principal linha de investigação, segundo relatos de familiares, aponta para uma possível retaliação. O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) conduz a apuração, focando na hipótese de que os trabalhadores foram punidos por uma alegada recusa da empresa em pagar uma “taxa” imposta por traficantes para operar no bairro Alto do Cabrito, uma área conhecida pela atuação do crime organizado. A Polícia Civil, embora admita essa vertente, ressaltou que todas as possibilidades continuam sendo investigadas para desvendar o crime que chocou a capital baiana. O assassinato de técnicos em Salvador gerou grande comoção e um alerta sobre a segurança de profissionais que atuam em áreas de risco. A investigação policial e as primeiras pistas A Polícia Civil do estado da Bahia, responsável pela investigação dos homicídios, informou que já possui “indicativos de autoria” relacionados às mortes dos três funcionários. A principal linha investigativa atualmente aponta para a atuação de um grupo criminoso com base no bairro vizinho de Marechal Rondon. A celeridade na identificação dos possíveis responsáveis é um foco das autoridades, que trabalham intensamente na coleta de provas. Linhas de apuração e identificação de autoria Equipes do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) localizaram, na quinta-feira subsequente ao crime, o veículo Volkswagen Kombi utilizado pelos trabalhadores. O automóvel foi encontrado no bairro Granjas Rurais e imediatamente encaminhado para perícia pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT). A análise do veículo pode fornecer elementos cruciais para a elucidação do caso, como impressões digitais, vestígios de confronto ou outros indícios que ajudem a traçar a dinâmica dos eventos e confirmar a identidade dos envolvidos. Embora a hipótese da “taxa” seja forte, a Polícia Civil mantém a postura de não descartar nenhuma outra possibilidade, garantindo uma investigação abrangente e exaustiva. A denúncia de extorsão e o contexto da violência O crime reacendeu o debate sobre a segurança de trabalhadores de serviços essenciais que precisam atuar em áreas controladas pelo crime organizado. Familiares das vítimas relatam que a prática de extorsão, conhecida como “taxa” ou “propina”, é comum em certas regiões, onde traficantes exigem pagamentos para permitir a execução de serviços, como instalação de internet. Relatos de ameaças e o impacto nos trabalhadores Os funcionários Ricardo Antônio da Silva Souza, de 44 anos, Jackson Santos Macedo, de 41, e Patrick Vinícius dos Santos Horta, de 28, foram encontrados com sinais de tortura e os pés e mãos amarrados, um indicativo da brutalidade do ato. Eles usavam uniformes da empresa Planet Internet e estavam prestes a realizar um serviço no Alto do Cabrito. Segundo relatos de familiares, Ricardo já havia sido ameaçado anteriormente por criminosos que o liberaram com um “recado” para a empresa, alertando que os técnicos seriam mortos caso o pagamento da propina não fosse efetuado. Esses depoimentos reforçam a principal teoria da investigação. Em manifestação realizada contra a violência sofrida por profissionais da área, o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações da Bahia (Sinttel-Bahia), liderado por seu presidente Joselito Ferreira, denunciou as condições precárias e a falta de amparo que muitos trabalhadores enfrentam, especialmente ao serem enviados a regiões perigosas sem a devida segurança. O sindicato enfatiza a necessidade de as empresas e as autoridades garantirem a integridade física de seus colaboradores. A resposta das autoridades e o posicionamento da empresa Diante da gravidade dos fatos e da repercussão do caso, as autoridades estaduais e a empresa envolvida se pronunciaram sobre as ações e o desdobramento da situação. A cooperação entre as partes é considerada fundamental para a resolução do crime e para a prevenção de futuros incidentes. Reuniões e intensificação de ações na região A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado da Bahia informou ter realizado uma reunião com representantes de empresas prestadoras de serviço. Durante o encontro, informações foram repassadas às Polícias Militar e Civil, com o objetivo de articular estratégias e intensificar as ações. A pasta assegurou que as forças estaduais “intensificaram as ações na região do Alto do Cabrito, visando a captura dos criminosos envolvidos nas mortes violentas”. O secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, declarou que “é prioridade número um a localização destes covardes, que de forma desumana retiraram a vida de três trabalhadores. Todos os recursos serão utilizados na identificação e localização destes indivíduos”. Werner garantiu ainda que “o Estado dará uma resposta firme contra os autores deste crime bárbaro e covarde”. A posição da Planet Internet A empresa Planet Internet, em nota oficial divulgada em suas redes sociais, expressou consternação com o ocorrido e prestou solidariedade aos familiares das vítimas. A organização afirmou estar colaborando ativamente com as investigações policiais, fornecendo todas as informações e recursos solicitados. Contudo, a Planet Internet ressaltou que não recebeu “em momento algum qualquer pedido de resgate ou de pagamento para acesso de suas equipes à localidade em questão”, negando diretamente a acusação de extorsão. Continuidade da justiça e segurança para trabalhadores O brutal assassinato dos três técnicos em Salvador expõe a complexa realidade da atuação de serviços essenciais em áreas vulneráveis ao controle do crime organizado. Enquanto a Polícia Civil avança na investigação com indicativos de autoria e a recuperação do veículo das vítimas, a hipótese de retaliação por não pagamento de “taxa” ao tráfico permanece como a mais forte, sustentada por relatos de familiares e pelo Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações. A Secretaria de Segurança Pública assegura a intensificação das ações para capturar os responsáveis e promete uma resposta firme do Estado. Em contrapartida, a empresa Planet Internet nega ter recebido quaisquer pedidos de extorsão. A elucidação completa deste crime é crucial não apenas para a justiça das famílias enlutadas, mas também para garantir um ambiente mais seguro para todos os trabalhadores que, diariamente, arriscam suas vidas para manter serviços fundamentais em funcionamento. Perguntas frequentes (FAQ) 1. Quem foram as vítimas do assassinato em Salvador? As vítimas são Ricardo Antônio da Silva Souza, de 44 anos, Jackson Santos Macedo, de 41, e Patrick Vinícius dos Santos Horta,

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2025/12 — Copa 2026: ingressos mais baratos são tática, diz entidade de torcedores

A recente decisão da Fifa de introduzir uma nova categoria de ingressos mais baratos para a Copa do Mundo de 2026, com valores a partir de 60 dólares para a final, foi recebida com profundo ceticismo por associações de fãs globais. A Football Supporters Europe (FSE), uma das principais entidades a representar torcedores em todo o continente, descreveu a medida como uma “mera tática para acalmar os ânimos” após a intensa reação negativa provocada pelos preços inicialmente divulgados. Este anúncio, que visa supostamente tornar a competição mais acessível, não conseguiu dissipar as preocupações sobre a inclusão e o custo proibitivo de acompanhar o torneio, que ocorrerá em três países: Canadá, México e Estados Unidos. A comunidade de fãs, juntamente com figuras políticas e esportivas, continua a questionar se os ingressos Copa do Mundo 2026 realmente atendem à promessa de um Mundial para todos. Críticas e o modelo de precificação da FIFA A Football Supporters Europe (FSE), organização que congrega associações de torcedores de diversas federações, não poupou críticas à estratégia da Fifa. Para a entidade, a oferta de ingressos a 60 dólares para a final, por exemplo, embora pareça um alívio, é uma resposta reativa e insuficiente aos protestos em massa. Os bilhetes desta categoria mais acessível, reservados para torcedores oficiais vinculados às federações nacionais, são vistos como uma tentativa de mitigar a indignação global sem abordar as falhas estruturais no modelo de precificação. A FSE argumenta que esta “recuo parcial” expõe as lacunas de um sistema que, desde o princípio, não foi desenhado para ser verdadeiramente inclusivo. A decepção dos torcedores europeus A frustração é palpável entre os grupos de torcedores. Guillaume Auprêtre, porta-voz dos Irrésistibles Français (IF), um dos maiores grupos de fãs da seleção da França com cerca de 2,5 mil membros, expressou um sentimento geral de decepção. Ele destacou que os preços divulgados em 11 de dezembro para os grupos oficiais de torcedores colocaram em xeque a promessa do presidente da Fifa, Gianni Infantino, de realizar a “Copa do Mundo mais inclusiva” da história. Os valores inicialmente anunciados chocaram muitos. Segundo o IF, um torcedor pode esperar desembolsar entre 190 e 600 euros por um jogo da fase de grupos. Para as quartas de final, os preços variam de 580 a 1.200 euros, e para a grande final, os custos podem chegar a impressionantes 3.600 a 7.400 euros. Auprêtre afirmou que, ao ver esses valores, a percepção imediata foi de que o sonho de muitos torcedores em acompanhar suas seleções estava em sério risco. A entidade entende que a simples adição de uma categoria de ingressos mais baratos não resolve a barreira de entrada imposta por esses custos exorbitantes para a maioria das fases da competição. O impacto financeiro e a visão sobre a precificação A discussão sobre o preço dos ingressos para a Copa do Mundo de 2026 vai além das táticas da Fifa e das reclamações pontuais, alcançando uma análise mais profunda sobre a estratégia da entidade e o impacto financeiro real na vida dos fãs. Especialistas e torcedores de longa data apontam para uma aparente equiparação entre os preços oficiais e os valores historicamente praticados no mercado de revenda, levantando questionamentos sobre a verdadeira intenção por trás dos custos elevados. Preços oficiais x mercado de revenda O cientista político argentino Christian Crivelli, de 34 anos, um entusiasta que já esteve nas Copas do Brasil (2014), Rússia (2018) e Catar (2022), e planeja ir à América do Norte em 2026, oferece uma perspectiva instigante. Crivelli sugere que a Fifa, em sua estratégia de precificação, buscou aproximar os valores oficiais dos ingressos daqueles que historicamente eram praticados no mercado paralelo de revenda. Segundo ele, a entidade tentou “levar os preços históricos de revenda (de ingressos para as Copas do Mundo) para os preços oficiais”. Em outras palavras, onde antes um ingresso de 60 dólares era revendido por 500 dólares, a Fifa agora estaria vendendo diretamente por 500 dólares, gerando um choque significativo para os torcedores. Crivelli, que gerencia um dos grupos de WhatsApp da “La Banda Argentina” – uma comunidade de torcedores que se organiza para acompanhar o Mundial –, reforça essa visão. Para ele, a equiparação é evidente: “Se você olhar para o que foi a revenda histórica do Catar ou da Rússia, mais ou menos os preços se igualam ao que a Fifa está vendendo agora”. Essa análise sugere que a “inclusão” prometida pela Fifa poderia estar mais alinhada a uma captação de receita antes restrita ao mercado secundário. A reação aos preços elevados transcendeu o universo dos torcedores organizados e dos especialistas. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também se manifestou, embora celebrando a disponibilidade de ingressos mais baratos, incentivou a Fifa a fazer mais para que os bilhetes sejam acessíveis e para que a Copa do Mundo não perca o contato com os “verdadeiros torcedores” que tornam o esporte tão especial. Entre os fãs sul-americanos, que frequentemente enfrentam custos adicionais de viagens longas e câmbio desfavorável, o impacto financeiro é um desestímulo marcante. César Charry, administrador público colombiano, descreve os preços como “nas alturas”, inviabilizando o planejamento. Ele pondera que, para ir, as economias não seriam suficientes, e seria preciso recorrer a um empréstimo, tornando a decisão “muito complexa”. Daniel Ballén, outro colombiano, revelou que os valores elevados levaram sua família a abrir mão de gastos do dia a dia para manter o plano de acompanhar o torneio, um sacrifício que se sustenta apenas pela “paixão” que, para ele, está “acima” dos custos. Até mesmo no meio esportivo, a preocupação é visível: o técnico da seleção da Escócia, Steve Clarke, fez um apelo para que “as pessoas não se endividem para ir à Copa do Mundo”. Cenário de incertezas e o desafio da inclusão O anúncio de uma categoria de ingressos mais acessíveis pela Fifa para a Copa do Mundo de 2026, embora tenha sido apresentado como um esforço para acalmar as tensões, falhou em convencer a maioria dos observadores e das entidades de torcedores. A percepção generalizada é de que

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2025/12 — Lesão de Mateus Cocão desfalca Vasco na final da Copa do Brasil

O cenário estava montado para um dos confrontos mais aguardados do futebol nacional: a primeira partida da final da Copa do Brasil, entre Corinthians e Vasco, na imponente Neo Química Arena. A atmosfera de decisão, contudo, foi permeada por um momento de preocupação nos minutos finais que antecederam o apito inicial. A torcida vascaína, já em êxtase pela importância do jogo, recebeu uma notícia impactante: o volante Mateus Cocão, peça importante no elenco cruzmaltino, sofreu uma lesão inesperada durante o aquecimento e foi prontamente cortado da partida decisiva. A ausência de Mateus Cocão, mesmo que inicialmente prevista para o banco de reservas, representa uma perda de opções para a comissão técnica e adiciona um tempero amargo à expectativa para o embate. O incidente no aquecimento e o drama do atleta A cena e o diagnóstico inicial Os treinamentos de aquecimento, rotineiros em qualquer partida de futebol, se transformaram em palco para um triste desfecho para o jovem Mateus Cocão. Enquanto os jogadores realizavam os últimos movimentos antes de pisar no gramado para o confronto contra o Corinthians, o volante de 23 anos sofreu uma contusão no joelho esquerdo. A cena, visível para poucos presentes no momento e posteriormente relatada, descreveu o momento exato em que o atleta travou um dos pés no gramado, resultando na torção que o tirou da grande final. A reação imediata de Mateus Cocão foi de dor e frustração. O jogador deixou o campo visivelmente abalado, chorando copiosamente, sendo amparado e carregado por membros da comissão técnica e do estafe do Vasco. A imagem do volante, consolado e retirado do local do incidente, rapidamente se espalhou, gerando apreensão entre os torcedores e solidariedade de colegas de profissão. O departamento médico do Vasco agiu com rapidez, confirmando o problema no joelho esquerdo e declarando o atleta inapto para a partida. A urgência da situação e a gravidade aparente da lesão levaram ao corte imediato, sem tempo para maiores avaliações naquele momento crucial, mas apontando para a necessidade de exames mais detalhados para determinar a extensão exata do dano. O contexto da partida e a importância da final A relevância da Copa do Brasil e o papel de Cocão no elenco A Copa do Brasil é, sem dúvida, um dos torneios mais prestigiados e cobiçados do calendário nacional. Além do título em si, que confere prestígio e glória, a competição oferece uma vaga direta na Copa Libertadores da América, além de uma premiação financeira substancial, essencial para a saúde financeira dos clubes brasileiros. Para o Vasco, chegar à final representava a coroação de uma campanha árdua, superando adversários difíceis e demonstrando resiliência. O confronto contra o Corinthians, um gigante do futebol nacional e adversário tradicional, elevava ainda mais a temperatura e a importância da decisão, prometendo um duelo tático e emocional intenso. Nesse cenário de alta voltagem, Mateus Cocão, embora figurando como reserva sob o comando do técnico Fernando Diniz, desempenhava um papel valioso no elenco cruzmaltino. Com 23 anos de idade, o volante já acumulava experiência, tendo disputado 39 partidas na temporada, sendo 11 delas como titular. Esses números revelam que, apesar de não ser uma presença constante entre os onze iniciais, Cocão era um atleta frequentemente utilizado, capaz de oferecer profundidade ao elenco, versatilidade tática e energia do banco de reservas. Sua capacidade de atuar em diferentes funções no meio-campo, seja na contenção ou auxiliando na transição, o tornava uma opção estratégica importante para Diniz, especialmente em um jogo tão desgastante como uma final. A ausência de um jogador com seu perfil reduz as alternativas do treinador para eventuais substituições, seja para reforçar a marcação, oxigenar o meio-campo ou adaptar-se a diferentes cenários do jogo. Implicações e o caminho adiante para o Vasco Desfalque e alternativas para Fernando Diniz A lesão de Mateus Cocão é um desfalque que, embora não altere a formação inicial, impacta a profundidade do elenco e as opções estratégicas de Fernando Diniz para a final. Em um jogo de tamanha importância, onde cada substituição pode ser decisiva, ter um jogador com as características de Cocão à disposição no banco é fundamental. A ausência do volante força a comissão técnica a reorganizar o banco de reservas e a pensar em outras soluções caso haja necessidade de alterações no meio-campo. Jogadores como Jair, Zé Gabriel ou até mesmo Galarza poderiam ser as alternativas mais evidentes para Diniz, dependendo da necessidade tática, seja para manter a posse de bola, aumentar a intensidade da marcação ou injetar mais criatividade. Além do impacto tático, a lesão de um colega de equipe, especialmente de forma tão dramática e nos minutos que antecedem uma final, pode ter um efeito psicológico sobre o grupo. A imagem de um companheiro saindo chorando do aquecimento pode gerar um misto de solidariedade e, em alguns casos, uma dose extra de motivação para lutar pelo resultado. Para o clube, o caminho adiante envolve, primeiramente, o acompanhamento rigoroso da recuperação de Cocão. Exames de imagem aprofundados serão necessários para determinar a extensão exata da lesão no joelho e estabelecer um prognóstico de tempo de recuperação. A partir daí, um plano de tratamento e reabilitação será traçado para que o atleta possa retornar aos gramados o mais breve e seguro possível, contribuindo novamente com a equipe nas próximas fases da temporada. A solidariedade interna e a resiliência do grupo serão testadas diante deste infortúnio, exigindo que outros atletas assumam a responsabilidade e preencham a lacuna deixada pelo volante. Perguntas frequentes sobre a lesão O que aconteceu com Mateus Cocão? O volante Mateus Cocão, do Vasco, sofreu uma lesão no joelho esquerdo durante o aquecimento para a final da Copa do Brasil contra o Corinthians, sendo cortado da partida. Qual a gravidade da lesão de Mateus Cocão? Ainda não há um diagnóstico detalhado sobre a gravidade. Inicialmente, foi constatado um problema no joelho esquerdo, mas exames mais aprofundados serão realizados para determinar a extensão da lesão e o tempo de recuperação. Qual o impacto da lesão de Mateus Cocão para o Vasco na final? Embora Mateus

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2025/12 — Líderes debatem o futuro da duplicata escritural e o mercado de crédito

Um encontro estratégico reuniu importantes líderes e executivos do mercado financeiro em São Paulo para discutir a crescente adoção da duplicata escritural no Brasil. Realizado no final de novembro no renomado Hotel Fasano, o evento buscou aprofundar o entendimento sobre essa ferramenta digital que promete revolucionar o setor de crédito. Com painéis temáticos e oportunidades de networking, os participantes exploraram como a digitalização de documentos pode impulsionar a transparência, a segurança e a eficiência das operações financeiras. A iniciativa destaca a importância da inovação em um cenário de expansão do crédito, visando um futuro mais conectado e menos propenso a falhas, garantindo que o mercado esteja preparado para os desafios e oportunidades que surgem com a digitalização dos recebíveis. O avanço da duplicata escritural no Brasil A discussão central do evento girou em torno da duplicata escritural, uma inovação que representa a versão totalmente digital da tradicional duplicata utilizada em vendas a prazo. Este formato foi concebido com o propósito de aumentar substancialmente a transparência e a segurança no mercado de crédito. A duplicata escritural não é apenas uma conveniência tecnológica, mas uma imposição legal, com registro obrigatório em entidades devidamente autorizadas pelo Banco Central do Brasil. Ao substituir o antigo documento em papel, ela centraliza todas as informações pertinentes à operação em um ambiente eletrônico padronizado, facilitando a gestão e o rastreamento. Mais transparência e segurança para o mercado A adoção da duplicata escritural é vista como um ponto de convergência crucial para um ecossistema financeiro mais integrado. Segundo Edson Silva, especialista do setor presente no evento, “os debates mostraram como é possível superar desafios históricos de liquidação, tratamento do risco do sacado e destino do dinheiro para criar um fluxo seguro e rastreável.” Essa ferramenta digital não apenas moderniza processos, mas também fortalece a integridade das informações em tempo real. A capacidade de ter dados precisos e atualizados, de forma instantânea, amplia significativamente a oferta de funding (financiamento) para as empresas e, consequentemente, melhora a precificação de risco no mercado. O evento ocorreu em um momento oportuno, com o mercado de crédito brasileiro em fase de expansão. Dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgados em maio pela Agência Brasil, estimam um crescimento de 8,5% no segmento para 2025. Este cenário de otimismo reforça a necessidade de ferramentas que garantam a fluidez e a segurança das operações. A duplicata escritural, ao otimizar a gestão de recebíveis, contribui diretamente para a saúde e o dinamismo desse mercado em crescimento, oferecendo um alicerce sólido para o desenvolvimento econômico. Conectividade e inovação: pilares para um ecossistema robusto As discussões durante o evento evidenciaram o papel essencial da conectividade para a eficiência e segurança no mercado de recebíveis. A interoperabilidade entre diferentes elos da cadeia – como instituições financeiras, registradoras e provedores de crédito – é fundamental para o sucesso da duplicata escritural. Quando todos os agentes compartilham informações qualificadas e em tempo real, a capacidade de garantir a liquidação correta das operações, prever riscos de forma precisa e destravar o crédito ao longo de toda a cadeia de suprimentos é substancialmente ampliada. Ficou claro que um ecossistema de duplicata escritural eficaz não pode existir sem uma integração real e contínua. Tendências tecnológicas impulsionam a evolução dos recebíveis O encontro também destacou as principais tendências tecnológicas que estão moldando o futuro do mercado de recebíveis. Entre elas, foram citadas as integrações avançadas via APIs (interfaces de programação de aplicações), que permitem a comunicação fluida entre diferentes sistemas. A análise inteligente de dados também se mostra crucial, possibilitando um conhecimento aprofundado do cliente de ponta a ponta e a calibração de limites de crédito com maior assertividade. A automação da jornada do recebedor é outra tendência vital, pois reduz riscos operacionais e aumenta a eficiência, liberando recursos para tarefas mais estratégicas. Além disso, as infraestruturas digitais para liquidação garantem a rastreabilidade e a mitigação de fraudes, elementos indispensáveis para a confiança e a segurança das transações. Segundo Edson Silva, essas inovações tecnológicas são catalisadores para a maturidade do mercado de recebíveis, apontando para um ambiente mais competitivo, altamente regulado e orientado por dados. Ele ressalta que o uso inteligente desses dados é a chave para reduzir a inadimplência e potencializar a concessão de crédito saudável. No futuro, a expectativa é que as relações entre empresas e o mercado financeiro transcendam o caráter meramente transacional. Elas deverão operar com transparência, previsibilidade e conexões contínuas. A duplicata escritural, neste contexto, surge como a âncora dessa nova dinâmica, transformando cada transação em uma oportunidade de geração de valor para toda a cadeia produtiva e financeira. A percepção geral é de que o mercado está pronto para essa evolução, e que a digitalização dos recebíveis é um componente-chave na construção de um ecossistema financeiro mais moderno, seguro e interconectado. Perspectivas futuras e o papel central da digitalização O evento em São Paulo não apenas promoveu um debate aprofundado sobre a duplicata escritural, mas também solidificou a visão de um mercado financeiro em plena transformação digital. As discussões demonstraram que a integração e a tecnologia são elementos indispensáveis para a modernização do setor de recebíveis, impulsionando a eficiência, a segurança e a capacidade de concessão de crédito. Com a crescente expectativa de expansão do crédito no Brasil, a adoção de soluções como a duplicata escritural se torna ainda mais relevante, garantindo que o crescimento seja sustentável e baseado em práticas transparentes e seguras. O consenso entre os participantes é que o mercado está amadurecido e pronto para abraçar as inovações que promovem um ecossistema financeiro mais robusto e interligado, onde a digitalização é o caminho para o futuro. Perguntas frequentes sobre a duplicata escritural O que é a duplicata escritural? A duplicata escritural é a versão totalmente digital da duplicata de venda a prazo tradicional. Ela substitui o documento físico, concentrando todas as informações da operação em um ambiente eletrônico padronizado e seguro, com registro obrigatório em entidades autorizadas pelo Banco Central. Quais os principais benefícios da duplicata escritural? Os principais benefícios incluem maior transparência e segurança

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2025/12 — Justiça marca julgamento de líder do Santo Daime, mas nega prisão

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro agendou para 27 de janeiro o julgamento de Paulo Roberto Silva e Souza, 76 anos, líder do Santo Daime e fundador da igreja Céu do Mar, localizada em São Conrado, Zona Sul da capital fluminense. O religioso é acusado de violação sexual mediante fraude e violência psicológica contra Jéssica Nascimento de Sousa, que era adepta da doutrina desde 2015. Apesar do agendamento, a juíza Renata Travassos Medina de Macedo, da 11ª Vara Criminal da Capital, indeferiu o pedido de prisão preventiva solicitado pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ), mantendo a denúncia, mas concedendo ao réu a liberdade provisória com medidas cautelares. A decisão judicial, que gerou debate, impõe restrições ao acusado enquanto o processo corre em sigilo. O processo judicial contra o líder religioso Acusações de violação sexual mediante fraude e violência psicológica A denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) detalha um período entre abril de 2022 e julho de 2023, durante o qual o líder religioso Paulo Roberto Silva e Souza teria se aproveitado de sua posição de autoridade espiritual e da profunda admiração e respeito que Jéssica Nascimento de Sousa lhe dedicava. Segundo as alegações, essa influência foi utilizada para a prática de atos sexuais e conjunção carnal, configurando violação sexual mediante fraude. Além disso, as acusações incluem violência psicológica contra a adepta, que frequentava a doutrina do Santo Daime desde 2015. A gravidade das acusações é acentuada pelo fato de Paulo Roberto ser uma figura de destaque na doutrina do Santo Daime, tendo expandido as fronteiras da igreja Céu do Mar para além da Amazônia e, inclusive, internacionalmente. Essa influência, segundo as denúncias, teria sido um fator crucial para a manipulação da vítima. Um detalhe impactante do caso é a existência de uma carta atribuída ao próprio líder religioso, na qual ele admitiria culpa após a denúncia inicial, contendo a frase: “Uma enorme sombra vinha atrás de mim”. Esse documento, se confirmado como autêntico e relevante para o processo, pode ter peso significativo na avaliação do tribunal. A defesa de Paulo Roberto, por sua vez, nega todas as acusações. A decisão da justiça e a negativa da prisão preventiva A juíza Renata Travassos Medina de Macedo, responsável pela 11ª Vara Criminal da Capital, determinou que o julgamento do líder do Santo Daime, Paulo Roberto Silva e Souza, ocorra no dia 27 de janeiro. Contudo, em sua decisão, a magistrada negou o pedido de prisão preventiva formulado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). Essa negativa foi embasada em diversos argumentos. Primeiramente, a juíza considerou que o réu não havia sido devidamente intimado das medidas cautelares no endereço fornecido por sua defesa, o que poderia inviabilizar a execução de uma prisão preventiva naquele momento. Outros fatores levados em conta foram a idade avançada do acusado, de 76 anos, e a ausência de evidências de fatos recentes que demonstrassem que ele representa um risco iminente à ordem pública ou à instrução criminal. Apesar de indeferir a prisão, a decisão judicial manteve a denúncia do MP-RJ e impôs medidas cautelares significativas. Entre elas, está o pedido de entrega do passaporte de Paulo Roberto e a determinação de expedição de ofício à Polícia Federal. Essa medida visa impossibilitar que o acusado saia do país sem prévia autorização judicial, garantindo que ele permaneça à disposição da justiça brasileira. Adicionalmente, o processo corre em sigilo, e a juíza intimou a defesa para fornecer e-mail e telefone do acusado, buscando facilitar futuras intimações. O impacto do caso e as múltiplas denúncias Testemunhos e o padrão de conduta As investigações em torno das denúncias contra o líder religioso Paulo Roberto Silva e Souza se estenderam por mais de um ano, revelando um quadro mais complexo do que a acusação inicial. Além do relato de Jéssica Nascimento de Sousa, outras cinco mulheres alegaram ter sido vítimas de situações semelhantes envolvendo o fundador da igreja Santo Daime Céu do Mar. Entre elas, foram identificadas Isabela e Fernanda, que também afirmam ter sofrido abusos por parte do religioso. Os relatos sugerem um padrão de conduta em que a posição de liderança espiritual e a confiança dos adeptos eram supostamente exploradas para fins ilícitos. Uma das acusações veio de uma mulher americana, que descreveu sua experiência com frases impactantes: “Violada, explorada, humilhada e carregada com uma energia sexual sombria”. Essas declarações, somadas, pintam um cenário de múltiplos abusos de poder e confiança. A defesa de Paulo Roberto, no entanto, mantém a negativa veemente de todas as acusações, buscando desqualificar os testemunhos e as provas apresentadas. No curso do processo, testemunhas cruciais serão intimadas, incluindo a esposa de Paulo Roberto, Raimunda Nonata Melo Souza, conhecida como Madrinha Nonata, cujo depoimento pode trazer novas perspectivas sobre o relacionamento e a dinâmica dentro da comunidade religiosa. Repercussões na igreja e o paradeiro do acusado As graves denúncias e o agendamento do julgamento de Paulo Roberto Silva e Souza tiveram repercussões diretas na estrutura da igreja Santo Daime Céu do Mar. O Centro Eclético Fluente Luz Universal Sebastião Mota de Melo (Ceflusmme), entidade responsável pela igreja, emitiu um comunicado confirmando o afastamento do líder religioso de suas funções. No entanto, a instituição optou por não emitir maiores pronunciamentos sobre o mérito do caso, declarando que aguardará a conclusão do processo judicial para se manifestar de forma mais abrangente. Essa postura reflete a delicadeza da situação e a necessidade de aguardar os desdobramentos legais antes de qualquer posicionamento definitivo. Enquanto o processo avança, o paradeiro do acusado tem sido um ponto de interesse. Uma pessoa próxima a Paulo Roberto informou que ele se encontra em “isolamento” em sua fazenda particular. O local de reclusão está situado na zona rural de Ilhéus, no sul da Bahia. Essa condição de isolamento, embora não seja uma prisão formal, afasta o líder religioso do convívio direto com a comunidade da igreja, marcando uma fase de reclusão enquanto aguarda o desenrolar das acusações e o veredito final do tribunal de justiça. Acompanhando os desdobramentos de

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2025/12 — Alerj aprova projeto do TJRJ; Propag recebe emendas e retorna à pauta

Em um cenário de acentuada instabilidade política e recentes mudanças no alto escalão da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), os deputados estaduais adotaram uma postura de cautela e foco institucional nesta terça-feira. Priorizando a agenda legislativa, o plenário avançou em duas frentes cruciais para o estado: a aprovação de um projeto de lei do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) que moderniza regras de carreira para servidores e a intensa discussão em torno da proposta de adesão do Estado ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas com a União (Propag). Este último, após receber dezenas de emendas, será reexaminado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com previsão de retorno ao plenário na próxima quinta-feira, mantendo o debate fiscal no centro das atenções da casa legislativa. Aprovação do projeto do TJRJ em meio à turbulência política A sessão plenária, que se iniciou sem menções diretas aos recentes desdobramentos de investigações da Polícia Federal ou às exonerações que agitaram o alto escalão da Alerj, demonstrou um esforço concentrado em dar prosseguimento à pauta. O primeiro item a ser votado foi o projeto de lei do Poder Judiciário, que visa a uma atualização significativa das regras de promoção e progressão na carreira dos servidores do Tribunal de Justiça do Rio. A importância da matéria foi sublinhada pela presença de integrantes do Judiciário nas galerias do plenário, que acompanharam a votação e foram cumprimentados por diversos parlamentares, incluindo membros de partidos de direita. Modernização da carreira e impacto financeiro O projeto de lei, que tramita sob o número PL 6.730/25 e altera a Lei 9.748/22, introduz modificações estruturais para o corpo funcional do TJRJ. Uma das inovações é a criação do Adicional de Qualificação por Experiência Profissional, um benefício direcionado a servidores que tenham exercido funções de confiança por, no mínimo, 14 anos. Este adicional, que será concedido uma única vez, varia entre 15% e 100% sobre o último padrão do cargo, dependendo do nível da função exercida. A possibilidade de ajustes no texto durante a votação, devido à apresentação de emendas parlamentares, garantiu uma maior flexibilidade na tramitação. Além disso, a proposta autoriza o restabelecimento de 1.686 cargos de analista judiciário e 519 cargos de técnico de atividade judiciária. Esses cargos haviam sido extintos previamente como medida de compensação de despesas, decorrentes de uma reestruturação aprovada em 2022. Na justificativa oficial encaminhada à Alerj, o presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Couto de Castro, enfatizou que a medida tem como objetivo principal conferir maior segurança jurídica, valorizar o corpo funcional da instituição e, consequentemente, ampliar a eficiência administrativa. As novas regras também preveem uma redução substancial no interstício mínimo para promoções e progressões. A partir do segundo nível da primeira classe, o prazo cai de um ano e seis meses para apenas um ano. Essa alteração estratégica diminuirá o tempo necessário para um servidor atingir o topo da carreira, passando de 24 para 17 anos, um alinhamento com o padrão já adotado pelo Ministério Público estadual. Contudo, o intervalo entre os dois primeiros níveis da carreira será mantido em três anos, assim como os percentuais de reajuste entre classes e padrões remuneratórios. Para fins de adequação orçamentária, o texto contempla a suspensão da contagem de tempo para promoções entre julho e dezembro de 2025. Um estudo de impacto financeiro apresentado pelo TJRJ projeta uma economia de R$ 15 milhões em 2025 e de R$ 25,9 milhões em 2026. Somente em 2027, haverá um custo adicional estimado em R$ 26,4 milhões, indicando um planejamento de longo prazo para a sustentabilidade financeira das mudanças. O debate sobre o programa de pleno pagamento de dívidas (Propag) Após a aprovação do projeto do TJRJ, o plenário da Alerj voltou suas atenções para a proposta de adesão do Estado do Rio de Janeiro ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas com a União, conhecido como Propag. A discussão em torno deste programa é considerada uma das mais relevantes no âmbito da Casa Legislativa, dada a sua potencial influência sobre a saúde fiscal do estado. Expectativas e ressalvas dos parlamentares O deputado André Corrêa (PP) classificou a proposta como de suma importância para o Rio de Janeiro, mas fez questão de ponderar que, apesar de seus benefícios, o Propag não representa uma solução definitiva para a complexa crise fiscal que o estado enfrenta. Ele afirmou que, mesmo com a adesão, o futuro fiscal permanece desafiador. O deputado Luiz Paulo (PSD), por sua vez, aproveitou a oportunidade para reiterar suas críticas ao atual Regime de Recuperação Fiscal e alertou para uma projeção preocupante: um rombo orçamentário estimado em R$ 19 bilhões para o ano de 2026. Para ele, o Propag surge como uma “luz no fim do túnel”, uma medida que pode, eventualmente, permitir que o estado alcance um cenário fiscal mais equilibrado até 2033. Em defesa do programa, a deputada Marina do MST (PT) ressaltou a importância do Propag como uma alternativa mais robusta e estruturada para lidar com o endividamento crônico dos estados. Sua argumentação focou na capacidade do programa de evitar um retorno a um cenário de colapso fiscal, similar ao período crítico vivenciado pelo Rio de Janeiro entre 2015 e 2017. Curiosamente, nenhum deputado pertencente aos partidos de direita se manifestou sobre o Propag durante a sessão, o que pode indicar uma estratégia de aguardar os próximos passos da tramitação ou uma divergência interna sobre a matéria. A amplitude do debate foi evidenciada pela apresentação de 34 emendas ao texto original do Propag. Essa quantidade de proposições demonstra o intenso interesse dos parlamentares em aprimorar ou ajustar a proposta. Em decorrência das emendas, o projeto seguirá agora para análise detalhada da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), antes de retornar à pauta do plenário na quinta-feira. Esse trâmite assegura que o tema fiscal continuará sendo um dos pontos centrais da agenda da Alerj nos próximos dias, exigindo acompanhamento atento por parte da sociedade e dos agentes públicos. Cenário legislativo e os desafios fiscais do Rio A postura adotada pelos deputados da Alerj nesta

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2025/12 — Transtorno de ansiedade grave pode gerar direito ao BPC

O Benefício de Prestação Continuada (BPC), um pilar da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), representa um suporte essencial para idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência que se encontram em situação de vulnerabilidade socioeconômica no Brasil. Diferente de outros benefícios previdenciários, o BPC não exige contribuição prévia ao INSS e garante o pagamento mensal de um salário mínimo. A elegibilidade para o BPC abrange deficiências de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que criam barreiras à plena participação social. Notavelmente, transtornos mentais, incluindo o transtorno de ansiedade, podem ser reconhecidos como uma deficiência qualificante para o BPC/LOAS, desde que apresentem longa duração e um impacto significativo e comprovado na vida diária do indivíduo. Compreendendo o BPC/LOAS e a elegibilidade para transtornos mentais O Benefício de Prestação Continuada (BPC), regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), é um direito fundamental destinado a garantir um mínimo de dignidade para cidadãos brasileiros em condições de extrema vulnerabilidade. Este benefício, no valor de um salário mínimo mensal, não se confunde com aposentadorias ou pensões, pois não exige qualquer contribuição prévia para a Previdência Social. Seu principal objetivo é amparar dois grupos específicos: idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência, ambos em situação de baixa renda. Para as pessoas com deficiência, a LOAS define um impedimento de longo prazo, considerando-o como aquele que produz efeitos por um período mínimo de dois anos, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. Este impedimento deve, comprovadamente, obstruir a participação plena e efetiva do indivíduo na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. É neste contexto que os transtornos mentais, como o transtorno de ansiedade, ganham relevância. Transtorno de ansiedade como deficiência para o BPC A legislação e a jurisprudência têm evoluído para reconhecer que transtornos mentais, incluindo a ansiedade severa e persistente, podem ser enquadrados como deficiência para fins de concessão do BPC/LOAS. O ponto crucial não é o diagnóstico em si, mas sim o impacto funcional que a condição impõe ao indivíduo. Para que o transtorno de ansiedade seja considerado uma deficiência apta a gerar o direito ao benefício, é fundamental que ele demonstre ser de longa duração, geralmente superior a dois anos, e que provoque um comprometimento significativo na vida cotidiana. Este comprometimento pode se manifestar de diversas formas, afetando a capacidade de estudar, manter uma rotina organizada, interagir socialmente, sair de casa, ou mesmo realizar tarefas básicas de autocuidado. A chave para o reconhecimento reside na comprovação desse impacto através de documentação médica e técnica robusta, somada à condição de vulnerabilidade econômica da família. Tribunais têm sistematicamente validado pedidos de BPC para casos de transtornos mentais quando a documentação apresentada é consistente e demonstra claramente a limitação funcional e a longa duração da condição. O processo de perícia do INSS e a documentação necessária O caminho para a obtenção do BPC para pessoas com transtorno de ansiedade envolve uma rigorosa avaliação, tanto médica quanto social, por parte do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A perícia médica é um estágio fundamental onde a ansiedade é examinada para determinar se ela é incapacitante e se afeta a participação plena e efetiva do requerente na sociedade. Detalhes da perícia médica Durante a perícia do INSS, são considerados diversos critérios para avaliar o grau de comprometimento causado pelo transtorno de ansiedade. Entre os pontos-chave analisados estão o histórico e a gravidade da doença, a frequência e intensidade das crises de ansiedade, o uso contínuo de medicação e seus respectivos efeitos colaterais, bem como a aderência e resposta do requerente ao tratamento proposto. A avaliação pericial também se debruça sobre a rotina do indivíduo, investigando como o transtorno limita sua capacidade de realizar atividades essenciais. Por exemplo, são verificadas as condições para frequentar aulas, utilizar transporte público, enfrentar filas e aglomerações, organizar tarefas diárias, ou mesmo assumir o autocuidado básico. Em alguns casos, a necessidade de apoio de terceiros para a execução dessas atividades pode ser um indicativo da gravidade do impedimento. Registros de atendimentos em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), consultas regulares com profissionais de saúde mental e eventuais internações psiquiátricas também são levados em conta para corroborar a extensão das limitações. Documentação essencial para o requerimento A comprovação da condição de deficiência e de suas limitações é crucial para a análise do BPC. Para pessoas com ansiedade severa ou outros transtornos mentais, alguns documentos possuem maior peso na avaliação. É altamente recomendado que o requerente organize e apresente um histórico completo de registros médicos, tanto antigos quanto recentes, que atestem a continuidade e a longa duração do transtorno. Documentos como prontuários médicos, receitas de medicamentos, atestados e relatórios emitidos por CAPS e psicólogos são de suma importância. O laudo médico, especialmente o do psiquiatra, deve ser detalhado, contendo o Código Internacional de Doenças (CID) específico, a evolução do quadro, as limitações claras no dia a dia do paciente e um prognóstico duradouro da condição. Adicionalmente, relatórios de terapeutas ocupacionais e da escola (se aplicável), indicando faltas, dificuldades de aprendizado ou a necessidade de adaptações, podem fortalecer o pedido ao demonstrar o impacto funcional em múltiplos ambientes. Critério socioeconômico e flexibilizações Além da comprovação da deficiência, o critério socioeconômico é um pilar fundamental para a concessão do BPC. Este critério considera a renda familiar por pessoa, sendo que o valor do último mês ou a média dos últimos 12 meses não deve ultrapassar ¼ do salário-mínimo por pessoa da família. A análise é feita com base em documentos como o Cadastro Único (CadÚnico) ou do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), mas também leva em conta a situação real da família. Comprovação de vulnerabilidade e composição de renda Para demonstrar a vulnerabilidade econômica, é importante reunir documentos que evidenciem os gastos e a real capacidade financeira da família. Isso inclui notas fiscais e recibos de despesas, contratos de aluguel ou contas de consumo. Para aqueles com renda variável, como trabalhadores informais, é crucial registrar e comprovar seus rendimentos. Uma portaria conjunta recente do

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2025/12 — Projeto da Dosimetria de crimes enfrenta impasse no senado e ameaça votação

O projeto de lei que visa aprimorar a dosimetria de crimes, especialmente aqueles relacionados aos eventos de 8 de janeiro, encontra-se em um delicado impasse no Senado Federal. A proposição, que já obteve aprovação na Câmara dos Deputados, enfrenta resistências por parte de senadores que expressam preocupações quanto ao seu escopo e potenciais efeitos colaterais. Há um temor crescente de que a redação atual do texto possa inadvertidamente beneficiar outros tipos de crimes, desvirtuando seu propósito original. A situação é agravada pela iminência do recesso parlamentar de fim de ano, criando uma corrida contra o relógio para que o projeto seja analisado e votado. A busca por um consenso que permita a alteração do texto sem a necessidade de seu retorno à Câmara tornou-se a principal estratégia para evitar o engavetamento da matéria e garantir sua tramitação antes do encerramento dos trabalhos legislativos. Impasse legislativo no senado: o projeto da dosimetria e as preocupações O Legislativo brasileiro se depara com um desafio significativo na tramitação do projeto de lei da dosimetria, uma iniciativa de grande relevância para o sistema jurídico do país. Originado na Câmara dos Deputados, o texto chegou ao Senado com a expectativa de uma rápida aprovação, dada a sua importância no contexto dos recentes acontecimentos. No entanto, a análise aprofundada por parte dos senadores revelou nuances e potenciais problemáticas que levaram a um impasse. A complexidade do tema e a necessidade de um debate cauteloso se chocam com a urgência imposta pelo calendário político, colocando em xeque o futuro da matéria. A Câmara, ao enviar o projeto, buscava preencher lacunas e oferecer maior clareza na aplicação das penas para delitos específicos, em especial aqueles que abalaram a democracia nacional. A natureza do projeto e seu objetivo inicial O projeto de lei da dosimetria de crimes, em sua essência, tem como objetivo principal estabelecer critérios mais claros e balizadores para a aplicação de penas, buscando maior uniformidade e justiça nas sentenças proferidas. Embora não seja explícito no texto original, a iniciativa ganhou notoriedade e urgência no contexto dos atos de 8 de janeiro, onde a tipificação e a graduação das penas para crimes contra o Estado Democrático de Direito se tornaram um ponto central do debate jurídico e político. A proposta visa aprimorar a forma como os juízes calculam as penas, considerando as circunstâncias do crime, a culpabilidade do agente e os precedentes legais, para evitar disparidades e garantir uma punição proporcional à gravidade da infração. Dessa forma, o projeto se apresenta como uma ferramenta crucial para aprimorar a segurança jurídica e a eficácia da justiça criminal em casos de grande repercussão. O cerne da discórdia: ampliações indesejadas? A principal objeção levantada por membros do Senado reside na percepção de que a redação atual do projeto, embora bem-intencionada em seu propósito original, poderia ter um alcance mais amplo do que o desejado. Senadores expressam a preocupação de que certas formulações ou dispositivos do texto, elaborados para crimes específicos, possam ser interpretados de maneira a facilitar a aplicação de penas mais brandas ou criar brechas para outros tipos de delitos, que não os relacionados aos eventos de 8 de janeiro. Esse receio levanta a discussão sobre a necessidade de uma linguagem legislativa extremamente precisa para evitar a chamada “legislação para casos”, que muitas vezes resulta em efeitos colaterais indesejados e jurisprudências complexas. A busca por essa precisão é o que impulsiona a revisão do texto no Senado, visando proteger a integridade do sistema penal e assegurar que o projeto não produza consequências não intencionais que possam ser prejudiciais à sociedade. O desafio do tempo e a complexidade do trâmite bicameral O tempo é um fator crítico na tramitação do projeto da dosimetria de crimes. À medida que o ano legislativo se aproxima do fim, a urgência se intensifica, e a possibilidade de o projeto não ser votado antes do recesso de fim de ano paira sobre o Congresso. A complexidade do sistema bicameral brasileiro, que exige a aprovação do mesmo texto pelas duas casas legislativas (Câmara dos Deputados e Senado Federal), adiciona uma camada de dificuldade a esse cenário já apertado. Qualquer alteração substancial feita pelo Senado, por menor que pareça, obriga o retorno do projeto à Câmara para uma nova análise e votação. Esse “ping-pong” legislativo, embora fundamental para a maturidade das leis, é um inimigo do relógio em situações de urgência. O calendário legislativo e a ameaça do recesso O calendário legislativo de fim de ano é sempre um período de intensa movimentação e, simultaneamente, de grande risco para projetos de lei importantes. Com a proximidade do recesso parlamentar, que tradicionalmente se inicia em meados de dezembro, os dias úteis para votações se tornam escassos e valiosos. Se o projeto da dosimetria for alterado no Senado e precisar retornar à Câmara, há uma quase certeza de que não haverá tempo hábil para que os deputados o revisem e votem novamente antes do fim do ano. Tal cenário significaria o engavetamento da matéria, que só poderia ser retomada no próximo ano, em um novo ciclo legislativo, perdendo o ímpeto e a urgência que a impulsionaram. Essa perspectiva gera apreensão entre os parlamentares e a opinião pública, ansiosos por uma resolução para aprimorar a legislação penal. A busca por um caminho sem retorno à câmara Diante da iminência do recesso e da complexidade do trâmite, senadores buscam ativamente uma solução procedimental que permita a aprovação do projeto da dosimetria com as alterações necessárias, sem a obrigatoriedade de seu retorno à Câmara dos Deputados. Esta é uma manobra legislativa delicada e que exige grande habilidade política e jurídica. Geralmente, alterações substantivas implicam no retorno do texto. Contudo, há a tentativa de explorar caminhos que possam ser interpretados como ajustes meramente redacionais ou supressões de pontos específicos que não desvirtuem a essência do que foi aprovado pela Câmara, mas que removam os elementos geradores de preocupação. A meta é encontrar um consenso mínimo que satisfaça as objeções do Senado sem desrespeitar o rito constitucional, garantindo que a matéria possa ser

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2025/12 — Presidente do SBT publica carta após críticas de Zezé Di Camargo

A presidência do SBT, por meio de Daniela Beyruti, divulgou uma carta aberta nesta segunda-feira (15), em resposta a fortes críticas feitas pelo cantor Zezé Di Camargo. A polêmica surgiu após o lançamento do SBT News, a nova iniciativa jornalística da emissora, que contou com a presença de figuras políticas como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Zezé Di Camargo expressou seu descontentamento e chegou a solicitar a suspensão de seu especial de Natal, “É Amor”, programado para exibição no canal. A carta de Daniela Beyruti enfatizou o compromisso do SBT com um jornalismo confiável e imparcial, buscando combater a polarização e a falta de diálogo no país. A executiva defendeu a pluralidade do evento e lamentou o pré-julgamento antes mesmo da audiência do novo conteúdo. A polêmica em torno do SBT News A controvérsia teve início com a insatisfação pública de Zezé Di Camargo, manifestada através de um vídeo em suas redes sociais. O cantor criticou abertamente a presença do presidente Lula e do ministro Alexandre de Moraes no evento de lançamento do SBT News, ocorrido na última semana. Para Zezé Di Camargo, a participação dessas personalidades na emissora não se alinhava com seus próprios valores e com o que ele acreditava ser o pensamento da “grande parte do povo brasileiro”, além de supostamente divergir da visão do fundador da emissora, Silvio Santos. A manifestação do sertanejo rapidamente ganhou repercussão, colocando a emissora no centro de um debate sobre sua linha editorial e sua postura frente ao cenário político nacional. Críticas de Zezé Di Camargo e o pedido de suspensão No vídeo que desencadeou a polêmica, Zezé Di Camargo foi enfático ao declarar sua desaprovação. O artista, conhecido por sua proximidade com figuras políticas de direita, afirmou que “filho que não honra pai e mãe não existe”, uma declaração que muitos interpretaram como uma crítica à gestão do SBT e à suposta desonra dos princípios do seu fundador. Em um gesto de protesto, o cantor pediu o cancelamento do especial de Natal “É Amor”, que já estava gravado e custou “tempo, serviço”, segundo ele. A atração estava programada para ir ao ar no dia 17 e visava celebrar a trajetória da dupla Zezé Di Camargo & Luciano. A decisão do artista, baseada em seu forte desacordo com a forma como a administração do canal se comportou no evento de lançamento do SBT News, reflete a intensidade das suas convicções políticas e a surpresa com a linha que a emissora parecia estar adotando. A atitude de Zezé levantou questionamentos sobre a liberdade de expressão artística versus as diretrizes editoriais de um veículo de comunicação, e como essas questões podem se entrelaçar no cenário midiático e político do Brasil. A resposta da presidência do SBT Diante da repercussão das críticas, Daniela Beyruti, presidente do SBT e filha de Silvio Santos, publicou uma carta aberta para esclarecer a posição da emissora e reiterar os princípios que guiam o novo canal de notícias. A executiva expressou lamento pela forma como a iniciativa tem sido “mal interpretada” e pré-julgada, mesmo antes que o público tivesse a chance de conhecer a proposta do SBT News. Ela destacou que a família tem sido alvo de críticas nos últimos dias, o que, para ela, é justamente o que a emissora busca combater: a falta de diálogo entre os brasileiros. A carta serviu como uma defesa veemente da independência e da pluralidade que o SBT almeja para seu jornalismo, buscando desmistificar as acusações de alinhamento político. O compromisso com o jornalismo imparcial Na carta, Daniela Beyruti enfatizou que o lançamento do SBT News, com a presença de representantes dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, “refletiu essa pluralidade e o respeito a todas as instituições”. A presidente do SBT ressaltou o histórico da emissora, mencionando que, nos últimos cinco anos, o jornalismo do SBT foi reconhecido por pesquisas do Instituto Reuters como um dos de maior confiança e credibilidade no país. Este histórico, somado aos princípios de seu pai e fundador, Silvio Santos, foi o que deu “coragem para abrir um canal de notícias com a proposta de entregarmos mais do que somos e temos”. A essência da proposta do SBT News, conforme detalhado por Beyruti, é entregar ao Brasil um jornalismo “confiável, sem partido, sem lado”. Ela prometeu um jornalismo “imparcial e isento”, cujo papel é “mostrar os fatos” para que o público possa julgá-los. A presidente foi além, prometendo que o novo canal “não terá viés, não terá algoritmo, não provocará divisão e raiva entre as partes, não será nutrido por inteligência artificial e dará ao público apenas a notícia e a verdade dos fatos”. A carta é um convite direto à audiência: “A todos os que têm dúvidas ou receios, faço um convite: assistam ao SBT News. Vocês verão, na prática, o jornalismo de qualidade e independente, que é a nossa marca.” O documento conclui com uma declaração de amor ao país e ao povo, reforçando o desejo de que o projeto “deseja amenizar os ânimos” e contribuir para a união nacional. Conclusão A polêmica envolvendo o SBT News e as críticas de Zezé Di Camargo evidenciam as tensões inerentes ao cenário midiático e político brasileiro. De um lado, a expressão de descontentamento de um artista com a linha editorial de uma emissora; de outro, a defesa enfática do canal por sua independência e pluralidade. A carta de Daniela Beyruti não apenas responde às acusações, mas também estabelece o tom e a visão para o futuro do jornalismo do SBT, prometendo imparcialidade e compromisso com os fatos. Resta agora ao público acompanhar o desenvolvimento do SBT News e julgar por si mesmo se a emissora conseguirá cumprir sua promessa de um jornalismo que busca união em vez de divisão, em um momento crucial para o debate nacional. FAQ 1. Qual foi o motivo da polêmica envolvendo Zezé Di Camargo e o SBT? A polêmica surgiu após o lançamento do SBT News, que contou com

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2025/12 — Agressor morto pela polícia ao tentar matar ex-companheira em Mato Grosso

Uma grave tentativa de feminicídio teve um desfecho trágico e complexo na noite do último domingo, 14 de maio, na cidade de Nova Xavantina, localizada no Mato Grosso. O incidente envolveu Lair da Rosa, um homem de 77 anos, que foi fatalmente baleado por policiais militares após invadir a residência de sua ex-companheira, uma mulher de 58 anos, e efetuar disparos de arma de fogo. A Polícia Militar agiu prontamente diante do chamado de emergência, que relatava uma situação de extrema violência e ameaça à vida. A ação rápida das autoridades foi decisiva para salvar a vítima, que se encontrava em perigo iminente, trancada e aterrorizada em um banheiro da casa. Este evento ressalta a importância da intervenção policial em casos de violência doméstica, especialmente quando há risco direto à vida. Agressão e o chamado de socorro Invasão e ameaça iminente O cenário de terror começou a se desenrolar por volta das 21h daquele domingo. A vítima, uma mulher de 58 anos, acionou a Polícia Militar em um momento de desespero, denunciando uma tentativa de feminicídio em sua própria residência. Segundo o relato detalhado da mulher, seu ex-marido, Lair da Rosa, de 77 anos, havia invadido a propriedade. A invasão não foi silenciosa, com o agressor efetuando diversos disparos de arma de fogo dentro do imóvel, intensificando o pânico da moradora. Diante da ameaça direta e da violência explícita, a mulher conseguiu encontrar refúgio em um banheiro da casa, onde se trancou na esperança de se proteger dos ataques de seu ex-companheiro. Os tiros ecoavam pela casa, criando uma atmosfera de pavor e incerteza sobre o que aconteceria a seguir. A agilidade da vítima em contatar as autoridades foi crucial, pois a cada segundo a situação se tornava mais crítica, com a vida dela por um fio. A ligação desesperada da mulher foi o catalisador para a intervenção que se seguiria, marcando o início da resposta policial a um crime que poderia ter tido um desfecho ainda mais fatal. O confronto e a intervenção policial A chegada dos militares e a troca de tiros Ao receberem o chamado urgente para a ocorrência de tentativa de feminicídio, as equipes da Polícia Militar prontamente se deslocaram para o endereço indicado em Nova Xavantina. Chegando ao local, os policiais confirmaram a gravidade da situação ao ouvirem, de fora da residência, o som inequívoco de pelo menos dois tiros sendo disparados de dentro do imóvel. Essa constatação de disparos ativos e a informação de que a vítima estava escondida e sob ameaça iminente levaram os militares a tomar a decisão de entrar na casa para conter o agressor e resgatar a mulher. Com a entrada dos agentes na residência, os policiais imediatamente chamaram pelo suspeito. Lair da Rosa surgiu da área da cozinha, visivelmente armado e avançando na direção dos policiais. A presença de um revólver em suas mãos e sua postura agressiva indicaram uma ameaça direta e imediata à segurança dos próprios agentes e à vida da vítima que ainda estava no interior da casa. Diante da iminência de um ataque, os policiais se viram obrigados a reagir. Houve um confronto direto, resultando em Lair da Rosa sendo atingido pelos disparos dos militares. Imediatamente após o confronto, o Corpo de Bombeiros foi acionado e prestou os primeiros socorros ao agressor no próprio local da ocorrência. No entanto, apesar dos esforços das equipes de emergência, Lair da Rosa não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. Simultaneamente, a equipe policial conseguiu resgatar a ex-companheira de Lair. Embora não apresentasse ferimentos físicos, a mulher estava em profundo estado de choque, uma consequência compreensível da experiência traumática de ter sua casa invadida e sua vida ameaçada por seu ex-parceiro. A ação dos policiais, embora resultando em uma morte, foi fundamental para cessar a agressão e garantir a segurança da vítima, que enfrentava uma situação de alto risco. Histórico do agressor e material apreendido Antecedentes criminais e evidências no local A investigação subsequente ao trágico evento revelou detalhes cruciais sobre o perfil do agressor, Lair da Rosa. A corporação policial informou que o homem de 77 anos já possuía um histórico preocupante de passagens pela polícia. Seu prontuário incluía registros por crimes de ameaça, o que demonstrava um padrão de comportamento violento e intimidador. Além disso, Lair também tinha antecedentes por importunação sexual, o que adiciona uma camada de gravidade e reincidência ao seu comportamento delitivo, sublinhando a natureza contínua de suas transgressões contra outras pessoas. Esses registros prévios indicam que a violência não era um evento isolado na vida do agressor, mas sim parte de um histórico de desrespeito e agressão. Durante o atendimento à ocorrência e a posterior perícia no local, foi apreendido o revólver utilizado por Lair da Rosa na tentativa de feminicídio. Tratava-se de uma arma de calibre .38 mm, o que corrobora o relato da vítima sobre os múltiplos disparos efetuados dentro da residência. A apreensão da arma é um elemento fundamental para a confirmação dos fatos e para o prosseguimento das análises forenses necessárias para a completa elucidação do caso. A presença de uma arma de fogo calibre .38 mm em posse de um indivíduo com histórico de agressões representa uma ameaça significativa e destaca a gravidade das situações de violência doméstica, onde o acesso a armas pode ter consequências fatais. Este detalhe reforça a percepção de que a intervenção policial foi uma resposta a uma ameaça real e iminente, justificando a ação tomada para proteger a vida da vítima e a segurança pública. Implicações e o combate à violência doméstica Reflexões sobre segurança e proteção O desfecho da ocorrência em Nova Xavantina, embora trágico pela morte de um indivíduo, levanta importantes reflexões sobre a persistente problemática da violência doméstica e do feminicídio no Brasil. Este caso específico destaca a imprevisibilidade e o perigo que as vítimas podem enfrentar, especialmente de agressores com histórico de violência e posse de armas. A rápida e decisiva ação da Polícia Militar foi crucial para evitar que a tentativa de feminicídio se concretizasse, salvando

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2025/12 — Brasil consolida-se como líder global em Blindagem automotiva com forte crescimento

A indústria de blindagem de carros no Brasil demonstra um vigor impressionante, consolidando a nação como o maior polo mundial de veículos protegidos. Com um mercado que movimenta anualmente R$ 3,5 bilhões, equivalente a US$ 660 milhões, o setor não apenas sustenta uma economia robusta, mas também se projeta para um crescimento ainda mais acelerado. As previsões apontam para um aumento de um terço na produção nos próximos dois anos, impulsionado, em grande parte, pela queda gradual dos preços dos serviços. Essa expansão coloca o Brasil em uma posição de destaque global, fabricando um volume de unidades blindadas que supera em quatro vezes o do México, o segundo maior produtor. Esse cenário reflete uma combinação complexa de fatores, desde a crescente demanda por segurança pessoal até os avanços tecnológicos e a otimização dos processos produtivos, que tornam a blindagem automotiva mais acessível a um público mais amplo. Acompanhar a evolução deste setor é compreender uma parcela significativa da dinâmica social e econômica do país. O domínio brasileiro na indústria de blindagem automotiva O Brasil não é apenas um player no mercado global de blindagem automotiva; é o líder incontestável. A capacidade produtiva nacional, que supera significativamente a de qualquer outro país, inclusive nações com desafios de segurança comparáveis, é um testemunho da sofisticação e da escala que o setor atingiu. Esta liderança é construída sobre uma base de demanda persistente e uma infraestrutura industrial altamente desenvolvida. A liderança inquestionável e seus pilares A distinção de ser o maior produtor mundial de carros blindados não é um acaso. O Brasil fabrica cerca de quatro vezes mais unidades anualmente do que o México, o segundo colocado. Essa disparidade colossal sublinha a profundidade e a amplitude do mercado interno. Os pilares dessa liderança são multifacetados. Primeiramente, a percepção de insegurança e as elevadas taxas de criminalidade em grandes centros urbanos brasileiros alimentam uma demanda constante e robusta por soluções de segurança veicular. Eventos como roubos de carros, sequestros-relâmpago e tentativas de assalto a mão armada são, infelizmente, uma realidade diária para muitos, levando indivíduos e empresas a buscar formas mais eficazes de proteção. Em segundo lugar, a expertise técnica desenvolvida ao longo de décadas por empresas brasileiras no setor de blindagem permitiu a criação de um ecossistema de produção eficiente e inovador. Essa expertise abrange desde a seleção de materiais balísticos até a integração desses materiais nos veículos de forma a não comprometer a estética ou a dirigibilidade, resultando em produtos de alta qualidade e confiabilidade. O impacto econômico e a acessibilidade crescente O mercado de blindagem automotiva no Brasil é uma força econômica significativa, movimentando R$ 3,5 bilhões anualmente. Esse valor não reflete apenas a venda de veículos blindados, mas toda uma cadeia de valor que inclui fabricantes de materiais, empresas de instalação, prestadores de serviços de manutenção e consultoria. A previsão de um aumento de um terço na produção em apenas dois anos é um indicativo claro da vitalidade do setor. Um dos fatores-chave para essa projeção otimista é a queda dos preços. Com o aumento da escala de produção, a otimização dos processos e a concorrência entre as empresas, os custos da blindagem têm se tornado mais acessíveis. O que antes era considerado um luxo restrito a uma elite, hoje se torna uma opção viável para um segmento maior da população, incluindo profissionais liberais, empresários de pequeno e médio porte e famílias que buscam maior tranquilidade no dia a dia. A popularização da blindagem, sem comprometer a qualidade, tem sido um motor poderoso para o crescimento contínuo do mercado, gerando empregos e impulsionando inovações tecnológicas. Fatores impulsionadores e o perfil do consumidor A demanda por veículos blindados no Brasil é impulsionada por uma confluência de fatores sociais, econômicos e tecnológicos. A crescente preocupação com a segurança pessoal é, sem dúvida, o catalisador principal, moldando o perfil do consumidor e as inovações do setor. Segurança urbana e a busca por proteção A busca por proteção pessoal e familiar em um ambiente de segurança pública desafiador é o principal motor para o crescimento da indústria de blindagem. A violência urbana, manifestada em diferentes formas, desde assaltos em sinais de trânsito até sequestros-relâmpago, cria um ambiente de insegurança que leva muitos a considerar a blindagem como um investimento essencial. Esse cenário transforma a blindagem de um item de status para uma ferramenta de segurança percebida como vital para a rotina diária. O perfil do consumidor, que inicialmente se restringia a altos executivos, autoridades e celebridades, expandiu-se consideravelmente. Hoje, famílias, profissionais que transitam por regiões de risco e indivíduos que simplesmente desejam maior tranquilidade em seus deslocamentos também integram essa base de clientes. A decisão de blindar um veículo muitas vezes representa uma busca por maior autonomia e liberdade de locomoção, sem o constante receio de se tornar vítima de crimes. Inovações e regulamentação do setor A indústria brasileira de blindagem automotiva não apenas cresce em volume, mas também em sofisticação tecnológica e conformidade regulatória. As inovações contínuas são cruciais para oferecer produtos mais leves, discretos e eficientes. O uso de novos materiais balísticos, como mantas de aramida de última geração e aços especiais, permite que a blindagem adicione menos peso ao veículo, impactando minimamente o desempenho e o consumo de combustível. A aplicação de vidros de policarbonato e laminados avançados garante proteção sem comprometer a visibilidade. Paralelamente às inovações, o setor é rigidamente regulamentado. No Brasil, a blindagem de veículos é considerada um “produto controlado”, exigindo autorização do Exército Brasileiro, através da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC), tanto para as empresas que realizam o serviço quanto para o proprietário do veículo blindado. Esse controle visa garantir que a blindagem seja feita por empresas idôneas, que utilizam materiais certificados e seguem padrões de qualidade e segurança estabelecidos, protegendo o consumidor e a sociedade. A Associação Brasileira de Blindagem (ANBT) desempenha um papel fundamental na padronização e na promoção das boas práticas no setor. Desafios e perspectivas futuras Apesar do crescimento robusto, o setor de blindagem automotiva no Brasil enfrenta desafios inerentes

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2025/12 — Belém sediará inédito Congresso de Medicina sobre saúde global em 2026

Belém, capital paraense, prepara-se para sediar um evento de grande envergadura na área da saúde: o primeiro congresso de medicina de seu gênero na região, marcado para os dias 10, 11 e 12 de abril de 2026. Com a expectativa de reunir cerca de mil participantes, este encontro pioneiro terá como tema central “Saúde Global e o Profissional do Século XXI”, prometendo debates e insights cruciais para o futuro do setor. Organizado por uma instituição de ensino superior com 18 anos de história, o congresso visa impulsionar a cena científica de Belém, promovendo a integração entre diversas disciplinas da saúde e ampliando a perspectiva dos participantes sobre os desafios globais contemporâneos. As inscrições já estão abertas, convidando estudantes e profissionais a fazerem parte deste marco. Um marco para a saúde e ciência na Amazônia A realização do primeiro congresso de medicina representa um momento histórico e um avanço significativo para a comunidade acadêmica e profissional da saúde na Amazônia. Com 18 anos de existência, a instituição organizadora estabelece um novo patamar para a discussão científica e a troca de conhecimentos na região, consolidando Belém como um polo de inovação e pesquisa. O evento é concebido como um catalisador para o desenvolvimento de novas ideias e práticas, fortalecendo a rede de profissionais e estudantes que atuam direta ou indiretamente no cuidado com a vida. Tema central: desafios da saúde global no século XXI O tema “Saúde Global e o Profissional do Século XXI” foi estrategicamente escolhido para abordar as questões mais prementes que moldam o cenário da saúde atualmente. Em um mundo interconectado, os desafios epidemiológicos não conhecem fronteiras, exigindo uma compreensão aprofundada das dinâmicas globais. O congresso explorará a crescente influência da inteligência artificial e da saúde digital, ferramentas que estão redefinindo diagnósticos, tratamentos e a gestão de dados. Além disso, debates sobre ética médica em uma era de avanços tecnológicos rápidos, a importância da atenção primária e as novas competências essenciais para o profissional do século XXI prometem enriquecer a programação. Esta abordagem reflete a necessidade de formar e atualizar profissionais com uma visão ampla e capacidade de adaptação às constantes transformações do setor. Infraestrutura moderna para um evento de grande porte Para abrigar um evento dessa magnitude e com uma proposta de modernidade e inovação, a escolha do local foi criteriosa. O congresso será sediado no Espaço Docas, o novo e moderno centro de eventos da capital paraense, localizado na Rua Municipalidade. Conforme a reitora da instituição, Adriana Gorayeb, a seleção do Espaço Docas “reforça a proposta de modernidade e inovação que marcará esta primeira edição do congresso, oferecendo uma infraestrutura ampla, atual e preparada para receber atividades científicas de grande porte.” Este ambiente de ponta é projetado para proporcionar conforto e recursos tecnológicos avançados, garantindo que palestras, workshops e sessões de apresentação de trabalhos científicos ocorram em um ambiente propício à aprendizagem e à interação. A capacidade de acolher cerca de mil participantes reflete o porte e a ambição do evento em se tornar um referencial na região. Programação abrangente e multidisciplinar A natureza interdisciplinar é um dos pilares deste congresso, estendendo seu alcance muito além da medicina. O evento é voltado para um vasto público de estudantes e profissionais de diversas áreas que se relacionam com a saúde, reconhecendo a complexidade do cuidado ao paciente e a necessidade de uma abordagem integrada. Profissionais e acadêmicos de Enfermagem, Psicologia, Odontologia, Biomedicina, Fisioterapia, Nutrição e Educação Física, entre outros segmentos, são convidados a participar. Essa abrangência visa promover um diálogo rico e multifacetado, onde diferentes perspectivas contribuem para uma compreensão mais holística dos desafios da saúde e das soluções inovadoras. A troca de conhecimentos entre essas disciplinas é fundamental para o aprimoramento das práticas e a evolução do setor. Debates cruciais e formação humanizada Ao longo dos três dias de programação, os participantes terão acesso a um formato dinâmico e diversificado, que inclui palestras magnas ministradas por especialistas renomados, mesas-redondas para discussões aprofundadas, minicursos práticos e espaços dedicados à inovação. Haverá também a oportunidade para a apresentação de trabalhos científicos, fomentando a pesquisa e a divulgação de novos estudos. Os debates se aprofundarão em tópicos como saúde global, os desafios epidemiológicos atuais e futuros, a integração da inteligência artificial na prática clínica, o impacto da saúde digital, questões éticas contemporâneas, a relevância da atenção primária e as competências necessárias para os profissionais do século XXI. Segundo a reitora, o congresso surge com o propósito de “integrar ciência, tecnologia e formação humanizada”, visando proporcionar um espaço de diálogo e atualização que prepare os futuros profissionais para um cenário de saúde em constante evolução. Fortalecendo a integração e o futuro profissional Com certificação e vagas limitadas, o congresso é projetado para ter um impacto significativo na cena científica de Belém. Seu objetivo é fortalecer a integração entre as diferentes áreas da saúde, derrubando barreiras disciplinares e promovendo uma visão mais colaborativa do cuidado. Ampliar a visão dos participantes sobre os desafios globais do setor é outro propósito central, incentivando-os a pensar criticamente e a buscar soluções inovadoras. A comissão organizadora, composta por professores e alunos empenhados, reforça o compromisso com a construção de um evento que seja um marco para a comunidade acadêmica da região e que contribua decisivamente para o desenvolvimento do futuro profissional da saúde, equipando-os com o conhecimento e as ferramentas necessárias para enfrentar os desafios de um mundo em transformação. Perguntas frequentes 1. Onde e quando o I Congresso de Medicina será realizado? O congresso acontecerá nos dias 10, 11 e 12 de abril de 2026, no Espaço Docas, novo centro de eventos de Belém, Pará, localizado na Rua Municipalidade. 2. Qual o tema principal e quem pode participar do evento? O tema central é “Saúde Global e o Profissional do Século XXI”. O congresso é voltado para estudantes e profissionais de Medicina e de todas as áreas correlatas à saúde, como Enfermagem, Psicologia, Odontologia, Biomedicina, Fisioterapia, Nutrição e Educação Física. 3. Quais atividades farão parte da programação do congresso? A programação incluirá palestras magnas,

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2025/12 — Maioria das advogadas vítimas de violência no Rio não denuncia agressores

Uma pesquisa recente lançada pela Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ) revelou um cenário preocupante: a ampla maioria das advogadas que sofrem violência física ou psicológica em seu cotidiano opta por não denunciar seus agressores. O levantamento, intitulado “Ser Advogada Não me Salva”, contou com a participação de quase mil profissionais do Direito, expondo a dimensão da violência contra advogadas e a subnotificação desses casos. Os dados são alarmantes, indicando que 67,7% das vítimas mantêm o silêncio, um número que ressalta a urgência de ações e debates sobre a segurança e o bem-estar dessas profissionais. A pesquisa joga luz sobre as barreiras que impedem a denúncia e a necessidade de um suporte mais eficaz para enfrentar este grave problema social. A face oculta da violência: dados alarmantes A pesquisa “Ser Advogada Não me Salva” abriu um canal para que profissionais do Direito pudessem compartilhar suas experiências, revelando uma realidade sombria para muitas. Dos 989 participantes voluntários, 78,6% declararam já ter sido vítimas de algum tipo de violência, um percentual que aponta para a ubiquidade do problema dentro e fora do ambiente profissional. O dado mais impactante, contudo, reside na taxa de subnotificação: mais de dois terços das advogadas agredidas – precisamente 67,7% – não procuraram as autoridades ou canais de denúncia, preferindo lidar com a situação em silêncio. Esta relutância em denunciar sugere um complexo emaranhado de fatores, que podem incluir o medo de represálias, a vergonha, a dependência econômica ou até mesmo a descrença na eficácia do sistema de justiça, mesmo para aquelas que o representam. A prevalência da violência psicológica Entre os diversos tipos de agressão reportados, a violência psicológica destacou-se como a forma mais recorrente, atingindo impressionantes 85,3% das vítimas. Esta categoria de violência, muitas vezes insidiosa e difícil de ser identificada ou comprovada, manifesta-se por meio de ameaças, humilhações, manipulação, controle excessivo, isolamento social, e desvalorização. Seus efeitos podem ser devastadores, minando a autoestima, a saúde mental e a capacidade profissional das vítimas. A alta prevalência da violência psicológica sublinha a necessidade de ampliar a conscientização sobre suas formas e impactos, e de oferecer suporte especializado para que as advogadas possam reconhecer e reagir a esses abusos, que nem sempre deixam marcas físicas visíveis, mas causam danos profundos e duradouros. Perfil das vítimas e agressores O levantamento também traçou um perfil tanto das advogadas vítimas quanto de seus agressores, oferecendo insights cruciais para a formulação de estratégias de combate. A vasta maioria das participantes (97,1%) se declarou mulher cisgênero, indicando um foco claro da pesquisa. As faixas etárias mais atingidas pela violência foram as de 35 a 45 anos (36,5%) e 25 a 35 anos (23,5%), ou seja, profissionais em pleno desenvolvimento de suas carreiras, muitas vezes construindo família e consolidando sua posição no mercado de trabalho. Quanto aos agressores, os resultados revelaram que a violência não se restringe apenas ao ambiente doméstico, mas também se estende ao âmbito profissional. Parceiros ou ex-parceiros foram apontados como os principais agressores (37,9%), seguido por colegas de profissão (17,2%). Esse dado é particularmente alarmante, pois expõe as advogadas à violência em múltiplas esferas de suas vidas, exigindo uma abordagem multifacetada para a proteção e o amparo. Além disso, quase metade das advogadas (49,7%) reside na capital fluminense, o que pode influenciar a dinâmica das denúncias e o acesso a redes de apoio. Impacto e ações em resposta A divulgação desses resultados não apenas escancara uma realidade dolorosa, mas também impulsiona a OAB-RJ a reforçar seu compromisso com a causa. A pesquisa serve como um catalisador para a criação de políticas mais robustas e para a ampliação da rede de apoio às advogadas. A liderança da instituição tem enfatizado a urgência de uma resposta coordenada para enfrentar esse desafio que transcende as barreiras da profissão, ecoando em toda a sociedade. A compreensão detalhada dos tipos de violência, perfis de vítimas e agressores é fundamental para direcionar os esforços de prevenção, proteção e punição, garantindo que as profissionais do Direito possam exercer sua função em um ambiente seguro e livre de discriminação. A voz da liderança da OAB-RJ A presidente da OAB-RJ, Ana Tereza Basilio, manifestou sua preocupação com os resultados e a situação geral no estado. Ela destacou que o Rio de Janeiro ainda ocupa o segundo lugar no país em casos de violência contra a mulher, um dado que reforça a gravidade e a abrangência do problema. Em suas palavras, “É urgente que o poder público priorize o enfrentamento deste sério problema social e nós, como ponte com a população, vamos lutar por isso.” A declaração da presidente da OAB-RJ não apenas sublinha a necessidade de intervenção estatal, mas também reafirma o papel da instituição como uma voz ativa na defesa dos direitos das mulheres, buscando catalisar mudanças significativas na legislação e nas práticas de combate à violência. Próximos passos e o papel da ouvidoria Diante dos primeiros e impactantes resultados da pesquisa, a Ouvidoria da Mulher da OAB-RJ já está trabalhando na próxima fase do projeto. Um novo levantamento está em andamento para identificar e estabelecer contato com cerca de 500 advogadas que expressaram o desejo de conversar mais detalhadamente com a equipe. Segundo Andréa Tinoco, ouvidora da Mulher da OAB-RJ, o principal objetivo dessa escuta ativa é oferecer apoio direto, estruturar políticas internas abrangentes de prevenção, orientação e conscientização. A meta é clara: criar um ambiente profissional mais seguro, acolhedor e equitativo para todas as advogadas. Tinoco enfatizou o compromisso da ouvidoria em “transformar esses números em políticas que garantam um exercício profissional livre de qualquer forma de violência e discriminação”, destacando que a escuta ativa das advogadas será o eixo central dessa construção de um futuro mais justo e seguro. Conclusão Os dados levantados pela OAB-RJ são um alerta contundente sobre a prevalência da violência contra advogadas e a alarmante taxa de subnotificação que permeia a realidade dessas profissionais no Rio de Janeiro. A pesquisa “Ser Advogada Não me Salva” não apenas quantifica o problema, mas também humaniza a urgência, revelando

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2025/12 — Brasil resgata mulheres e crianças palestinas em nova operação humanitária em Gaza

Em um esforço contínuo de diplomacia humanitária, o governo brasileiro, por meio do Itamaraty e de suas embaixadas, orquestra uma nova operação de resgate de palestinos na Faixa de Gaza. A missão, coordenada pelas representações diplomáticas em Ramala e em Amã, visa retirar nove palestinos da região, um grupo particularmente vulnerável composto por seis mulheres e três meninas, todas com aproximadamente dez anos de idade. Esta ação reforça o compromisso do Brasil com a proteção de civis em zonas de conflito, especialmente aqueles mais afetados pela crise humanitária prolongada. A iniciativa, que ocorre nesta segunda-feira, demonstra a complexidade e a urgência de tais operações, realizadas em um cenário de extremas dificuldades e riscos para garantir a segurança e o bem-estar dos evacuados. A nova fase da operação humanitária brasileira A mais recente operação humanitária liderada pelo Brasil para a retirada de civis da Faixa de Gaza marca um novo capítulo nos esforços do país para mitigar o impacto do conflito. Esta iniciativa é um reflexo da prioridade que o governo brasileiro tem dado à proteção de populações vulneráveis em cenários de crise internacional. Desde o início das hostilidades intensificadas, o Itamaraty tem trabalhado incansavelmente para assegurar a saída de cidadãos brasileiros e seus familiares palestinos, enfrentando desafios logísticos e diplomáticos significativos. Detalhes da missão e o grupo prioritário A missão atual foca em um grupo de nove indivíduos, especificamente seis mulheres e três meninas, todas na faixa etária dos dez anos. A escolha deste perfil sublinha a preocupação com a fragilidade de mulheres e crianças em meio a um conflito armado, onde são desproporcionalmente afetadas. As embaixadas brasileiras em Ramala, na Palestina, e em Amã, na Jordânia, estão na linha de frente da coordenação desta complexa operação. Este trabalho envolve negociações meticulosas para a obtenção de permissões de saída, garantindo uma passagem segura através das fronteiras e a subsequente organização do transporte aéreo para o Brasil. A operação desta segunda-feira exemplifica a dedicação e o planejamento estratégico necessários para concretizar o resgate de pessoas de uma das regiões mais conflagradas do mundo, oferecendo-lhes uma chance de recomeço em segurança. Contexto da crise em Gaza e a atuação do Itamaraty A Faixa de Gaza tem sido palco de uma crise humanitária de proporções alarmantes, exacerbada por anos de bloqueio e intensos conflitos. A infraestrutura essencial está comprometida, o acesso a serviços básicos como saúde, água e energia é precário, e a população civil vive sob constante ameaça. Neste cenário de extrema adversidade, a atuação de países como o Brasil, por meio de seu Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), torna-se crucial. O Itamaraty, tradicionalmente um defensor da diplomacia pacífica e da ajuda humanitária, tem mobilizado sua rede diplomática para responder a esta emergência, atuando como um facilitador e provedor de segurança para aqueles que buscam refúgio. Desafios logísticos e diplomáticos no cenário de conflito O processo de resgate de indivíduos de uma zona de conflito como Gaza é intrinsecamente complexo e repleto de desafios. Logísticos, os obstáculos incluem a garantia de rotas seguras de deslocamento terrestre dentro da Faixa, a travessia de postos de controle rigorosos e a organização de transporte transfronteiriço, geralmente para o Egito, de onde um voo fretado pode partir para o Brasil. Diplomaticamente, o Itamaraty precisa coordenar-se com múltiplas autoridades — palestinas, israelenses e egípcias — além de organismos internacionais, para obter as autorizações necessárias para a saída. Desde o início da crise atual, o Brasil já realizou diversas operações de resgate, trazendo para casa centenas de brasileiros e seus familiares palestinos. Cada missão exige negociações delicadas e um planejamento exaustivo para superar barreiras burocráticas e de segurança, sempre com o objetivo primordial de preservar vidas e oferecer um porto seguro. A experiência acumulada nessas operações prévias tem sido fundamental para a eficiência e a agilidade da missão em curso. Acolhimento no Brasil e perspectivas futuras Ao chegarem ao Brasil, os indivíduos resgatados da Faixa de Gaza encontram um sistema de acolhimento estruturado, projetado para facilitar sua integração e garantir seu bem-estar inicial. Este processo é fundamental para que possam reconstruir suas vidas em um ambiente de paz e segurança, longe dos horrores do conflito. O compromisso do Brasil não se limita apenas ao resgate, mas estende-se ao suporte necessário para uma transição digna e humana. O suporte oferecido aos resgatados e a integração no país Imediatamente após o desembarque, os resgatados recebem atenção médica e psicológica especializada para lidar com os traumas vividos. O governo brasileiro, em parceria com estados e municípios, além de organizações da sociedade civil, oferece assistência multifacetada que inclui moradia temporária, acesso a programas sociais, educação para as crianças e oportunidades de aprendizado da língua portuguesa e qualificação profissional para os adultos. O objetivo é proporcionar todas as ferramentas necessárias para que se adaptem à nova realidade, encontrem trabalho e se integrem plenamente à sociedade brasileira. Este suporte abrangente é crucial para que as mulheres e as meninas resgatadas, em particular, possam superar as adversidades e construir um futuro promissor, demonstrando a solidariedade e a capacidade de acolhimento do Brasil. Conclusão A mais recente operação de resgate de mulheres e crianças palestinas da Faixa de Gaza pelo Brasil reafirma o papel do país como um ator humanitário proativo no cenário internacional. Em meio a um dos conflitos mais complexos da atualidade, a dedicação do Itamaraty e de suas embaixadas em garantir a segurança e o acolhimento desses indivíduos vulneráveis ressoa como um exemplo de compaixão e responsabilidade. Esta missão não apenas oferece um refúgio seguro para quem mais precisa, mas também reitera o compromisso inabalável do Brasil com os direitos humanos e a solidariedade entre os povos, pavimentando um caminho para a esperança em tempos de crise. FAQ 1. Quem são os palestinos resgatados nesta operação? Nesta nova fase da operação humanitária, o grupo é composto por nove palestinos: seis mulheres e três meninas, todas com aproximadamente dez anos de idade. Eles são retirados da Faixa de Gaza devido à intensa crise humanitária e ao conflito na região. 2. Quais são os

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2025/12 — Lula parabeniza Kast por eleição no Chile: foco nas relações bilaterais

Em um cenário de efervescência política na América Latina, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, estendeu suas felicitações a José Antonio Kast, do Partido Republicano, pela vitória na eleição presidencial do Chile. As projeções indicaram Kast como o novo líder chileno, e a manifestação de Lula ressalta a importância da manutenção e do aprofundamento dos laços entre as duas nações sul-americanas. A mensagem do presidente brasileiro, divulgada em suas redes sociais, destacou a transparência e a ordem do processo eleitoral democrático chileno, além de expressar votos de pleno êxito ao presidente eleito em seu futuro mandato. O foco primordial da diplomacia brasileira, conforme explicitado por Lula, será o fortalecimento das já excelentes relações bilaterais e dos robustos laços econômico-comerciais que unem Brasil e Chile, elementos cruciais para a integração regional e a preservação da América do Sul como uma zona de paz. A eleição de Kast representa uma guinada significativa no panorama político chileno, posicionando o país com um líder de ultradireita pela primeira vez desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet. O aceno diplomático de Lula e o novo panorama chileno A mensagem brasileira e a integração regional A congratulação do presidente Lula a José Antonio Kast, recém-eleito presidente do Chile, não é apenas um gesto protocolar, mas um indicativo da prioridade do Brasil em manter pontes com governos de diferentes espectros ideológicos na região. A mensagem do líder brasileiro ressaltou a natureza democrática e transparente do pleito chileno, enfatizando o respeito à vontade popular. Mais do que felicitar o vencedor, Lula fez questão de reiterar o compromisso do Brasil com a continuidade do trabalho conjunto em favor do estreitamento das relações bilaterais. Este fortalecimento abrange não apenas o aspecto político, mas também os sólidos laços econômico-comerciais, que são pilares da parceria entre Brasil e Chile. A visão de Lula se estende à integração regional, percebendo a colaboração entre os países como essencial para a manutenção da América do Sul como uma zona de paz, um objetivo compartilhado por diversas administrações na região. Vitória de Kast: um marco para a direita chilena José Antonio Kast foi declarado presidente com uma vitória expressiva, conquistando 58,30% dos votos com mais de 95% das urnas apuradas, superando a candidata governista Jeannette Jara, que obteve 41,70%. Esta eleição marca um ponto de virada na política chilena, consolidando Kast como o presidente mais à direita do país desde o término da ditadura de Augusto Pinochet, há 35 anos. Sua ascensão ocorre em um cenário político adverso, caracterizado por um Congresso sem maiorias definidas. A direita, embora tenha somado a maior parte dos votos no primeiro turno, enfrenta uma fragmentação interna que pode dificultar a formação de um governo coeso e a aprovação de sua agenda legislativa. A vitória de Kast, portanto, não é apenas o triunfo de um candidato, mas o reflexo de um anseio por mudanças e, ao mesmo tempo, um desafio para a governabilidade em um país que demonstra sinais de fadiga política e busca por ordem. Um presidente ultraconservador em um país dividido Propostas e perfil do presidente eleito José Antonio Kast, advogado de 59 anos, católico devoto e pai de nove filhos, construiu sua campanha em torno de uma agenda rigorosa nas áreas de segurança pública e imigração. Entre suas promessas mais notáveis, destacam-se a deportação de aproximadamente 340 mil imigrantes em situação irregular, majoritariamente venezuelanos, e a construção de um muro na fronteira com a Bolívia. O combate implacável à criminalidade também figura como um pilar central de seu plano de governo. Tais temas ressoaram fortemente entre o eleitorado chileno, que, segundo pesquisas recentes, elege crime e violência como suas maiores preocupações. A percepção de insegurança superou, em muitos casos, os índices criminais reais, influenciando o debate público e as prioridades dos eleitores. A própria candidata derrotada, Jeannette Jara, ajustou seu discurso no segundo turno para dialogar com essa preocupação crescente, indicando a centralidade desses assuntos na agenda política nacional. Reações e o desafio da governabilidade Pouco após o anúncio dos resultados, Jeannette Jara reconheceu a derrota e parabenizou seu adversário em uma publicação na plataforma X, afirmando que “a democracia falou alto e claro”. Em um gesto de união, ela ligou para Kast para desejar-lhe sucesso em prol do Chile, reiterando seu compromisso de continuar trabalhando para o bem do país. O presidente eleito, Gabriel Boric, também telefonou para seu sucessor, oferecendo apoio e compartilhando a experiência da “solidão do poder”, um lembrete das complexas decisões que o aguardam. Internacionalmente, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, felicitou Kast, expressando confiança de que o Chile avançará em prioridades compartilhadas, como o fortalecimento da segurança pública, o controle da imigração ilegal e a revitalização da relação comercial. Nas ruas, eleitores de Kast celebraram a vitória com bandeiras chilenas, enquanto o presidente eleito se prepara para assumir o Palácio La Moneda em março. O Congresso fragmentado e os precedentes históricos A governabilidade de Kast será testada por um Congresso bastante dividido. Embora as coligações de direita, incluindo a de Kast, tenham conquistado a maioria das cadeiras na Câmara dos Deputados (76 de 155) e no Senado (25 de 50), a fragmentação interna pode ser um obstáculo. Analistas políticos, como o professor Carlos Huneeus, da Universidade do Chile, apontam para a incerteza sobre como os partidos de direita tradicional, como o Chile Vamos, se alinharão ao governo Kast e se aceitarão convites para o Gabinete. Essa polarização parlamentar já foi um entrave significativo para o presidente Boric, que viu reformas centrais de sua campanha, como a constitucional, serem barradas pela falta de maioria. Além dos desafios contemporâneos, Kast carrega um histórico controverso: sua oposição ao aborto em qualquer circunstância e seu apoio declarado à ditadura militar de Pinochet, que resultou em milhares de mortes e desaparecimentos. Embora ele tenha evitado esses temas na campanha mais recente, investigações jornalísticas de 2021 trouxeram à tona a filiação de seu pai ao Partido Nazista na Alemanha, alegação que Kast nega, afirmando que seu pai foi um recruta forçado

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2025/12 — Articulações de Motta antecedem Renúncia de Carla Zambelli para evitar cassação

A renúncia da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ao seu mandato na Câmara dos Deputados, anunciada recentemente, foi o ápice de um período de intensas articulações políticas e negociações de bastidores. Nos dias que antecederam a decisão, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), desempenhou um papel crucial, buscando o que aliados descreveram como uma “saída mais honrosa” para a parlamentar. Este movimento estratégico tinha um duplo propósito: proporcionar uma solução política para Zambelli e, simultaneamente, evitar que Motta fosse forçado a oficializar a cassação do mandato, uma medida que poderia agravar as tensões com a oposição e abrir novas frentes de embate político. A complexidade da situação e a intervenção de diversas lideranças evidenciam a importância estratégica da renúncia no cenário atual. O enredo da renúncia e as articulações políticas A saída de Carla Zambelli do cenário parlamentar não foi um evento isolado, mas sim o resultado de um complexo xadrez político. Correligionários de Motta e da própria Zambelli confirmaram que o presidente da Câmara manteve diálogos com líderes do Partido Liberal (PL), além de familiares e advogados da deputada. O objetivo era construir um caminho que oferecesse à parlamentar uma alternativa à cassação iminente, que já havia sido determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A renúncia, nesse contexto, representou uma manobra para gerenciar a crise e, ao mesmo tempo, preservar a imagem da Casa. Adilson Barroso (PL-SP) assumirá o cargo vago pela parlamentar, que atualmente está detida na Itália. A intervenção de Hugo Motta A participação de Hugo Motta foi decisiva. Diante da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que havia anulado a deliberação do plenário da Câmara que preservava o mandato de Zambelli, Motta solicitou ao departamento jurídico da Casa uma análise aprofundada da situação. Moraes já havia determinado a cassação, seguindo o entendimento anterior da Corte. A referenda unânime da Primeira Turma do STF à ordem na última sexta-feira intensificou a pressão sobre a Câmara, tornando a intervenção de Motta ainda mais urgente. Ele buscou uma solução política que pudesse atenuar os impactos para todos os envolvidos, incluindo a própria Câmara, evitando confrontos diretos com o Judiciário. A estratégia por trás da decisão A renúncia foi descrita pelo líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), como uma questão puramente “estratégica”. Segundo Cavalcante, era fundamental que Zambelli renunciasse antes que Motta tivesse que sacramentar a cassação, mesmo com a Câmara, em um momento anterior, tendo absolvido a parlamentar. A visão era de que essa ação prévia poderia auxiliar na defesa da deputada na Itália, onde está presa. A frase “Moraes acha que manda, mas temos as nossas estratégias”, atribuída a Sóstenes, encapsula o espírito de resistência e a tentativa de encontrar brechas legais e políticas diante das determinações judiciais. A manobra visava também preservar a capacidade de argumentação em futuras instâncias. A postura do Supremo Tribunal Federal O Supremo Tribunal Federal, por sua vez, tem mantido uma linha firme em relação à perda de mandatos parlamentares condenados criminalmente. A anulação da decisão da Câmara que tentava preservar o mandato de Zambelli reflete a posição da Corte sobre a constitucionalidade do processo. A anulação da decisão da Câmara O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo de condenação de Zambelli, foi categórico ao revogar a decisão da Câmara. Segundo Moraes, a deliberação da Casa em rejeitar a perda do mandato da deputada “ocorreu em clara violação” à Constituição Federal. Ele classificou o ato como “NULO, por evidente inconstitucionalidade, presentes tanto o desrespeito aos princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade, quanto flagrante desvio de finalidade”. O magistrado enfatizou que a Constituição atribui ao Poder Judiciário a competência para determinar a perda do mandato parlamentar em casos de condenação criminal transitada em julgado. Nesses cenários, a Mesa da Câmara tem apenas o papel de declarar a perda do mandato por meio de um ato administrativo vinculado. A decisão de Moraes também sublinhou que a votação da Câmara contrariava uma série de precedentes do STF, que desde o julgamento da Ação Penal 470 (o “mensalão”), em 2012, consolidou o entendimento de que parlamentares condenados criminalmente de forma definitiva perdem automaticamente o mandato. Implicações jurídicas da renúncia Para especialistas em direito constitucional, como o professor Gustavo Sampaio, da Universidade Federal Fluminense (UFF), a renúncia de Zambelli após uma ordem judicial que determinava a perda do mandato poderá ser considerada inócua pelo STF. Sampaio aponta que a Corte deverá seguir um entendimento consolidado ao longo dos anos, que remonta ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992. Dessa forma, a perda do cargo devido à condenação criminal transitada em julgado suspende os direitos políticos da deputada, impossibilitando-a de se candidatar em futuras eleições. Ministros do STF, que já consideravam a decisão da Câmara de manter o mandato como “inaceitável” e uma tentativa de “desmoralizar” a Corte, indicavam que alguma nova medida seria adotada. A renúncia, embora estratégica do ponto de vista político, não altera necessariamente a avaliação jurídica da situação. O caso Zambelli e sua condenação A base para toda essa movimentação política e jurídica reside na condenação de Carla Zambelli, que a levou à situação atual. Detalhes da condenação por invasão ao CNJ Carla Zambelli foi condenada em maio deste ano pelo STF por sua participação na invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os ministros da Primeira Turma do Tribunal entenderam que ela e o hacker Walter Delgatti cometeram os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou Zambelli e Delgatti de coordenarem ataques aos sistemas do CNJ com o objetivo explícito de desacreditar a Justiça brasileira e incitar atos antidemocráticos. Essa condenação criminal com trânsito em julgado é o cerne do processo que levou à perda de seu mandato parlamentar. O processo de extradição e o futuro legal Atualmente, a agora ex-deputada está detida na Itália, onde foi presa. Há um processo de extradição em andamento, cujo objetivo é trazê-la de volta ao Brasil para que cumpra a pena à qual foi sentenciada. A complexidade do

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2025/12 — França alerta: acordo UE-Mercosul não é aceitável em sua forma atual

O futuro do ambicioso acordo UE-Mercosul enfrenta um sério obstáculo com a recente declaração do ministro francês da Economia e Finanças, Roland Lescure. Em uma entrevista à imprensa alemã, Lescure reiterou que o tratado de livre comércio, em sua configuração atual, é “inaceitável” para a França. Essa posição crítica coloca em xeque a ratificação de um pacto que levaria décadas para ser concretizado, ameaçando os planos da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de visitar o Brasil para a sua assinatura. As preocupações francesas centram-se em questões fundamentais de proteção interna, padrões de produção e controles de importação, refletindo uma crescente tensão entre os benefícios potenciais de um vasto mercado e a salvaguarda de setores econômicos sensíveis, especialmente a agricultura europeia. O impasse francês e as condições para o acordo UE-Mercosul A declaração de Roland Lescure ao jornal econômico alemão Handelsblatt não deixou margem para dúvidas sobre a postura francesa: “Em sua forma atual, o tratado é inaceitável”. Esta afirmação, proferida no domingo, 14 de dezembro, sublinha a firmeza da França em relação às condições que considera indispensáveis para a aprovação do acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, bloco que integra Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. A resistência francesa não é nova, mas sua reiteração em um momento tão crucial das negociações amplifica a complexidade do cenário político e econômico. As três condições da França O ministro francês detalhou as “três condições” que a França exige para dar seu consentimento ao acordo. A primeira e mais primordial é a inclusão de uma “cláusula de proteção forte e eficaz”. Esta cláusula visa resguardar setores sensíveis da economia europeia de picos de importação que poderiam desestabilizar os mercados internos, garantindo mecanismos de salvaguarda em caso de desequilíbrio. A preocupação é evidente no setor agrícola, onde a entrada maciça de produtos do Mercosul, muitas vezes com custos de produção diferentes e padrões regulatórios variados, poderia gerar concorrência desleal e prejudicar os produtores europeus. A segunda condição é que as normas de produção aplicadas na União Europeia “também devem ser aplicadas à produção nos países parceiros”. Isso significa que produtos importados do Mercosul, especialmente os agrícolas, deveriam aderir aos mesmos padrões ambientais, sociais e sanitários exigidos dos produtores europeus. Esta exigência busca assegurar um campo de jogo nivelado, evitando que produtos com custos de produção mais baixos, resultantes de regulamentações menos rigorosas, inundem o mercado europeu. Temas como desmatamento, uso de pesticidas e bem-estar animal são frequentemente citados neste contexto, especialmente para produtos como carne bovina. Por fim, a terceira condição refere-se aos “controles de importação”. A França demanda um sistema robusto e eficiente de monitoramento e verificação de todos os produtos que chegam do Mercosul, garantindo que cumpram as normas estabelecidas. Isso não apenas complementa a segunda condição, mas também visa aumentar a confiança dos consumidores europeus na qualidade e na origem sustentável dos produtos importados, minimizando riscos sanitários e ambientais. A implementação de controles rigorosos é vista como essencial para a aceitação pública e política do acordo. Consequências geopolíticas e econômicas da recusa A posição intransigente da França tem implicações significativas para a agenda diplomática e comercial da União Europeia. A recusa francesa coloca em risco a viagem ao Brasil que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tinha agendada para o próximo sábado, com o intuito de assinar o acordo. Tal evento seria um marco histórico, coroando anos de negociações entre os dois blocos. O adiamento ou cancelamento dessa viagem representaria um revés considerável para as relações transatlânticas e para a credibilidade da UE como um player global capaz de fechar grandes acordos comerciais. Impacto na agenda europeia e votação parlamentar Ainda que a assinatura de Ursula von der Leyen fosse um passo simbólico importante, a ratificação final do acordo UE-Mercosul depende do aval dos 27 Estados-membros da União Europeia e do Parlamento Europeu. Fontes europeias indicam que os Estados europeus deveriam se pronunciar sobre o acordo comercial entre 16 e 19 de dezembro. No entanto, antes disso, os Estados-membros aguardam o resultado de uma votação crucial no Parlamento Europeu, agendada para terça-feira, sobre garantias destinadas a tranquilizar os agricultores. Esta votação é vista como um termômetro da disposição política para avançar com o acordo e reflete a forte oposição de setores agrícolas, particularmente os franceses, que constituem uma voz poderosa na política europeia. A dinâmica política interna da França, com sua forte base agrícola e a sensibilidade em relação à soberania alimentar, torna a questão do acordo UE-Mercosul um tema delicado para o governo. A capacidade de Paris de influenciar outros Estados-membros, especialmente aqueles com preocupações agrícolas semelhantes, é considerável, podendo levar a um efeito dominó que dificulte ainda mais a aprovação do tratado. O que está em jogo: benefícios e resistências ao acordo Se aprovado, o acordo UE-Mercosul criaria uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, conectando um mercado de aproximadamente 722 milhões de habitantes. As vantagens econômicas potenciais são vastas e abrangem diversos setores. Para a União Europeia, o acordo permitiria exportar mais automóveis, máquinas, produtos químicos, farmacêuticos, além de bens de consumo de alto valor agregado como vinhos e azeites, para os países do Mercosul. Isso abriria novas oportunidades para empresas europeias e potencialmente impulsionaria o crescimento econômico e a criação de empregos. Preocupações dos agricultores europeus e concorrência desleal Contudo, a reciprocidade comercial também é um ponto de discórdia. O acordo facilitaria a entrada de produtos agrícolas do Mercosul no mercado europeu, incluindo carne bovina, aves, açúcar, etanol, soja e mel, entre outros. É precisamente neste ponto que reside a maior resistência por parte dos agricultores europeus. Eles veem a entrada desses produtos como uma concorrência desleal, argumentando que os produtores do Mercosul, especialmente no Brasil e na Argentina, operam sob regimes regulatórios e custos de produção distintos, muitas vezes menos onerosos em termos ambientais e sociais. A questão do desmatamento na Amazônia, por exemplo, tem sido um ponto sensível, com muitos críticos na Europa argumentando que a importação de produtos como a carne

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2025/12 — Dúvidas sobre apoio de bilionário Na Paramount impulsionam acordo da Warner com

A indústria global do entretenimento testemunha uma das mais complexas e ambiciosas disputas corporativas dos últimos tempos, com a Warner Bros. Discovery (WBD) no centro. Recentemente, a empresa de mídia anunciou a venda de uma parte significativa de seus negócios à Netflix por US$ 83 bilhões, optando pela gigante do streaming em detrimento de uma oferta de aquisição total da Paramount. A decisão da Warner revelou, nos bastidores, profundas preocupações com a solidez e a natureza do apoio financeiro prometido pela Paramount, especialmente o envolvimento do bilionário Larry Ellison, pai do CEO David Ellison. Essa preferência da Warner destaca a busca por maior segurança e valor para os acionistas em um cenário de mercado cada vez mais volátil e competitivo, onde o financiamento robusto e transparente se torna um diferencial crucial. A complexa disputa pela Warner Bros. Discovery Por meses, a Paramount Global travou uma investida insistente para adquirir a totalidade da Warner Bros. Discovery, apresentando sua proposta como a mais vantajosa para o futuro da companhia. Um dos principais trunfos alardeados pela Paramount era o suposto apoio irrestrito de Larry Ellison, o magnata da tecnologia por trás da Oracle e pai de David Ellison, CEO da Skydance Media, parceira da Paramount. Em comunicações com a Warner, a Paramount chegou a afirmar que contava com “recursos garantidos de uma das famílias mais ricas do mundo”. Larry Ellison possui uma fortuna estimada em aproximadamente US$ 273 bilhões, acumulada em grande parte por sua participação na Oracle, uma gigante do software com valor de mercado próximo de US$ 630 bilhões. Contudo, por trás das garantias apresentadas, o conselho da Warner manifestou sérias dúvidas sobre a extensão real do compromisso financeiro de Ellison. A principal preocupação girava em torno do fato de Larry Ellison não ter oferecido uma garantia pessoal para a proposta e de planejar aportar capital por meio de um truste revogável. A natureza revogável do truste significava que seus ativos poderiam ser modificados a qualquer momento, levantando temores de que a Warner teria recursos limitados de reação caso a proposta da Paramount desmoronasse, expondo a empresa a riscos significativos e imprevisíveis. Oferta da Paramount e o bilionário Larry Ellison A proposta da Paramount para a aquisição da Warner Bros. Discovery, que incluía US$ 54 bilhões em dívidas, tornava o financiamento de Larry Ellison e outros parceiros absolutamente crucial. A própria Paramount tem um valor de mercado modesto, girando em torno de US$ 15 bilhões, uma fração do tamanho da Warner, e é limitada por uma dívida aproximadamente equivalente ao seu patrimônio, além de um rating de crédito um degrau abaixo do chamado “junk” (grau especulativo). A estrutura de financiamento apresentada pela Paramount indicava que o Lawrence J. Ellison Revocable Trust e a gestora de private equity RedBird Capital Partners seriam os principais responsáveis por um cheque de US$ 40 bilhões em capital próprio. Além deles, fundos soberanos do Oriente Médio e gestoras de investimento como a Affinity Partners, de Jared Kushner, seriam parceiros adicionais, contribuindo com cerca de US$ 24 bilhões. No entanto, o conselho da Warner estava especialmente preocupado com a possibilidade de que, caso esses outros parceiros desistissem, o truste de Ellison arcaria com os US$ 40 bilhões integralmente, reforçando a dependência de um instrumento financeiro considerado instável. A Warner chegou a pleitear um limite de US$ 2,8 bilhões para indenizações caso a Paramount não cumprisse suas obrigações contratuais, um sinal claro da desconfiança quanto à robustez da garantia. É importante notar que, mesmo o império de Ellison enfrenta pressões: as ações da Oracle, principal fonte de sua riqueza, registraram uma queda de quase 11% após resultados recentes, embora ainda acumulem alta no ano. Esse cenário adiciona uma camada de complexidade à percepção de solidez financeira do bilionário em um acordo dessa magnitude. A escolha da Netflix: Segurança e valor estratégico Diante das incertezas em torno da proposta da Paramount, a Warner Bros. Discovery tomou uma decisão estratégica ao optar pela oferta da Netflix. O acordo, avaliado em US$ 83 bilhões, prevê a venda de grande parte dos negócios da WBD à gigante do streaming. O conselho da Warner concluiu que essa proposta oferecia maior valor aos acionistas e, crucialmente, mais segurança em comparação com a oferta de aquisição total da Paramount. A Netflix se apresenta como um colosso corporativo com um valor de mercado de aproximadamente US$ 420 bilhões e uma invejável classificação de crédito de grau de investimento. Para financiar sua proposta, a gigante do streaming planeja utilizar mais de US$ 10 bilhões em caixa próprio, além de parte de suas ações e empréstimos de um consórcio de bancos. Essa estrutura de financiamento, baseada em ativos sólidos e um histórico de mercado robusto, transmitiu ao conselho da Warner a confiança e a estabilidade que faltavam na oferta concorrente. Financiamento da Netflix e os desafios futuros Apesar de sua posição de destaque, a Netflix não está isenta de desafios. Para concretizar a aquisição, a empresa concordou em assumir quase US$ 60 bilhões em dívidas. Esse volume significativo de endividamento levantou preocupações entre analistas de mercado. Dave Novosel, analista sênior da Gimme Credit, por exemplo, expressou apreensão com a quantidade de dívida que a Netflix está absorvendo, chegando a rebaixar sua recomendação para a dívida da empresa. Essa dívida adicional poderia limitar a capacidade da Netflix de contrair mais endividamento para fazer frente a eventuais ofertas mais altas da Paramount no futuro. Além disso, as ações da Netflix registraram uma queda de cerca de 4% nos dias seguintes ao anúncio, o que impactou o valor de sua oferta em dinheiro e ações. Esse cenário demonstra que, embora a Netflix possua uma base financeira mais sólida, a magnitude do negócio e o ambiente de mercado volátil impõem seus próprios riscos e considerações estratégicas. Próximos passos e a batalha pelos acionistas Com a rejeição de sua oferta, a Paramount agora se prepara para uma batalha prolongada e potencialmente hostil. A empresa tem o objetivo de convencer os acionistas da Warner Bros. Discovery de que o conselho da WBD cometeu

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2025/12 — Rosana Augusto: dois meses no Palmeiras e segundo título iminente

A trajetória de Rosana Augusto no comando técnico do Palmeiras feminino alcança um novo patamar, consolidando-se como um dos trabalhos mais promissores do futebol brasileiro. Após uma vitória contundente por 5 a 1 sobre o Corinthians na partida de ida da final do Paulistão feminino, a treinadora está a um passo de conquistar seu segundo título com a equipe em menos de dois meses. A goleada, que surpreendeu os torcedores e a própria rival, coloca o Palmeiras em uma posição extremamente favorável para a decisão marcada para o Canindé. Este rápido sucesso de Rosana Augusto reflete não apenas a qualidade do elenco, mas também a eficácia de sua filosofia de trabalho e sua profunda conexão com o clube, onde encerrou sua carreira como jogadora há cinco anos. Sua passagem relâmpago, porém impactante, promete redefinir o futuro do futebol feminino palmeirense. A virada de chave: da aposentadoria aos títulos no comando A carreira de Rosana Augusto no futebol é um exemplo de resiliência e adaptabilidade. Há cinco anos, ela se despedia dos gramados vestindo a camisa do Palmeiras, encerrando uma gloriosa trajetória como atleta. Hoje, sua presença à beira do campo como treinadora marca uma nova era, e com ela, a iminente conquista de seu segundo troféu. Este feito é ainda mais notável considerando a velocidade com que os resultados foram alcançados e as circunstâncias que a levaram de volta ao clube alviverde. Do campo ao banco de reservas: uma nova era Antes de sua chegada ao Palmeiras, Rosana Augusto teve uma passagem significativa pelo Flamengo. Lá, conduziu a equipe rubro-negra às quartas de final do Brasileirão A1, sendo eliminada justamente pelo Palmeiras. No Campeonato Carioca, liderou o time até as semifinais, mas seu trabalho foi interrompido abruptamente antes do término da competição. A saída foi anunciada pelo clube como parte de uma “readequação orçamentária” prevista para 2026, uma justificativa que a própria treinadora classificou como “significativa”. A notícia gerou comoção entre as lideranças do elenco flamenguista, com jogadoras como Cristiane expressando publicamente seu lamento pela perda da técnica nas redes sociais. No entanto, o que parecia ser um revés rapidamente se transformou em uma oportunidade de ouro. Rosana Augusto retornou ao Palmeiras para assumir o comando da equipe deixada por Camilla Orlando, que seguiu para a seleção sub-17. Chegando com duas competições em andamento, a treinadora encontrou um ambiente que, apesar de ter ambições similares às do Flamengo, apresentava diferenças cruciais. Ela destacou “a estrutura física e os processos no Palmeiras mais consolidados” como um diferencial, facilitando a implementação de sua metodologia. Um dos pilares do sucesso de Rosana é, sem dúvida, sua experiência prévia como atleta. Ela mesma pontua que o fato de ter sido jogadora e de entender a identidade do clube “facilita tudo”. Sua vivência permite-lhe compreender “as dores que as jogadoras sentem”, saber “o que elas gostam” e, consequentemente, ser “muito sucinta e didática para que o entendimento seja rápido e claro” em suas intervenções e na transmissão de ideias. Essa empatia e conhecimento prático do jogo são elementos-chave na rápida aceitação de suas estratégias pelo elenco. Estratégia e impacto: o sucesso alviverde em números Desde sua chegada ao Palmeiras, a equipe de Rosana Augusto demonstrou uma consistência impressionante, traduzida em resultados expressivos e uma sequência invicta que solidifica o projeto do futebol feminino no clube. Uma sequência invicta e a consolidação de um projeto A estreia de Rosana à frente do Palmeiras foi um verdadeiro teste de fogo, superado com maestria. Na semifinal da Copa do Brasil, o alviverde garantiu sua vaga na final com uma goleada categórica de 4 a 0 sobre o São Paulo. A força do time sob seu comando foi confirmada na decisão, onde o Palmeiras se impôs novamente, vencendo a Ferroviária por 4 a 2 e conquistando o título. Este triunfo veio em apenas no sexto jogo de Rosana no banco de reservas, um feito notável que demonstrou a rápida adaptação da equipe às suas diretrizes. No Campeonato Paulista, o trabalho da treinadora começou nas últimas cinco rodadas da primeira fase. A equipe manteve a segunda colocação na tabela, assegurando uma posição estratégica para as etapas finais. Na semifinal, o Palmeiras reencontrou a Ferroviária e, mais uma vez, as comandadas de Rosana Augusto levaram a melhor, pavimentando o caminho para a grande final. A performance até o momento é impecável: seis vitórias e três empates, mantendo a invencibilidade e demonstrando a solidez do trabalho desenvolvido. A cereja do bolo veio na primeira partida da final do Paulistão, onde o Palmeiras aplicou uma goleada histórica de 5 a 1 sobre o Corinthians, seu maior rival, colocando um pé na taça. Caso confirmem a vantagem na partida de volta, o time repetirá o feito do ano anterior, sagrando-se campeão sobre o mesmo adversário, o que ressalta ainda mais a hegemonia que Rosana Augusto busca consolidar. Além dos resultados em campo, a treinadora valoriza os avanços nos bastidores do clube. Ela descreve uma “sensação muito boa” ao observar a evolução do departamento de futebol feminino, atribuindo o sucesso inicial à “organização, o desenvolvimento gradativo e os processos bem estruturados” da instituição. Rosana Augusto também faz questão de enaltecer o corpo técnico e as jogadoras. Para ela, o “staff muito competente” e, principalmente, as “jogadoras muito talentosas, inteligentes, que compraram a ideia rapidamente e conseguiram colocar em prática também muito rapidamente” são fatores cruciais para a performance espetacular do time. Essa sinergia entre comissão técnica e elenco é a chave para o momento glorioso que o Palmeiras feminino vive. O legado de Rosana Augusto e o futuro do futebol feminino A iminente conquista do segundo título de Rosana Augusto em tão pouco tempo no Palmeiras transcende a simples soma de troféus. Ela simboliza a eficácia de um trabalho bem estruturado, a importância da experiência prévia como atleta para a liderança e a prova de que processos claros e um ambiente de confiança podem gerar resultados extraordinários. Sua trajetória reitera o valor da organização e do investimento no futebol feminino, mostrando que a combinação

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