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2025/12 — Flávio Bolsonaro, o Centrão e A Black Friday dos votos bolsonaristas

A política brasileira frequentemente se move em ciclos de especulação e articulação, e um dos temas que têm ganhado destaque nos bastidores é a possibilidade de Flávio Bolsonaro lançar-se como candidato à presidência da República. Essa potencial movimentação não apenas reacende debates sobre o futuro do bolsonarismo no país, mas também coloca em evidência a complexa rede de alianças e apoios que seriam necessários para tal empreitada. Nesse cenário, o papel do Centrão emerge como um pilar fundamental, um grupo de partidos com notória influência no Congresso e capacidade de moldar eleições. Analistas políticos observam a forma como a base bolsonarista se organiza e mobiliza, procurando entender a dinâmica de uma possível “Black Friday” dos votos, um período de intensa barganha e busca por apoio que pode definir os rumos de uma campanha presidencial. A ascensão de uma figura familiar ao patriarca do movimento pode representar tanto uma força de continuidade quanto um novo desafio para o eleitorado e o próprio movimento. A articulação política para a candidatura A ascensão de um nome da família Bolsonaro à disputa pela presidência da República, como a de Flávio Bolsonaro, naturalmente deflagra um intrincado processo de articulação política. Para além do apoio da base ideológica, qualquer candidatura com aspirações de vitória nacional depende de uma vasta estrutura partidária e de alianças estratégicas. A viabilidade de tal projeto passa, invariavelmente, pela capacidade de construir pontes com diferentes espectros políticos, inclusive aqueles que, em outros momentos, foram adversários. O papel do Centrão e as alianças estratégicas Nesse tabuleiro de xadrez político, o Centrão se posiciona como um jogador indispensável. Composto por uma gama de partidos de diferentes matizes ideológicas, mas com um forte pragmatismo político, o Centrão representa um bloco decisivo no Congresso Nacional. Seu apoio não se traduz apenas em tempo de televisão e estrutura partidária; ele significa acesso a redes de influência locais, capacidade de mobilização em municípios e estados e, crucially, a garantia de governabilidade caso a eleição seja bem-sucedida. Historicamente, o Centrão negocia apoio em troca de espaços no governo e políticas públicas que beneficiem suas bases eleitorais. Para uma candidatura como a de Flávio Bolsonaro, garantir a adesão desse grupo seria crucial para dar musculatura ao projeto, ampliar sua capilaridade nacional e superar as barreiras de uma disputa majoritária em um país tão diverso. As negociações seriam intensas, envolvendo promessas de programas e cargos, refletindo a natureza transacional da política brasileira. O engajamento da base bolsonarista Paralelamente à articulação com o Centrão, a força motriz de qualquer candidatura bolsonarista reside no fervor e na lealdade de sua base eleitoral. O bolsonarismo, como movimento, transcende as estruturas partidárias tradicionais, ancorando-se em uma conexão direta com seus apoiadores, muitas vezes via redes sociais e eventos públicos. Uma possível candidatura de Flávio Bolsonaro teria o desafio de reativar e expandir essa base. Isso envolveria a mobilização de grupos engajados, influenciadores digitais e lideranças comunitárias que compartilham os valores e pautas do movimento. A capacidade de gerar engajamento espontâneo, de galvanizar militantes e de converter essa paixão em votos é um dos maiores trunfos do bolsonarismo. No entanto, o desafio seria também atrair eleitores que não se consideram ideologicamente alinhados, mas que podem ser persuadidos por propostas específicas ou pela busca de um projeto de governo diferente do status quo. Os desafios e oportunidades eleitorais A jornada rumo à presidência é pavimentada por inúmeros obstáculos e, ao mesmo tempo, por janelas de oportunidade que precisam ser habilmente exploradas. Uma candidatura com o DNA Bolsonaro enfrentaria desafios únicos, mas também poderia capitalizar sobre um legado político já estabelecido. A percepção pública sobre a gestão anterior e a habilidade de projetar uma visão de futuro seriam determinantes para o sucesso. O legado do bolsonarismo e a busca por novos eleitores O movimento bolsonarista, consolidado nos últimos anos, possui um legado ambivalente. Por um lado, construiu uma base eleitoral fiel e ideologicamente engajada, que valoriza pautas como o conservadorismo social, o liberalismo econômico e a oposição ao que consideram “establishment”. Por outro lado, também enfrenta resistências significativas em setores da sociedade, que criticam aspectos de sua governança e retórica. Para uma candidatura de Flávio Bolsonaro, o desafio seria não apenas manter a coesão de sua base original, mas também expandir seu alcance para além dos eleitores já convertidos. Isso exigiria uma campanha capaz de dialogar com diferentes públicos, moderar discursos sem perder a essência do movimento, e apresentar soluções concretas para os problemas do país, como economia, educação e saúde. A busca por novos eleitores passaria por desmistificar preconceitos e por mostrar uma face mais propositiva e conciliadora do bolsonarismo, sem, contudo, alienar seus apoiadores mais fervorosos. A metáfora da “Black Friday” eleitoral A expressão “Black Friday” dos votos bolsonaristas pode ser interpretada como uma metáfora para um período de intensa e decisiva corrida eleitoral, onde as condições políticas se tornam extremamente favoráveis para uma grande “promoção” de votos. Similar ao frenesi comercial da Black Friday, que impulsiona o consumo massivo através de ofertas atrativas em um curto período, a política pode vivenciar momentos em que eventos ou estratégias específicas geram um volume excepcional de apoio. Isso poderia se manifestar em uma campanha focada em grandes eventos, anúncios impactantes ou uma série de movimentos políticos coordenados para maximizar o apelo eleitoral em um período crucial. Poderia significar a capitalização de descontentamentos populares, a exploração de janelas de oportunidade criadas por falhas de adversários, ou a realização de grandes acordos que, de repente, consolidam um apoio massivo. A ideia é criar um senso de urgência e oportunidade para que o eleitor bolsonarista (e potenciais novos eleitores) se sinta compelido a apoiar e engajar-se de forma massiva, transformando o “dia da eleição” ou o período que a antecede em um momento de máxima performance e captura de votos. Perspectivas de uma candidatura e o futuro do bolsonarismo A possível candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência da República representa um ponto de inflexão na dinâmica política brasileira e no futuro do bolsonarismo como força política. A viabilidade e o

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2025/12 — Testemunhas narram terror e caos em praia australiana após ataque

Um evento festivo, marcado pela celebração da primeira noite de Hanukkah, transformou-se em um cenário de horror na ensolarada praia de Bondi, em Sydney, no domingo. O que parecia ser um encontro familiar, com bolhas de sabão flutuando no ar e música, foi abruptamente interrompido por um ataque terrorista que ceifou a vida de pelo menos 12 pessoas, incluindo um dos atiradores, conforme informações policiais. O caos tomou conta da orla, com centenas de pessoas fugindo desesperadamente em busca de segurança. As primeiras descrições de testemunhas oculares pintam um quadro vívido do pânico e da violência que se desenrolaram, deixando a comunidade em choque e luto, enquanto as autoridades iniciam uma investigação profunda para desvendar os motivos por trás da brutalidade. O horror inesperado em Bondi Beach No coração da vibrante Sydney, a praia de Bondi, conhecida por suas águas azuis e areias douradas, tornou-se palco de uma tragédia inimaginável. O domingo, que deveria ser um dia de celebração para a comunidade judaica australiana, reuniu famílias e amigos para marcar a primeira noite de Hanukkah. A atmosfera era de alegria e união, com elementos visuais de uma festa infantil, incluindo bolhas de sabão que flutuavam suavemente no ar e uma trilha sonora leve, típica de um evento familiar. Ninguém poderia prever que essa serenidade seria estilhaçada em questão de segundos. Relatos angustiantes de sobreviventes Entre os presentes, Ebonny Munro, de 32 anos, estava aproveitando o dia com seu bebê de apenas 17 meses. Ela observava a comemoração com a tranquilidade que a cena inspirava, até que os primeiros sons de tiros romperam o silêncio. A confusão inicial logo deu lugar ao terror. Em um ato de desespero e instinto materno, Ebonny mergulhou com seu filho sob uma churrasqueira de metal próxima, buscando refúgio desesperadamente em um local improvável de segurança em meio ao terror. Enquanto se escondia, um homem também se abrigou no mesmo local, compartilhando a experiência aterrorizante. O cheiro pungente de pólvora das balas que zuniam perigosamente acima de suas cabeças permeava o ar, uma lembrança constante da ameaça iminente. O tiroteio, segundo Ebonny, durou cerca de dez minutos, um período que deve ter parecido uma eternidade. Ela testemunhou, com horror, pelo menos uma pessoa ser baleada. Após o cessar-fogo e a chegada das equipes de resgate, Ebonny e seu bebê foram levados para um clube de salva-vidas próximo, onde seus joelhos ralados, fruto da queda e da corrida por segurança, foram enfaixados. A frase “Eu estava prestes a ir embora, quando ouvi um estalo” ecoa a fragilidade da normalidade que foi subitamente quebrada. Outro testemunho crucial veio de Finn Foster, um mochileiro canadense de 18 anos. Ele e sua namorada estavam a caminho de um McDonald’s para comprar sorvete quando os sons, inicialmente confundidos com fogos de artifício, começaram. Rapidamente, a cena de festa se transformou em caos. Eles viram pessoas em pânico correndo desesperadamente para longe da praia, pulando sobre carros estacionados e escalando muros de concreto na ânsia de escapar. Pais, em sua fuga desordenada, arrastavam seus filhos consigo, numa tentativa heroica de protegê-los da ameaça invisível. Finn descreveu os tiros com uma onomatopeia arrepiante: “Pow, pow, pow”, estimando que foram “uns 15 ou 20” disparos, reiterando a intensidade e a frequência do ataque que pegou a todos de surpresa. A resposta e as consequências imediatas A resposta das autoridades foi rápida, mas a escala do ataque deixou uma marca indelével. A praia de Bondi e seus arredores foram imediatamente isolados, com forças policiais e equipes de emergência convergindo para o local. A prioridade era garantir a segurança dos que ainda estavam em perigo e atender aos feridos. Investigação e o perfil das vítimas As autoridades confirmaram o número trágico de 12 vítimas fatais, incluindo um homem que a polícia identificou como um dos atiradores. No entanto, informações detalhadas sobre as vítimas não foram divulgadas imediatamente, em respeito às famílias e à sensibilidade da investigação em andamento. Apesar da ausência de um comunicado oficial completo sobre as identidades das vítimas, o chefe da seção local do Chabad, uma organização judaica de alcance global, revelou à rádio israelense que um dos emissários do grupo havia sido baleado no ataque. Essa informação sugere a possível natureza direcionada da agressão, intensificando as preocupações sobre as motivações por trás do ato de violência. À medida que os últimos raios de sol desapareciam sobre a praia de Bondi naquele domingo sombrio, dezenas de pessoas ainda se abrigavam em lojas e restaurantes próximos, processando o trauma e buscando consolo. O silêncio que se seguiu à cacofonia dos tiros foi preenchido por uma sensação de choque e luto coletivo, com a comunidade tentando entender a magnitude da tragédia que se abateu sobre um de seus locais mais queridos e sagrados. Reflexão sobre a tragédia e o caminho adiante O ataque na praia de Bondi, que transformou um momento de celebração em uma cena de horror e perda, deixou uma cicatriz profunda na comunidade australiana e em particular na comunidade judaica. A brutalidade do evento e a forma como a vida foi abruptamente interrompida para muitos são um lembrete sombrio da fragilidade da paz e da necessidade contínua de vigilância e solidariedade. As imagens de famílias fugindo, a coragem de testemunhas como Ebonny Munro e Finn Foster, e o luto que se espalhou pelo país ressaltam a urgência de compreender e combater tais atos de violência. A investigação está em curso, e a busca por justiça e respostas é prioritária, enquanto a comunidade inicia um longo processo de cura e reconstrução. FAQ P: Onde exatamente ocorreu o ataque? R: O ataque ocorreu na praia de Bondi, em Sydney, Austrália, durante um evento de celebração da primeira noite de Hanukkah. P: Qual era o propósito do evento na praia? R: O evento era uma celebração da primeira noite de Hanukkah, reunindo membros da comunidade judaica australiana. P: Quantas vítimas fatais foram confirmadas no ataque? R: Pelo menos 12 pessoas foram mortas, incluindo um homem que a polícia identificou como um dos atiradores. P:

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2025/12 — Pará alcança recorde histórico na redução do desmatamento amazônico

O estado do Pará, futuro anfitrião da Conferência das Partes (COP30) das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em novembro de 2025, encerrou o primeiro quadrimestre do ano com um desempenho notável no combate ao desmatamento. Dados recentes revelam que, no período compreendido entre agosto e novembro, a área de alertas de desmatamento na Amazônia Legal paraense acumulou 385 km², marcando uma impressionante queda de 51% em comparação com o mesmo intervalo do ano anterior. Esse resultado coloca o Pará na liderança entre os estados amazônicos na luta contra a degradação florestal, registrando o melhor índice de sua série histórica recente. A conquista não apenas reforça o compromisso ambiental da região, mas também projeta o estado como um protagonista nas discussões globais sobre clima e conservação, especialmente às vésperas de sediar um evento de tamanha magnitude internacional. O desempenho histórico do Pará no combate ao desmatamento Análise dos dados e o contexto amazônico A marca de 385 km² de alertas de desmatamento registrados no Pará entre agosto e novembro representa um marco significativo, sinalizando uma inflexão positiva na tendência de degradação da floresta amazônica. Este volume, monitorado por sistemas de vigilância espacial, traduz-se em uma redução de mais da metade da área desmatada em comparação com o quadrimestre correspondente do ano anterior. Essa performance é particularmente relevante ao considerar o Pará historicamente como um dos estados com maiores índices de desmatamento na Amazônia Legal, dada sua vasta extensão territorial e a complexidade das pressões sobre a floresta, que incluem expansão agropecuária, mineração ilegal e grilagem de terras. A série histórica recente de monitoramento, que abrange um período considerável de observação via satélite, mostra que essa queda de 51% não é um evento isolado, mas sim o reflexo de esforços concentrados que culminam neste resultado expressivo. O monitoramento contínuo, realizado por instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), por meio dos sistemas DETER (Detecção de Desmatamento em Tempo Real) e PRODES (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), é fundamental para a identificação e quantificação dessas áreas. A precisão desses dados é vital para orientar políticas públicas e ações de fiscalização, permitindo uma resposta mais rápida e eficiente às ameaças. A diminuição do desmatamento na Amazônia Legal paraense impacta diretamente a biodiversidade, a regulação climática e a vida das comunidades tradicionais e povos indígenas que dependem da floresta. Fatores contribuintes para a redução Diversos fatores podem ser atribuídos a essa notável redução do desmatamento no Pará. Uma das principais alavancas é o fortalecimento das ações de comando e controle por parte dos órgãos ambientais, tanto em nível federal quanto estadual. Isso inclui operações de fiscalização mais intensas, embargo de áreas ilegais, apreensão de equipamentos e responsabilização de infratores. A presença mais ostensiva do Estado em regiões críticas atua como um desincentivo eficaz às práticas ilegais. Além disso, aprimoramentos na tecnologia de monitoramento têm permitido uma detecção mais ágil e precisa do desmatamento, facilitando a intervenção antes que grandes áreas sejam comprometidas. O uso de inteligência artificial e satélites de alta resolução potencializa a capacidade de identificar focos de desmatamento em tempo real, otimizando o envio de equipes terrestres. Políticas públicas e planos estratégicos, como o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), têm sido revitalizados e implementados com maior rigor, buscando uma abordagem multifacetada que combina fiscalização com incentivos à produção sustentável e ordenamento territorial. A colaboração com comunidades locais, povos indígenas e produtores rurais que buscam alternativas econômicas sustentáveis também desempenha um papel crucial. Iniciativas que promovem o manejo florestal sustentável, a bioeconomia e a agricultura de baixo carbono contribuem para a valorização da floresta em pé, oferecendo caminhos para o desenvolvimento que não dependam da derrubada. A crescente pressão da sociedade civil e do mercado consumidor por produtos com origem sustentável e livre de desmatamento igualmente motiva mudanças nas cadeias produtivas, impulsionando a adoção de práticas mais responsáveis. A COP30 em Belém e a agenda ambiental global Pará como palco de discussões cruciais A notícia do recorde na redução do desmatamento surge em um momento estratégico para o Pará, que se prepara para sediar a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) em novembro de 2025, em Belém. A escolha da capital paraense como sede envia uma mensagem poderosa sobre a importância da Amazônia para o futuro climático do planeta. Com esse desempenho positivo no combate à degradação florestal, o Pará chega à COP30 com uma credencial ambiental robusta, capaz de fortalecer a posição de liderança do Brasil nas discussões internacionais sobre clima e biodiversidade. A conferência reunirá líderes mundiais, cientistas, ativistas e representantes da sociedade civil para discutir e negociar ações urgentes para mitigar as mudanças climáticas. Sediar o evento na Amazônia oferece uma oportunidade ímpar para o Pará e o Brasil demonstrarem na prática os desafios e as soluções para a conservação da maior floresta tropical do mundo. A redução do desmatamento no estado se torna um exemplo concreto de que é possível reverter tendências negativas com vontade política e ações coordenadas, conferindo maior legitimidade e força às propostas que o país apresentará no cenário global. A experiência paraense pode servir de inspiração para outras regiões do mundo que enfrentam desafios semelhantes. Desafios persistentes e o futuro da conservação Apesar dos resultados animadores, o caminho para a conservação plena da Amazônia é longo e repleto de desafios. A pressão sobre a floresta persiste, impulsionada por fatores como a demanda por commodities agrícolas, a expansão de infraestruturas, a mineração ilegal e a especulação fundiária. A vigilância deve ser contínua e as políticas de combate ao desmatamento precisam ser mantidas e aprimoradas, evitando o risco de que os índices voltem a subir. O futuro da conservação no Pará e em toda a Amazônia Legal dependerá da capacidade de consolidar as conquistas atuais e de avançar em frentes como o ordenamento territorial, a regularização fundiária, o desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis e a valorização do conhecimento tradicional. A inclusão das comunidades locais

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2025/12 — União Europeia exige libertação da Nobel da Paz Narges Mohammadi no Irã

A União Europeia (UE) manifestou profunda preocupação e solicitou formalmente às autoridades iranianas a libertação imediata da vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2023, Narges Mohammadi. A ativista, figura proeminente na luta pelos direitos humanos no Irã, foi detida novamente em 12 de janeiro, juntamente com pelo menos outros oito ativistas, na cidade de Mashhad. Esta nova prisão reacende os holofotes sobre a persistente repressão a vozes dissidentes no país. Bruxelas classificou as detenções como “profundamente preocupantes”, enfatizando o delicado estado de saúde de Mohammadi e o direito fundamental à liberdade de expressão, pilar de qualquer sociedade democrática. O pedido da UE reflete a crescente pressão internacional para que Teerã respeite os direitos humanos e liberte aqueles que, como Narges Mohammadi, dedicam suas vidas à defesa de princípios universais, mesmo sob grave risco pessoal. O novo encarceramento e a veemente condenação europeia A detenção de Narges Mohammadi e dos outros ativistas ocorreu em circunstâncias que geraram rápida reação internacional. Na sexta-feira, 12 de janeiro, Mohammadi foi presa durante uma cerimônia em homenagem ao advogado Khosrow Alikordi, encontrado morto em seu escritório na semana anterior, conforme informações divulgadas por sua fundação. Este evento, que já era sensível, transformou-se em um novo palco para a repressão, com as forças de segurança iranianas agindo contra aqueles que se reuniam para prestar suas últimas homenagens e, implicitamente, para expressar suas preocupações com o estado da justiça no país. Anouar El Anouni, porta-voz da diplomacia europeia, descreveu as detenções como “profundamente preocupantes”, sublinhando a gravidade da situação. A União Europeia fez um apelo direto às autoridades iranianas não apenas para a libertação de Narges Mohammadi, mas também para a de todas as pessoas “detidas injustamente enquanto exerciam sua liberdade de expressão”. A declaração de Bruxelas ressaltou, ainda, a importância de considerar o delicado estado de saúde de Mohammadi, um fator que adiciona urgência e seriedade ao pedido de soltura. A intervenção da UE destaca o compromisso do bloco com a defesa dos direitos humanos e liberdades fundamentais, condenando veementemente qualquer ação que restrinja esses direitos. Narges Mohammadi: uma década de luta e resistência Narges Mohammadi, aos 53 anos, personifica a resiliência na luta pelos direitos humanos no Irã. Sua vida tem sido marcada por uma dedicação inabalável à causa, resultando em longos períodos de encarceramento. Detida pela última vez em novembro de 2021, Mohammadi passou grande parte da última década atrás das grades, enfrentando diversas acusações relacionadas à sua atividade pacífica de ativismo. Sua persistência em defender os direitos das mulheres, a abolição da pena de morte e a democracia no Irã a tornou um símbolo de resistência e um alvo constante das autoridades iranianas. A concessão do Prêmio Nobel da Paz de 2023 foi um reconhecimento global de sua “luta contra a opressão das mulheres no Irã e sua batalha para promover os direitos humanos e a liberdade para todos”. O prêmio não apenas honrou sua coragem individual, mas também chamou a atenção mundial para a situação dos direitos humanos no Irã e a bravura de inúmeros ativistas que operam sob condições de extrema dificuldade. Para Mohammadi, o prêmio, embora recebido na prisão, serviu como um poderoso megafone para as vozes silenciadas de seu país, reafirmando a importância de sua missão. A saúde de Mohammadi tem sido uma preocupação constante. A ganhadora do Prêmio Nobel obtivera uma autorização de saída temporária por motivos de saúde em dezembro de 2024, devido a problemas relacionados aos pulmões e outras complicações. Embora a natureza exata e a cronologia desta autorização de saída temporária possam parecer complexas face à sua detenção em janeiro, a informação sublinha a fragilidade de sua condição física e a constante tensão entre sua necessidade de tratamento médico e a recusa das autoridades em conceder-lhe liberdade. O contexto da repressão iraniana e o apelo por justiça A detenção de Narges Mohammadi não é um incidente isolado, mas parte de um padrão mais amplo de repressão a dissidentes, ativistas e defensores dos direitos humanos no Irã. O governo iraniano tem sido consistentemente criticado por organizações internacionais e governos ocidentais por sua abordagem repressiva à liberdade de expressão, reunião e associação. Advogados, jornalistas, artistas e defensores dos direitos das mulheres são frequentemente alvo de prisões arbitrárias, julgamentos injustos e longas penas de prisão, sob acusações de “propaganda contra o sistema” ou “ameaça à segurança nacional”. O caso do advogado Khosrow Alikordi, cuja morte em seu escritório levou à cerimônia onde Mohammadi foi detida, ilustra os riscos enfrentados pelos profissionais da justiça que buscam defender os direitos civis. Embora os detalhes da morte de Alikordi não tenham sido totalmente esclarecidos, o ambiente de repressão cria um clima de medo e insegurança para aqueles que ousam desafiar o status quo. A comunidade internacional, incluindo a União Europeia, tem um papel crucial em monitorar e denunciar tais violações, aplicando pressão diplomática e, quando necessário, sanções para incentivar o Irã a cumprir suas obrigações internacionais de direitos humanos. A libertação de Narges Mohammadi e de outros ativistas é vista como um teste da vontade do Irã em engajar-se de forma construtiva com a comunidade global. Conclusão A recente detenção de Narges Mohammadi, laureada com o Prêmio Nobel da Paz, em conjunto com outros ativistas em Mashhad, representa um retrocesso preocupante para os direitos humanos no Irã. O apelo veemente da União Europeia pela sua libertação imediata, especialmente considerando seu delicado estado de saúde e o direito fundamental à liberdade de expressão, ecoa uma preocupação global. A história de Mohammadi, marcada por uma década de luta incansável contra a opressão e por inúmeros encarceramentos, é um testemunho da resiliência em face da adversidade e da importância do reconhecimento internacional de tais sacrifícios. Este episódio reforça a urgência de uma maior vigilância e pressão da comunidade internacional para que o Irã respeite as liberdades civis e proteja seus cidadãos, garantindo que vozes corajosas como a de Narges Mohammadi não sejam silenciadas. FAQ Quem é Narges Mohammadi e por que ela foi detida? Narges Mohammadi é uma proeminente ativista iraniana, vencedora

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2025/12 — Suplente Bruno Bonetti assume vaga de Romário no senado por 120 dias

O cenário político do Rio de Janeiro e do Brasil testemunha uma importante transição no Senado Federal. O senador Romário (PL-RJ) anunciou um período de licença que o afastará de suas funções parlamentares por 120 dias, abrindo espaço para a atuação de seu suplente. Durante este período, a cadeira será ocupada por Bruno Bonetti, atual presidente municipal do Partido Liberal (PL) na capital fluminense. Essa movimentação, comum na dinâmica legislativa brasileira, gera expectativas sobre como o novo representante conduzirá seu mandato temporário, especialmente no que tange a votações cruciais e o alinhamento com a agenda partidária. A assunção de Bonetti promete trazer uma nova perspectiva e foco para as discussões no plenário, marcando um capítulo significativo na representação do estado no Congresso Nacional. A licença do senador Romário e o rito parlamentar A decisão do senador Romário de se licenciar do mandato por um período de 120 dias insere-se nas prerrogativas parlamentares previstas pela Constituição Federal e pelo Regimento Interno do Senado. Tais afastamentos podem ocorrer por diversas razões, sejam elas de natureza pessoal, para tratamento de saúde, para assumir outras funções públicas ou mesmo por estratégia política, visando permitir que o suplente ganhe experiência e visibilidade. Independentemente do motivo específico de Romário, que não foi detalhado, o procedimento de convocação do suplente é padronizado e assegura a continuidade da representação popular no Congresso Nacional. Formalização do afastamento e a legislação vigente A licença de um senador é um ato formal que segue ritos específicos. O parlamentar deve apresentar um requerimento à Mesa Diretora da Casa, que, após análise, oficializa o afastamento. Com a formalização da licença, o primeiro suplente é imediatamente convocado a assumir a cadeira. No caso em questão, Bruno Bonetti, que foi eleito na mesma chapa de Romário em 2022, é o próximo na linha sucessória. A legislação brasileira garante que o suplente tenha todos os direitos e deveres do senador titular enquanto estiver no exercício do mandato, incluindo o direito a voto, participação em comissões e apresentação de proposições legislativas. Este período de quatro meses é substancial o suficiente para que Bonetti possa deixar sua marca, influenciando debates e votações importantes que ocorrerão neste segundo semestre. A transição ocorre sem interrupção para o funcionamento do Senado, garantindo a estabilidade e a continuidade dos trabalhos legislativos. O perfil e a agenda do senador substituto Bruno Bonetti A entrada de Bruno Bonetti no Senado Federal, na condição de suplente de Romário, coloca em evidência um perfil político com raízes no diretório municipal do Partido Liberal. Sua atuação como presidente do PL no Rio de Janeiro sugere uma forte ligação com as pautas e diretrizes da sigla, o que pode indicar a forma como ele se posicionará durante seu mandato de 120 dias. Bonetti, antes de assumir a cadeira parlamentar, já possuía experiência na articulação política e na construção de bases partidárias no âmbito municipal, o que lhe confere um conhecimento prático dos desafios e demandas da política fluminense. Da liderança municipal ao plenário do Senado A trajetória de Bruno Bonetti, ascendendo da liderança municipal à esfera federal, representa um passo significativo em sua carreira política. Como presidente do PL no Rio de Janeiro, Bonetti tem sido uma figura-chave na organização e expansão do partido na capital, trabalhando na mobilização de eleitores e na formação de candidaturas. Essa experiência em gestão partidária e na coordenação de campanhas eleitorais o equipa com uma visão estratégica que pode ser valiosa no Congresso. Espera-se que seu mandato temporário seja pautado por uma agenda que reflita os princípios e as bandeiras do Partido Liberal, que atualmente possui uma das maiores bancadas no Senado. Isso inclui possíveis posicionamentos em temas como economia, segurança pública, infraestrutura e questões sociais, buscando alinhar-se aos interesses do eleitorado que o elegeu indiretamente. Sua ascensão ao plenário do Senado, mesmo que provisória, é uma oportunidade de projetar sua imagem e fortalecer sua posição dentro do cenário político estadual e nacional. Impacto na política e nas deliberações do Senado A assunção de Bruno Bonetti como senador substituto por 120 dias traz consigo implicações diretas para a dinâmica política e legislativa do Senado Federal. Embora o mandato seja temporário, um período de quatro meses é mais do que suficiente para que seu voto e suas posições influenciem projetos de lei e matérias importantes que estejam em tramitação. A bancada do Partido Liberal, já robusta, ganha mais um integrante alinhado às suas diretrizes, o que pode fortalecer a coesão do grupo em votações estratégicas e na defesa de propostas de interesse do partido. Votações, alianças e a influência do Partido Liberal A chegada de Bonetti ocorre em um momento de intensos debates e votações no Congresso Nacional, com pautas econômicas, sociais e de reformas em destaque. Sua atuação será observada de perto, tanto por seus colegas parlamentares quanto pela imprensa e pela sociedade civil, para identificar seu alinhamento político e suas prioridades. Sendo presidente municipal do PL no Rio, é razoável supor que Bonetti manterá uma postura coesa com a orientação do partido, que frequentemente defende pautas ligadas à liberdade econômica, redução da burocracia e valores conservadores. Essa adesão pode ser crucial em votações apertadas, onde cada voto faz a diferença. Além disso, Bonetti terá a oportunidade de estabelecer novas alianças e fortalecer relações com outros senadores e partidos, o que é fundamental para a construção de consensos e para o avanço de projetos de interesse do estado do Rio de Janeiro. Sua presença também pode ampliar a visibilidade das demandas fluminenses no plenário, contribuindo para que questões regionais recebam a devida atenção no âmbito federal. O cenário político fluminense e a atuação do suplente A licença de Romário e a subsequente entrada de Bruno Bonetti no Senado reverberam diretamente no cenário político do Rio de Janeiro. O estado, que enfrenta desafios significativos em diversas áreas, ganha um novo representante com a chance de vocalizar suas demandas e buscar soluções no âmbito federal. A atuação de Bonetti nos próximos 120 dias será uma vitrine para o PL e para ele próprio,

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2025/12 — Filipe Luís altera escalação do Flamengo para duelo decisivo no Catar

Neste sábado, o Flamengo entra em campo no Estádio Ahmad bin Ali, no Catar, para um confronto crucial pela Copa Challenger contra o Pyramids, do Egito. O técnico Filipe Luís surpreendeu ao promover mudanças significativas na escalação do Flamengo, buscando a formação ideal para avançar no torneio. A partida, marcada para as 14h (horário de Brasília), não é apenas um teste tático, mas um passo vital em direção a uma possível final intercontinental contra o poderoso Paris Saint-Germain. As alterações visam aprimorar o desempenho da equipe, conciliando experiência e novas promessas em campo, frente a um adversário que exige atenção máxima e uma estratégia bem definida para garantir a vitória e a continuidade na competição. As mudanças estratégicas de Filipe Luís O técnico Filipe Luís, à frente da equipe rubro-negra, optou por uma abordagem renovada para o embate contra o Pyramids, sinalizando um desejo de testar novas formações e jogadores em um contexto de alta pressão. As escolhas refletem uma análise profunda do adversário e das condições físicas e técnicas do elenco disponível. As substituições não são meramente trocas de peças, mas sim movimentos táticos calculados para conferir maior versatilidade e poder de fogo ao time, ao mesmo tempo em que se busca solidez defensiva. A montagem da equipe demonstra a intenção de manter o padrão de jogo ofensivo característico do Flamengo, mas com ajustes pontuais que podem fazer a diferença em um torneio de tiro curto. Novidades na linha ofensiva e defensiva Entre as principais novidades na escalação do Flamengo estão as entradas de Everton Cebolinha e Plata no setor ofensivo, substituindo Samuel Lino e Bruno Henrique, respectivamente. Cebolinha, conhecido por sua velocidade e capacidade de drible, pode trazer uma nova dinâmica pelos lados do campo, explorando a profundidade e criando oportunidades de gol. Plata, por sua vez, promete agilidade e um bom posicionamento na área, buscando complementar as jogadas de meio-campo e finalização. No sistema defensivo, Danilo assume a vaga de Léo Ortiz, adicionando mais solidez e experiência à zaga. A presença de Danilo pode ser crucial para conter os ataques adversários e auxiliar na construção das jogadas desde a defesa. A linha de meio-campo e ataque, com Pulgar, Jorginho, Carrascal e Arrascaeta no suporte a Cebolinha e Plata, sugere uma equipe com alta capacidade de criação e distribuição de jogo, pronta para dominar a posse de bola e impor seu ritmo. A formação detalhada que entrará em campo é a seguinte: Rossi; Varela, Danilo, Léo Pereira e Alex Sandro; Pulgar, Jorginho, Carrascal e Arrascaeta; Everton Cebolinha e Plata. Esta composição equilibra a experiência de jogadores como Rossi e Léo Pereira com o vigor de nomes como Arrascaeta e a velocidade dos pontas. A expectativa é de um Flamengo agressivo e determinado a buscar o resultado desde o primeiro minuto, usando a qualidade individual de seus atletas para desequilibrar a partida. O desafio da Copa Challenger e a situação de Pedro A Copa Challenger serve como um palco importante para o Flamengo testar seu elenco e sua estratégia em um cenário internacional, além de ser um caminho para a ambicionada final do Intercontinental. O torneio apresenta adversários de diferentes escolas e estilos de jogo, exigindo adaptação e inteligência tática dos rubro-negros. O Pyramids, do Egito, é um oponente que não deve ser subestimado, conhecido por sua organização tática e jogadores com boa capacidade técnica. Vencer este confronto é fundamental não só para avançar, mas também para construir confiança e ritmo de jogo para os próximos desafios. A incógnita de Pedro Uma das ausências notáveis, apesar de sua presença na delegação, é a do atacante Pedro. O camisa 9 viajou com o grupo para o Catar, integrando a equipe para o Intercontinental, mas sua condição física ainda é uma preocupação. Na partida anterior contra o Cruz Azul, Pedro chegou a ser relacionado, mas foi cortado pouco antes do jogo, com o clube informando que ele não tinha condições de atuar. A expectativa sobre sua recuperação e eventual retorno aos gramados permanece, mas as chances de vê-lo em ação, mesmo que o Flamengo avance na competição, são consideradas remotas pela comissão técnica. A decisão de preservá-lo visa garantir sua plena recuperação e evitar riscos de agravamento de qualquer lesão, pensando na temporada completa. A ausência de um artilheiro nato como Pedro representa um desafio adicional para o setor ofensivo, que precisará compensar sua falta com outras alternativas e estratégias de finalização. Potencial confronto na final do Intercontinental Caso o Flamengo obtenha a vitória sobre o Pyramids, o clube terá pela frente um dos maiores desafios de sua jornada no Catar: a final do Intercontinental. O adversário projetado é ninguém menos que o Paris Saint-Germain, da França, um dos clubes mais ricos e recheados de estrelas do futebol mundial. Este confronto seria um teste de fogo para a equipe de Filipe Luís, uma oportunidade de medir forças contra o que há de melhor no futebol europeu. A final dos sonhos contra o PSG A possibilidade de enfrentar o PSG na próxima quarta-feira, também às 14h (de Brasília), eleva o patamar de expectativa para o desempenho do Flamengo. Uma final contra o gigante francês não seria apenas um jogo de futebol, mas um espetáculo global, atraindo a atenção de milhões de torcedores ao redor do mundo. Para o Flamengo, seria uma chance de consolidar sua marca no cenário internacional, mostrando a força do futebol sul-americano e a qualidade de seu elenco contra adversários de elite. A conquista do Intercontinental representaria um marco significativo na história do clube, adicionando mais um título de prestígio à sua já vitoriosa galeria. A equipe de Filipe Luís sabe da importância de cada passo nesta jornada, e a concentração no duelo contra o Pyramids é total, visando pavimentar o caminho para esta aguardada final. Conclusão A jornada do Flamengo na Copa Challenger e no Intercontinental no Catar está em um ponto crucial. As escolhas táticas de Filipe Luís, com as entradas de Everton Cebolinha, Plata e Danilo, refletem uma busca por equilíbrio e poder ofensivo, essenciais

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2025/12 — Um guaxinim suspeito de série de invasões após bebedeira em loja na

No tranquilo condado de Hanover, Virgínia, um incidente peculiar capturou a atenção das autoridades locais e da comunidade: um guaxinim, até então anônimo, emergiu como o principal suspeito de uma série de invasões inusitadas. Tudo começou com uma noite de farra em uma loja de bebidas, onde o animal foi encontrado desacordado após consumir diversos rótulos alcoólicos. O episódio, que rapidamente se tornou uma curiosidade local, escalou quando o mesmo guaxinim passou a ser associado a outras incursões em estabelecimentos públicos e comerciais da região, levantando questões sobre a crescente interação entre a vida selvagem e os ambientes urbanos. A saga deste “bandido mascarado” reflete a capacidade de adaptação desses animais e os desafios que isso impõe à coexistência com os humanos. A noite boêmia na loja de bebidas O palco do primeiro e mais notório “delito” foi uma ABC Liquor Store em Ashland. Naquele sábado fatídico, dias após o feriado de Ação de Graças, o guaxinim, apelidado informalmente de “panda bêbado” pelas autoridades, conseguiu adentrar o estabelecimento através do teto. Uma vez lá dentro, o animal deu início a uma verdadeira festa, derrubando e quebrando garrafas de diversas bebidas alcoólicas. Segundo relatos da gerente de relações públicas da Virginia ABC, Carol Mawyer, o intruso experimentou um vasto cardápio de destilados e licores. Entre suas escolhas estavam rum, vodca, aguardente, gemada alcoólica e, notavelmente, um uísque com sabor de manteiga de amendoim, descrito por Mawyer como uma bebida “excelente”, indicação de que o guaxinim parecia concordar. O resgate inusitado e a recuperação A bebedeira do guaxinim teve seu clímax quando ele foi encontrado de bruços no chão do banheiro da loja, completamente desacordado. A cena inusitada levou ao acionamento da polícia e, posteriormente, da equipe de controle de animais do condado de Hanover. Chegando ao local, os agentes se depararam com o animal em estado de torpor alcoólico. Ele foi cuidadosamente colocado em uma caixa de transporte e levado para o abrigo do condado para recuperação. De acordo com Jeff Parker, responsável pelo serviço de controle animal, a “ressaca” do guaxinim durou cerca de uma hora e meia. Após acordar sem ferimentos aparentes, e talvez com um certo “remorso” pela noite agitada, o animal foi avaliado e, uma vez recuperado dos efeitos do álcool, devolvido em segurança ao seu habitat natural. O incidente, embora cômico, levantou a primeira bandeira sobre a ousadia e a adaptabilidade da fauna local. Guaxinim “serial invader”? A suspeita das autoridades O que poderia ter sido um episódio isolado e curioso ganhou contornos de uma possível série de invasões. Samantha Martin, agente do controle de animais do condado de Hanover, rapidamente identificou o guaxinim resgatado na loja de bebidas como o principal suspeito de, pelo menos, outras duas incursões incomuns na região. “Supostamente, esta é a terceira invasão que ele cometeu”, afirmou Martin em um podcast oficial do governo local. Embora Martin tenha ponderado sobre a possibilidade de que os incidentes anteriores pudessem ter sido protagonizados por outro animal, a coincidência das ocorrências e o comportamento do guaxinim-estrela de Ashland o colocam no topo da lista de “suspeitos”. Adaptação e desafios da vida selvagem urbana As investigações apontam para a possível entrada do guaxinim em um estúdio de caratê nas proximidades e, em outra ocasião, no prédio do Departamento de Veículos Motorizados (DMV) da Virgínia. No DMV, o “bandido mascarado” teria se alimentado de lanches deixados por funcionários, demonstrando uma preferência por alimentos humanos e uma incrível capacidade de explorar ambientes fechados. Este padrão de comportamento não é isolado; estudos recentes indicam que guaxinins, conhecidos por sua inteligência, destreza e hábito de revirar latas de lixo em busca de comida fácil, estão se tornando cada vez mais adaptados à convivência com humanos. A expansão urbana e a oferta abundante de alimentos, seja em lixeiras, jardins ou até mesmo dentro de edifícios, incentivam esses animais a se aventurarem mais profundamente em áreas povoadas. Essa adaptação, embora fascinante, gera desafios para as autoridades e para os próprios moradores, que precisam aprender a lidar com a crescente presença da vida selvagem em seus cotidianos. O futuro das interações entre humanos e vida selvagem A saga do guaxinim de Ashland serve como um lembrete vívido da complexa e, por vezes, cômica interação entre a vida selvagem e o ambiente urbano. Enquanto o episódio na loja de bebidas trouxe um certo alívio cômico, as suspeitas de múltiplas invasões ressaltam a necessidade de se observar e compreender melhor o comportamento animal em áreas metropolitanas. A capacidade dos guaxinins de se adaptar, de encontrar recursos e de explorar novos territórios é notável, mas também levanta questões sobre como mitigar conflitos e garantir a segurança tanto dos animais quanto dos seres humanos. Para as autoridades locais, a expectativa é que seja apenas uma questão de tempo até que o “bandido mascarado” se aventure novamente, seja em busca de alimento, abrigo ou, quem sabe, de mais uma aventura etílica. FAQ Quais foram os locais supostamente invadidos pelo guaxinim? Além da loja de bebidas ABC Liquor Store, o guaxinim é o principal suspeito de invadir um estúdio de caratê nas proximidades e o prédio do Departamento de Veículos Motorizados (DMV), onde teria se alimentado de lanches deixados por funcionários. Por que os guaxinins invadem espaços urbanos? Guaxinins são animais altamente adaptáveis, inteligentes e oportunistas. A expansão urbana oferece a eles fontes abundantes de alimento (lixo, restos de comida, jardins) e abrigo, facilitando sua convivência e exploração de ambientes próximos aos humanos. O que as autoridades fizeram com o guaxinim após a bebedeira? Após ser encontrado desacordado na loja de bebidas, o guaxinim foi resgatado pelo controle de animais, levado a um abrigo para se recuperar da “ressaca” e, depois de ser avaliado e considerado apto, foi devolvido em segurança à natureza. Fique por dentro das últimas notícias sobre a vida selvagem urbana e suas surpreendentes histórias, explorando a fascinante fronteira entre a natureza e a civilização. Fonte: https://oglobo.globo.com

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2025/12 — Peter Greene: ator de ‘O Máskara’ é encontrado morto aos 60 anos

O mundo do cinema lamenta a perda de Peter Greene, um ator marcante conhecido por seus papéis em produções icônicas como “Pulp Fiction” e “O Máskara”. O artista, de 60 anos, foi encontrado morto em seu apartamento na cidade de Nova York nesta sexta-feira. Greene construiu uma carreira sólida interpretando vilões e personagens moralmente ambíguos, deixando uma impressão duradoura no público e na crítica. Sua versatilidade, contudo, ia além da imagem de antagonista, revelando um talento para papéis complexos e um lado pessoal descrito como gentil e caridoso. A notícia de seu falecimento, embora inesperada, já repercute, trazendo à tona a lembrança de suas atuações memoráveis. A causa exata de sua morte ainda não foi oficialmente divulgada. A carreira marcada por vilões inesquecíveis Peter Greene solidificou sua reputação em Hollywood como um intérprete excepcional de personagens sombrios e perigosos. Sua habilidade em personificar a malevolência e a complexidade humana o tornou uma figura cativante para diretores e audiências. A década de 1990 foi particularmente prolífica, com Greene participando de filmes que se tornariam clássicos do cinema moderno e que, até hoje, são referências em seus respectivos gêneros. Essa fase da sua carreira não apenas o estabeleceu como um ator de destaque, mas também moldou a percepção pública sobre seu talento para dar vida a figuras com profundidade psicológica, muitas vezes perturbadoras, mas sempre magnéticas. Seus personagens, embora frequentemente antagônicos, raramente eram unidimensionais, exibindo nuances que desafiavam o espectador a ir além da superfície da maldade e a explorar as motivações por trás das ações. De Zed a Dorian: papéis que solidificaram uma imagem Em 1994, Peter Greene entregou duas de suas performances mais icônicas, que o colocaram no mapa como um ator versátil e impactante. Em “Pulp Fiction”, de Quentin Tarantino, ele interpretou Zed, um personagem que, apesar de ter um tempo de tela relativamente curto, deixou uma marca indelével por sua participação em uma das sequências mais chocantes e perturbadoras do filme. Zed é lembrado por sua frieza, sadismo e crueldade, consolidando a imagem de Greene como um mestre em retratar a depravação humana de forma inquietante e memorável. No mesmo ano, ele co-estrelou “O Máskara”, ao lado de Jim Carrey. Neste sucesso de bilheteria global, Greene deu vida a Dorian Tyrell, o principal antagonista. Dorian era um gângster ambicioso e implacável que buscava o poder da misteriosa máscara, transformando-se em uma figura ainda mais ameaçadora quando a possuía. A performance de Greene como Dorian não só complementou a energia cômica e vibrante de Carrey, mas também forneceu o contraponto vilanesco necessário para a trama, intensificando os perigos enfrentados pelo protagonista. Esse papel reforçou sua capacidade de encarnar a essência do mal no cinema popular, provando sua versatilidade ao transitar de dramas independentes para grandes produções de estúdio com maestria. Reconhecimento em papéis complexos e coadjuvantes A versatilidade de Greene não se limitou a grandes produções de Hollywood ou a personagens puramente vilanescos. Em 1993, ele protagonizou o aclamado filme independente “Clean, Shaven”, dirigido por Lodge Kerrigan. Nele, Greene interpretou Peter Winter, um homem com esquizofrenia suspeito de assassinato, que lida com sua condição de forma visceral, incluindo cenas de automutilação que ilustravam seu tormento interno. Sua atuação foi amplamente elogiada pela crítica, com veículos como o The New York Times destacando como Greene transformou o papel “em um personagem intensamente angustiado e volátil, alguém que nem precisava se cortar para chamar a atenção do público”. Essa performance demonstrou sua profundidade como ator, capaz de explorar a psique complexa de um indivíduo perturbado com autenticidade, sensibilidade e uma poderosa fisicalidade. Além desses papéis centrais, Greene também brilhou em participações notáveis que enriqueceram filmes importantes de sua época. Em “Os Suspeitos” (1995), outro clássico cult do cinema policial, ele interpretou Redfoot, um receptador que, mesmo em um papel secundário, era crucial para o desenrolar da intrincada trama de roubo e mistério que prendeu milhões de espectadores. Sua presença adicionava uma camada de autenticidade ao submundo criminoso retratado no filme, servindo como uma peça fundamental no quebra-cabeça narrativo. Anos mais tarde, em “Dia de Treinamento” (2001), um aclamado drama policial, Greene viveu Jeff, um detetive que se vê envolvido nas artimanhas corruptas de Alonzo Harris, interpretado por Denzel Washington em sua performance vencedora do Oscar. Sua cena, onde é baleado por Alonzo, é um momento tenso e dramático que sublinha a brutalidade do sistema e a moralidade ambígua dos personagens, provando que mesmo em papéis menores, Greene conseguia deixar uma impressão memorável e impactante. O encontro da morte e a persona além das telas A notícia do falecimento de Peter Greene reverberou com uma mistura de choque e pesar entre seus colegas, fãs e a indústria cinematográfica. Embora a causa exata da morte não tenha sido imediatamente divulgada pelas autoridades competentes, os detalhes sobre como o ator foi encontrado em seu apartamento no bairro Lower East Side de Nova York adicionam um tom de tristeza à sua partida. O trágico acontecimento ressalta a efemeridade da vida, mesmo para aqueles que deixam um legado eterno nas telas. A discrição em torno dos pormenores da causa da morte é uma prática comum em casos como este, aguardando-se os resultados de investigações e exames médicos para qualquer esclarecimento futuro. Enquanto isso, o foco se volta para a celebração de sua vida e carreira, e a reflexão sobre a pessoa por trás dos personagens. Os detalhes do trágico desaparecimento Foi o empresário de Greene, Gregg Edwards, quem trouxe à tona os primeiros detalhes sobre a descoberta do corpo do ator. Edwards relatou que foi alertado de que havia música tocando ininterruptamente no apartamento de Greene por mais de 24 horas. Essa situação incomum, que se estendeu por um longo período sem interrupções ou sinais de atividade, levantou preocupações imediatas entre os vizinhos e conhecidos do ator, levando à decisão de realizar uma verificação de bem-estar. A ausência de resposta às chamadas e a persistência da música, mesmo após tentativas de contato, culminaram na trágica descoberta. O empresário também revelou que havia conversado com Peter

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2025/12 — Deputados petistas: Hugo Motta perdeu autoridade e apelou ao autoritarismo

A Câmara dos Deputados foi palco de intensas discussões e tensões políticas na última semana, culminando em críticas contundentes à conduta do deputado Hugo Motta. Após a polêmica retirada à força do deputado Glauber Braga do plenário e a subsequente aprovação do controverso Projeto de Lei da Dosimetria na madrugada de quarta-feira, parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) levantaram sérias preocupações. Nos corredores e no próprio plenário, a conversa girava em torno da percepção de que Motta, na condução dos trabalhos, perdeu autoridade e, pior, apelou para o autoritarismo. Este cenário acende um alerta sobre a governabilidade e a dinâmica das relações políticas no parlamento, questionando a forma como a pauta legislativa tem sido conduzida e a capacidade de diálogo entre as diferentes bancadas, especialmente em momentos de alta polarização e temas sensíveis à sociedade brasileira. A situação expõe fissuras profundas na já delicada harmonia do Congresso Nacional. O contexto da escalada de tensões na câmara A remoção de Glauber Braga: um ponto de inflexão A turbulência na Câmara dos Deputados atingiu um novo patamar com a remoção forçada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) do plenário. O incidente, ocorrido durante uma sessão que já se mostrava acalorada, gerou condenação generalizada entre as bancadas de oposição e levantou questionamentos sobre o respeito aos direitos regimentais dos parlamentares. Braga, conhecido por sua postura combativa e intervenções incisivas, estaria no centro de um debate inflamado, cujos detalhes sobre a infração específica que justificaria sua expulsão ainda são motivo de controvérsia. De acordo com relatos, a medida foi executada por seguranças da Casa por ordem da Mesa Diretora, sob a alegação de desrespeito ao regimento interno. Para muitos, a ação foi desproporcional e representou um ato de força contra a liberdade de expressão parlamentar. A imagem do deputado sendo retirado à força reverberou pelas redes sociais e pela mídia, alimentando o discurso de que a presidência da sessão estaria utilizando de meios autoritários para calar vozes dissonantes, especialmente as da oposição. Este episódio não apenas feriu a imagem do parlamento, mas também aprofundou as divisões políticas já existentes, criando um ambiente de desconfiança e ressentimento entre os deputados. A controversa votação do PL da dosimetria Horas após o incidente com Glauber Braga, a Câmara prosseguiu com a votação de um dos projetos mais sensíveis da pauta: o Projeto de Lei da Dosimetria. Aprovado na madrugada de quarta-feira, o PL gerou vasta discussão e críticas por parte de diversas frentes, incluindo setores jurídicos e de direitos humanos, que alertam para o potencial impacto sobre o sistema penal brasileiro. O projeto, que trata de aspectos relacionados à aplicação das penas, é visto por críticos como um retrocesso na legislação penal, podendo levar ao aumento da rigidez punitiva e à superlotação carcerária sem, contudo, resolver os problemas de fundo da criminalidade. A escolha de votar um projeto de tamanha complexidade e relevância social em um horário tão avançado, conhecido como “sessão da madrugada”, é frequentemente vista como uma tática para reduzir o escrutínio público e aprofundar o debate entre os parlamentares. Essa prática, embora regimental, é motivo de críticas constantes, pois dificulta a participação efetiva de todos os deputados e a compreensão plena dos detalhes por parte da sociedade. A junção desses dois eventos — a remoção de um deputado e a aprovação de um PL controverso em circunstâncias questionáveis — criou o pano de fundo perfeito para as críticas direcionadas à liderança de Hugo Motta. Críticas petistas: perda de autoridade e autoritarismo A visão dos deputados do PT sobre a conduta de Motta Para os deputados do Partido dos Trabalhadores, as ações e a postura de Hugo Motta na condução dos trabalhos legislativos, especialmente nos dias que se seguiram aos eventos descritos, revelaram uma grave deterioração de sua autoridade política e uma inclinação perigosa ao autoritarismo. Segundo parlamentares petistas, a autoridade de um líder no Congresso não se sustenta apenas pela força do regimento, mas, primordialmente, pela capacidade de dialogar, mediar conflitos e construir consensos. A decisão de remover um deputado do plenário, especialmente em um ambiente já conflagrado, foi interpretada como uma incapacidade de gerenciar a divergência política de forma democrática. Além disso, a forma como a pauta foi conduzida, forçando votações importantes em horários desfavoráveis e aparentemente ignorando a oposição, solidificou a percepção de que Motta estaria utilizando as ferramentas regimentais para impor sua vontade ou a de seu grupo político. “Um líder perde a autoridade quando precisa apelar para a coerção ao invés da persuasão. E usar o regimento para silenciar vozes é a manifestação mais clara de autoritarismo”, afirmou um deputado petista em conversa informal no plenário. Eles argumentam que a prerrogativa de conduzir as sessões deve ser exercida com moderação e respeito à pluralidade de ideias, e que a falta dessas qualidades compromete a legitimidade das decisões tomadas. Impacto na liderança da câmara e no processo legislativo A percepção de que Hugo Motta teria perdido autoridade e apelado ao autoritarismo não se restringe apenas ao campo das críticas ideológicas. Ela tem implicações diretas na capacidade de governança da Câmara e na eficácia do processo legislativo. A confiança entre os líderes de bancada é um pilar fundamental para a tramitação de projetos e a formação de maiorias. Quando essa confiança é abalada, como parece ser o caso, a articulação política se torna mais difícil, os acordos são rompidos e o ambiente geral se torna de permanente embate. A oposição, ao se sentir desrespeitada e silenciada, tende a intensificar suas táticas de obstrução, o que pode atrasar ou inviabilizar a aprovação de matérias consideradas essenciais para o governo. Além disso, a imagem de uma Câmara que recorre à força e a manobras regimentais para aprovar projetos importantes pode afetar negativamente a percepção pública sobre a instituição e a democracia brasileira como um todo. A liderança de Motta, neste cenário, enfrenta o desafio de reconstruir pontes e demonstrar uma capacidade de diálogo que, no momento, é questionada por uma parcela significativa do parlamento. Perspectivas sobre a condução da câmara A efervescência política na

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2025/12 — Aviões dos EUA sobrevoam Venezuela Com radares desligados após alerta de Trump

A tensão na América Latina escalou na noite da última sexta-feira com a detecção de aviões de combate dos EUA sobrevoando a costa da Venezuela. As aeronaves, identificadas como EA-18G Growler da Marinha americana, operaram inicialmente com radares ligados, mas desligaram-nos pouco depois, indicando uma manobra de discrição e guerra eletrônica. Esta ação ocorre em um momento delicado, seguindo declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que alertou para uma nova fase de operações militares, incluindo possíveis ações em terra. As plataformas de monitoramento aéreo, como o Flightradar24, registraram a presença de cinco dessas aeronaves próximas ao território venezuelano, com imagens compartilhadas em redes sociais até mesmo mostrando uma delas sobre Los Roques, um arquipélago no Caribe venezuelano. A situação reforça a preocupação com a estabilidade regional e as implicações de uma política externa mais assertiva dos EUA. Novos sobrevoos e estratégia de discrição A recente incursão de aeronaves militares americanas sobre a costa venezuelana gerou grande repercussão, especialmente devido à tática empregada. Cinco aviões EA-18G Growler, conhecidos por suas capacidades de guerra eletrônica e supressão de defesas aéreas inimigas, foram monitorados inicialmente com seus sistemas de identificação ativos. No entanto, em um movimento que sugere uma intenção de discrição ou de teste de resposta, os radares foram desligados enquanto as aeronaves permaneciam na área próxima ao espaço aéreo venezuelano. Atores e táticas envolvidas Os dados de rastreamento de plataformas como o Flightradar24 foram cruciais para a identificação e monitoramento desses movimentos. A presença dos EA-18G Growler, aeronaves projetadas para missões de bloqueio de radar e ataque eletrônico, sublinha uma abordagem que vai além da simples demonstração de força. Ao desligar os radares, os aviões podem testar a capacidade de detecção e resposta das defesas aéreas venezuelanas, além de realizar operações com maior sigilo. Relatos e imagens circulando nas redes sociais indicaram que uma das aeronaves foi avistada sobre Los Roques, um arquipélago turístico no Caribe venezuelano, o que aprofunda a percepção de uma presença militar intencional e próxima. Essas manobras são vistas como uma resposta direta ou um aprofundamento das tensões iniciadas por declarações políticas. Escalada da retórica e ameaças de Donald Trump Os sobrevoos recentes ocorrem no rastro de declarações contundentes do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele anunciou uma nova fase de operações militares no Mar do Caribe, sugerindo que ataques terrestres “começariam a acontecer”. A retórica de Trump, inicialmente direcionada à Venezuela, rapidamente se expandiu para incluir outras nações latino-americanas que, segundo ele, contribuem para o tráfico de drogas para os EUA. Foco em operações terrestres e combate ao narcotráfico Durante sua gestão, Trump afirmou ter alcançado uma “redução histórica das drogas”, salvando 25.000 vidas americanas e interceptando 96% das drogas que tentavam entrar no país por via marítima. No entanto, ele agora defende que as ações se voltem para a via terrestre, que considera “muito mais fácil”. “Isso vai começar a acontecer, e não vamos permitir que as pessoas destruam nossa juventude, destruam nossas famílias”, declarou o ex-presidente. Essa mudança de foco para operações em terra representa uma escalada significativa, potencialmente envolvendo um nível maior de intervenção militar e riscos de confronto direto. Expansão da mira para a América Latina As operações, conforme Trump, não se restringiriam ao território venezuelano. Ele enfatizou que o alvo são as “pessoas horríveis responsáveis por introduzir drogas e causar mortes” nos Estados Unidos, e não um país específico, mas sim “aqueles que traficam drogas para” a nação americana. Essa generalização amplia o espectro de possíveis ações militares para além da Venezuela, criando um ambiente de incerteza e preocupação em toda a região. A política de linha dura contra o narcotráfico, sob essa perspectiva, poderia justificar intervenções em múltiplos países, alterando a dinâmica geopolítica latino-americana. Antecedentes: incidentes aéreos recentes Os sobrevoos dos EA-18G Growler não são incidentes isolados, mas se inserem em um contexto de crescentes tensões e demonstrações de força. Poucos dias antes, outro incidente aéreo já havia sinalizado a presença militar americana nas proximidades do espaço aéreo venezuelano. Incursão de caças F-18 no espaço aéreo venezuelano Na última segunda-feira, dois caças F-18 dos Estados Unidos foram registrados pelo Flightradar24 entrando no espaço aéreo venezuelano. A incursão ocorreu sobre as águas do Golfo da Venezuela e durou aproximadamente 40 minutos, por volta do meio-dia (horário local). A área de sobrevoo fica a cerca de 160 quilômetros a nordeste de Maracaibo, a segunda maior cidade do país. Os dois aviões, identificados como F-18 da variante F – um modelo biplace –, realizaram manobras repetidas em espiral antes de seguir rumo ao norte, em direção a um ponto a cerca de 50 quilômetros a oeste da ilha de Aruba. A avaliação é que o porta-aviões USS Gerald Ford, o maior e mais avançado da frota americana, estivesse posicionado na região, servindo como base para essas operações e demonstrando a capacidade de projeção de poder dos EUA. Tais movimentos, juntamente com a apreensão de petroleiros que integravam uma frota clandestina ligada ao Irã e falsificavam localização, reforçam a postura americana de combate a atividades ilícitas e demonstração de força na região. Reação venezuelana: alerta de guerra e defesa da paz As movimentações militares dos Estados Unidos e as declarações de Donald Trump provocaram uma reação veemente do governo venezuelano, que interpreta as ações como uma ameaça direta à soberania e à paz regional. O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, foi um dos primeiros a se manifestar. Declarações do ministro da Defesa, Vladimir Padrino López Padrino López declarou publicamente que os Estados Unidos “querem” e “pretendem” instigar “uma guerra na América Latina e no Caribe”. Durante um evento em comemoração aos 47 anos do Comando de Defesa Aeroespacial Integral, transmitido pela emissora estatal Venezolana de Televisión (VTV), o ministro afirmou: “O povo dos Estados Unidos deve entender que seu governo é um instrumento para a guerra. (…) Pretende-se fazer uma guerra na América Latina e no Caribe”. Ele também alertou para as possíveis consequências humanas de tal conflito, expressando preocupação com a possibilidade de Washington “novamente devolver

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2025/12 — Justiça ordena Enel a restabelecer energia em São Paulo sob multa de

A Justiça de São Paulo proferiu nesta sexta-feira (12) uma decisão de caráter urgente que exige o restabelecimento imediato do fornecimento de energia elétrica em diversas áreas da capital paulista e municípios da Região Metropolitana. O apagão, que já se estende por dias, deixou milhares de residências e comércios sem luz após a passagem de um ciclone extratropical no início da semana. A medida judicial impõe uma pesada multa de R$ 200 mil por hora à Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia em 24 cidades da Grande São Paulo, caso haja descumprimento da ordem. A determinação reflete a gravidade da situação e a pressão sobre a empresa para normalizar os serviços essenciais que afetam diretamente a qualidade de vida e a segurança dos cidadãos, além de gerar prejuízos econômicos significativos. A população, exausta pela interrupção prolongada, aguarda ansiosamente a plena restauração dos serviços. A decisão judicial e suas implicações Em um movimento que sublinha a urgência da crise energética, a Justiça de São Paulo emitiu uma determinação crucial para a concessionária Enel. A decisão, proferida nesta sexta-feira (12), estabelece o prazo de restabelecimento imediato do fornecimento de energia elétrica em todas as regiões afetadas pelo prolongado apagão na capital e na Região Metropolitana. Esta intervenção judicial não apenas responde ao clamor da população, mas também estabelece um precedente claro sobre a responsabilidade das concessionárias em situações de emergência. A medida vem como um alívio para milhares de paulistanos que, desde o início da semana, enfrentam a ausência de um serviço básico, com impactos severos em suas rotinas. Urgência e o papel da justiça A tutela de urgência concedida pela Justiça de São Paulo reflete a percepção de um dano iminente e irreparável à população. Ao acionar esse mecanismo legal, o tribunal demonstra a gravidade da interrupção do serviço, que vai além de um mero transtorno, impactando a saúde, segurança e subsistência dos cidadãos. A decisão judicial age como um catalisador, forçando a concessionária Enel a priorizar o reparo e a restauração da rede. A multa de R$ 200 mil por hora, em caso de descumprimento, é um indicativo da seriedade com que o judiciário encara a situação, buscando garantir que a empresa cumpra suas obrigações contratuais e sociais de forma ágil e eficaz, minimizando o sofrimento dos usuários e os prejuízos à economia local. A concessionária Enel sob escrutínio A Enel, responsável pela distribuição de energia elétrica em 24 municípios da Grande São Paulo, encontra-se agora sob intensa pressão e escrutínio público e judicial. A empresa, que detém um contrato de concessão para operar uma infraestrutura essencial, é cobrada por sua capacidade de resposta diante de eventos climáticos extremos. Críticas têm sido levantadas sobre a manutenção preventiva da rede e a agilidade na atuação das equipes em campo. A magnitude da multa imposta pela Justiça de São Paulo ressalta a importância do papel da concessionária na manutenção da estabilidade social e econômica da região. A decisão judicial não só exige uma ação imediata, mas também levanta questionamentos mais amplos sobre a preparação e resiliência do sistema de energia em uma das maiores metrópoles do mundo, especialmente frente a eventos climáticos cada vez mais frequentes e severos. Apagão prolongado e os impactos na população Desde o início da semana, a Grande São Paulo tem sido palco de um dos mais extensos e impactantes apagões dos últimos tempos. O fenômeno climático responsável, um ciclone extratropical, trouxe consigo ventos de alta velocidade e chuvas torrenciais, que causaram quedas de árvores e postes, danificando severamente a infraestrutura de distribuição de energia elétrica. Milhares de pontos de interrupção foram registrados, e a complexidade do reparo em uma rede tão vasta e interligada tem desafiado as equipes de emergência. O cenário resultante é de uma cidade parcialmente paralisada, com moradores e comerciantes tentando se adaptar a uma realidade sem luz, comércios fechados e escolas sem aulas. O cenário pós-ciclone extratropical A passagem do ciclone extratropical na região metropolitana de São Paulo deixou um rastro de destruição e caos, culminando no prolongado apagão. As rajadas de vento, que em alguns pontos superaram os 100 km/h, foram fortes o suficiente para derrubar centenas de árvores sobre a rede elétrica, rompendo cabos e quebrando postes em larga escala. A dimensão dos danos exigiu uma mobilização extraordinária de recursos e equipes, que, segundo relatos, têm encontrado dificuldades para acessar áreas afetadas devido à quantidade de detritos e à complexidade dos reparos. A demora na restauração do serviço tem gerado indignação e frustração entre os consumidores, que se veem desamparados e sem previsão concreta para o retorno à normalidade. Consequências para moradores e comércios As consequências do apagão se estendem por todos os níveis da sociedade, afetando desde a rotina doméstica até a economia local. Milhares de famílias em bairros como Pinheiros, Itaim Bibi, Moema e Santo Amaro, além de diversos municípios metropolitanos, enfrentam a falta de luz para tarefas básicas, como cozinhar, refrigerar alimentos e manter a higiene. Produtos perecíveis, estocados em residências e estabelecimentos comerciais, se perderam, gerando prejuízos financeiros significativos. A ausência de semáforos em diversas vias contribuiu para o aumento do congestionamento e riscos de acidentes. Além disso, a segurança pública foi comprometida em algumas áreas, com a escuridão facilitando a ação de criminosos. Para o comércio, o impacto é devastador, com muitas lojas e restaurantes fechados, gerando perdas diárias de faturamento e impactando os empregos. Medidas e próximos passos Diante da ordem judicial, a expectativa é de que a Enel intensifique ainda mais seus esforços para o restabelecimento total da energia elétrica. A concessionária terá de comprovar o cumprimento da determinação para evitar a aplicação das multas diárias, que podem acumular valores astronômicos rapidamente. Além da pressão judicial, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), órgão regulador do setor, também está monitorando a situação e pode instaurar processos administrativos para apurar a responsabilidade da Enel e aplicar sanções adicionais. Este episódio ressalta a necessidade de investimentos contínuos em infraestrutura e planejamento de contingência para garantir a resiliência da rede elétrica. A sociedade espera não

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2025/12 — Deputado relata retenção de R$ 320 milhões para Alagoas à Polícia Federal

Uma complexa investigação da Polícia Federal (PF) revelou um suposto esquema de direcionamento e execução irregular de emendas parlamentares, culminando em uma operação recente que mirou Mariângela Fialek, conhecida como Tuca, ex-assessora do então presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Os depoimentos de parlamentares detalham pressões políticas e a centralização de decisões sobre a destinação de bilhões de reais em recursos públicos. A denúncia central aponta para a manipulação das emendas de comissão, uma modalidade de investimento público que deveria ser definida de forma transparente e colegiada. As informações coletadas pela PF sugerem um padrão de atuação que priorizava interesses específicos, notadamente no estado de Alagoas, base eleitoral de Lira, levantando sérias questões sobre a gestão dos fundos federais. Depoimentos revelam esquema de direcionamento de emendas Os relatos colhidos pela Polícia Federal ao longo de 2024 pintam um quadro de forte pressão política e falta de transparência na gestão de emendas parlamentares. O esquema, que antecedeu a operação deflagrada contra Mariângela Fialek, descreve a centralização de decisões sobre a destinação de recursos bilionários, com o envio de planilhas sem identificação de autoria e com valores significativos já pré-definidos. O relato do deputado José Rocha (União-BA) O deputado José Rocha (União-BA) foi uma das vozes mais contundentes a depor à Polícia Federal. Ele assumiu a presidência de uma comissão responsável por emendas do Ministério da Integração Nacional e do Desenvolvimento Regional. Em seu depoimento, Rocha descreveu ter recebido, por meio de Mariângela Fialek, da então presidência da Câmara, minutas de ofícios e planilhas já prontas para sua assinatura. Esses documentos, segundo o parlamentar, indicavam a destinação de impressionantes R$ 1,125 bilhão em recursos. O que chamou a atenção de Rocha foi a completa ausência de informações cruciais nesses documentos. Não havia indicação dos autores das emendas, dos objetos específicos aos quais os recursos seriam destinados ou dos beneficiários finais. Diante dessa falta de detalhamento, o deputado optou por reter algumas das remessas, questionando a finalidade e a transparência. Um dos casos mais emblemáticos envolvia uma lista com R$ 320 milhões destinados ao estado de Alagoas, sem qualquer especificação sobre como seriam utilizados ou quem seriam os favorecidos. Rocha declarou: “Recebi uma relação com R$ 320 milhões para Alagoas, sem dizer o que ia ser feito nem quem era o autor. Eu segurei o envio para o Ministério, questionando que eu precisava saber que destinação teriam esses recursos. E quais seriam os beneficiários? Quais seriam os autores?”. Após reter essa e outras duas remessas de minutas de ofício e planilhas, o deputado relatou ter recebido uma ligação do então presidente da Câmara, Arthur Lira, que o repreendia por estar “criando problema”. Este incidente demonstra a intensidade da pressão sofrida por parlamentares que questionavam a falta de clareza na distribuição dos fundos. Centralização e pressão política Os múltiplos relatos apontam para uma notável centralização das decisões sobre a destinação de bilhões de reais em emendas de comissão na presidência da Câmara. Essa dinâmica, segundo os parlamentares ouvidos, replicava a controversa lógica do “orçamento secreto”, onde a falta de identificação dos autores das emendas e dos beneficiários dificultava a fiscalização e abria caminho para direcionamentos políticos. A pressão não se limitava a ligações diretas; parlamentares descreveram um ambiente onde o questionamento de procedimentos pré-determinados poderia levar a retaliações políticas ou a tentativas de substituição em cargos estratégicos. A ausência de debates formais e a imposição de planilhas pré-elaboradas minavam a autonomia dos colegiados e a transparência exigida na gestão de recursos públicos. Alagoas como foco e indícios de irregularidades A investigação da Polícia Federal tem destacado o estado de Alagoas como um beneficiário prioritário do suposto esquema, levantando questionamentos sobre a utilização de emendas parlamentares para fortalecer interesses políticos específicos, em detrimento de uma distribuição equitativa e baseada em necessidades reais. A visão de Glauber Braga (PSOL-RJ) O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) confirmou à Polícia Federal ter sido procurado por José Rocha no plenário da Câmara. Na ocasião, Rocha detalhou as pressões que vinha sofrendo em relação às emendas. Segundo Braga, a lista de emendas que Rocha deveria liberar claramente priorizava Alagoas e interesses políticos vinculados ao então presidente da Câmara, Arthur Lira. Braga afirmou que, por não executar as liberações conforme o esperado, Rocha recebeu uma ligação com a “ameaça de voto de desconfiança” para destituí-lo da presidência da comissão. Esse tipo de ameaça evidencia o nível de controle e a pressão exercida para garantir que a destinação dos recursos seguisse a linha desejada. O parlamentar do PSOL ainda comparou a operacionalização das emendas de comissão à lógica do orçamento secreto, onde o controle estava concentrado na presidência da Câmara. Ele citou especificamente o município de Rio Largo, em Alagoas, que, segundo sua análise, recebeu volumes “escandalosos” de recursos, inclusive por meio de comissões que não tinham deputados alagoanos entre seus integrantes, levantando suspeitas sobre o verdadeiro critério de distribuição. Falta de transparência e padrões administrativos Outros depoimentos corroboram a narrativa de falta de transparência e desvio dos padrões administrativos. A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) declarou à PF que a destinação das emendas de comissão nunca foi discutida formalmente nos colegiados dos quais fazia parte. Segundo ela, os recursos eram distribuídos por decisões tomadas “de cima”, sem qualquer deliberação transparente. “Eu dizia que não era laranja de ninguém. Todo mundo tinha que saber para onde o dinheiro ia”, afirmou em seu depoimento, ressaltando a importância da publicidade na alocação de verbas. Ventura soube de possíveis direcionamentos apenas por meio de informações externas, já que o tema não era submetido à apreciação dos parlamentares. O senador Cleitinho (Republicanos-MG) também levantou suspeitas sobre a atuação de intermediários. Ele relatou à PF que passou a desconfiar após ser abordado por pessoas que se apresentavam como representantes de uma ONG interessada em “parcerias” para emendas, mesmo sem qualquer vínculo com seu estado. “Fiquei com a impressão de que havia gente rodando gabinetes para pedir emenda”, declarou o senador, indicando a presença de um lobby informal e possivelmente irregular. A servidora da Câmara Elza Carneiro

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2025/12 — Futebol americano universitário no Rio: impacto econômico de R$ 400 milhões

O Rio de Janeiro se prepara para ser o epicentro de um evento esportivo internacional de grande porte. Em agosto do próximo ano, a cidade maravilhosa sediará um inédito jogo de futebol americano universitário, conhecido como College Football, no Estádio Nilton Santos. A partida histórica colocará frente a frente os renomados Virginia Cavaliers e NC State Wolfpack, prometendo não apenas um espetáculo esportivo de alta intensidade, mas também um impulso significativo para a economia local. As projeções iniciais indicam que o evento tem o potencial de movimentar mais de R$ 400 milhões, englobando a venda de ingressos, ativações comerciais diversas e os gastos de milhares de turistas que são esperados na capital fluminense. O Gigante do futebol americano chega ao Rio Depois do sucesso de duas edições da NFL em São Paulo, o Brasil consolida sua posição como um mercado estratégico para o futebol americano, abrindo agora as portas para o fervor e a tradição do College Football. A chegada do futebol americano universitário ao Rio de Janeiro representa um marco significativo, não apenas para os fãs brasileiros da modalidade, mas para o cenário esportivo global. Diferente da NFL, que reúne atletas profissionais de elite, o College Football é a base de onde emergem os futuros astros da liga principal, carregando consigo rivalidades históricas entre universidades, tradições centenárias e uma paixão inigualável dos estudantes e ex-alunos. A escolha do Rio de Janeiro para sediar este embate entre os Virginia Cavaliers e o NC State Wolfpack eleva o perfil da cidade como um destino capaz de abrigar grandes eventos internacionais. A partida será disputada entre duas equipes de conferências proeminentes, a Atlantic Coast Conference (ACC), o que garante um duelo de alto nível técnico e com grande apelo midiático nos Estados Unidos. O Estádio Nilton Santos, com sua infraestrutura moderna e capacidade para receber grandes públicos, será o palco ideal para esta celebração do esporte universitário americano, adaptando-se às exigências de um evento desta magnitude e proporcionando uma experiência imersiva para torcedores brasileiros e estrangeiros. Um novo capítulo para o esporte no Brasil A realização deste jogo não é apenas um evento isolado, mas parte de uma estratégia mais ampla para consolidar o Brasil como um polo para o futebol americano fora dos Estados Unidos. As experiências anteriores com a NFL em São Paulo demonstraram o entusiasmo da torcida brasileira e a capacidade do país em organizar eventos complexos, atraindo um grande público e gerando um impacto econômico relevante. O College Football, com seu ethos distinto de esporte universitário e a forte identificação com as comunidades acadêmicas, traz uma nova dimensão a essa expansão. A expectativa é que a presença de equipes de alto calibre como os Cavaliers e os Wolfpack inspire uma nova geração de atletas e fãs no Brasil. Além do espetáculo em campo, a vinda dessas universidades pode abrir portas para intercâmbios culturais e esportivos, fortalecendo laços entre instituições brasileiras e americanas. A visibilidade gerada pelo evento globalmente também colocará o Rio de Janeiro em destaque, não apenas como destino turístico, mas como uma cidade com infraestrutura e paixão para sediar competições esportivas de primeira linha, reforçando sua imagem após os megaeventos de 2014 e 2016. Impacto econômico e turístico sem precedentes O jogo de futebol americano universitário no Rio de Janeiro vai muito além das quatro linhas do campo, transformando-se em um motor econômico substancial para a cidade e o estado. As estimativas de movimentação financeira superiores a R$ 400 milhões são robustas e baseiam-se em uma série de fatores interligados que impulsionarão diversos setores da economia fluminense. A chegada de aproximadamente 20 mil turistas americanos para acompanhar a partida é um dos pilares desse impacto, injetando divisas estrangeiras em uma economia que busca constantemente novas formas de alavancagem. Esses turistas, com perfil geralmente de alto poder aquisitivo e interesse em experiências autênticas, não apenas comprarão ingressos para o jogo, mas também demandarão uma vasta gama de serviços. A rede hoteleira do Rio de Janeiro, que já possui expertise em acolher grandes fluxos de visitantes, terá seus leitos ocupados, especialmente em períodos que normalmente seriam de menor movimento. Restaurantes, bares e casas noturnas experimentarão um aumento significativo na demanda. O setor de transportes, incluindo táxis, aplicativos e agências de turismo, será fundamental para a logística desses visitantes, que certamente explorarão as belezas naturais e culturais da cidade, desde o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar até os bairros históricos e as praias icônicas. A engenharia financeira por trás do evento A cifra de R$ 400 milhões é composta por uma complexa engenharia financeira que envolve diversas fontes de receita e gastos. A venda de ingressos, que deve atrair tanto brasileiros aficionados quanto os turistas estrangeiros, será uma parte importante. Os preços devem ser competitivos para atrair o público local, mas também posicionados para capitalizar o interesse dos fãs americanos dispostos a viajar. Paralelamente, as ativações comerciais desempenham um papel crucial. Grandes marcas, tanto nacionais quanto internacionais, buscarão associar-se ao evento, seja através de patrocínios diretos, estandes interativos nas fan zones ou campanhas de marketing integradas que se beneficiarão da visibilidade do jogo. Além disso, a organização do evento em si gerará empregos diretos e indiretos. Desde a montagem da estrutura no estádio, segurança, equipes de saúde, atendimento ao público, até a contratação de profissionais para a promoção e logística, há uma cadeia de valor que é ativada. O governo local também se beneficiará indiretamente através da arrecadação de impostos sobre bens e serviços consumidos, contribuindo para a manutenção e melhoria da infraestrutura urbana. Este tipo de evento é um multiplicador econômico, onde cada real gasto por um turista ou empresa gera um efeito cascata em outras áreas da economia. Rio de Janeiro no mapa do turismo esportivo global A realização de um jogo de College Football no Rio de Janeiro solidifica a posição da cidade no mapa do turismo esportivo global. Após sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, o Rio busca diversificar sua matriz de eventos, atraindo competições

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2025/12 — Roger Federer anuncia retorno às quadras do Australian Open Aos 44 anos

O mundo do tênis se prepara para um momento histórico e emocionante. Roger Federer, um dos maiores ícones do esporte, anunciou seu retorno pontual às quadras em uma partida de exibição no Aberto da Austrália. Três anos após sua aposentadoria oficial e aos 44 anos de idade, o lendário suíço estará de volta à Rod Laver Arena em Melbourne, palco de muitas de suas conquistas gloriosas. Este evento, programado para a cerimônia de abertura da próxima edição do torneio, não é apenas um jogo, mas uma celebração da rica história do tênis e da inigualável carreira de Roger Federer. A notícia gerou uma onda de entusiasmo entre fãs e especialistas, que mal podem esperar para ver o maestro suíço empunhar sua raquete novamente, mesmo que por uma única e memorável ocasião. O aguardado retorno de uma lenda A confirmação da participação de Roger Federer em uma partida de exibição no Aberto da Austrália, aos 44 anos, representa um capítulo inédito na já lendária trajetória do tenista. Sua última aparição competitiva na Rod Laver Arena remonta a 2020, quando alcançou as semifinais do torneio, sendo superado por Novak Djokovic. Naquela época, o suíço já enfrentava desafios físicos significativos. Após essa campanha, o ex-número 1 do mundo submeteu-se a múltiplas cirurgias no joelho, um período que gradualmente o afastou do circuito profissional. Em setembro de 2022, Federer tomou a difícil decisão de encerrar oficialmente sua carreira, deixando para trás um legado de 20 títulos de Grand Slam e uma legião de admiradores. Uma despedida e um reencontro emocional O anúncio de seu retorno para esta exibição em Melbourne carrega um peso emocional imenso. É uma oportunidade para os fãs reverem um dos maiores jogadores de todos os tempos em um ambiente festivo, sem a pressão competitiva do circuito. Em comunicado divulgado pela organização do torneio, Federer expressou seu profundo carinho por Melbourne Park, um complexo que ele carinhosamente apelidou de “Happy Slam”. A frase, cunhada pelo próprio Federer, reflete a atmosfera única e alegre que sempre marcou o Aberto da Austrália em sua perspectiva. Ele relembrou os incontáveis momentos vividos na Rod Laver Arena, desde a alegria de erguer o troféu Norman seis vezes, passando pela honra de jogar diante do próprio Rod Laver, até o desafio de enfrentar seus maiores rivais. Acima de tudo, o suíço destacou o amor e o apoio incondicional que sempre recebeu dos fãs australianos, elementos que tornam seu vínculo com o torneio tão especial. Este retorno, portanto, é também um reencontro com essa paixão mútua. A importância do Aberto da Austrália na carreira de Federer O Aberto da Austrália ocupa um lugar de destaque na vitoriosa carreira de Roger Federer, sendo o palco de algumas de suas mais memoráveis conquistas e retornos triunfais. Com seis títulos conquistados em Melbourne (2004, 2006, 2007, 2010, 2017 e 2018), o suíço cimentou sua reputação como um dos mais bem-sucedidos atletas na história do torneio. A Rod Laver Arena, em particular, testemunhou o ápice de sua arte e resiliência, tornando-se um símbolo de sua longevidade e excelência no esporte. Os anos de 2017 e 2018 são particularmente significativos, pois marcaram um período de renascimento para Federer após um período de lesões e dúvidas sobre sua condição física. Os triunfos que marcaram uma era Federer relembrou, em especial, o título de 2017, conquistado após um longo período de incertezas sobre sua capacidade de competir no mais alto nível. Vencer o Aberto da Austrália naquele ano foi, segundo ele, uma de suas memórias mais preciosas de Grand Slam. Repetir o feito em 2018 solidificou seu retorno e provou que, mesmo aos 36 anos, ele ainda era uma força dominante no tênis. Esses triunfos não apenas adicionaram mais troféus à sua vasta coleção, mas também inspiraram milhões de fãs e atletas ao redor do mundo, demonstrando que a paixão e a determinação podem superar os desafios impostos pelo tempo e pelas lesões. Sua conexão com Melbourne é palpável, e seu entusiasmo em “voltar à Austrália para criar mais momentos fantásticos com todos os fãs australianos” ressalta a profundidade desse relacionamento. Este é um retorno não apenas a uma quadra, mas a um lar esportivo onde sua lenda foi forjada e celebrada repetidamente. Um encontro de gigantes para celebrar a história A partida de exibição que trará Roger Federer de volta à Rod Laver Arena será muito mais do que um simples jogo; será um verdadeiro encontro de lendas do tênis, projetado para celebrar a rica história do esporte. Além do próprio Federer, o evento reunirá outros três ex-números 1 do mundo: o icônico americano Andre Agassi, o adorado australiano Patrick Rafter e o combativo Lleyton Hewitt, também australiano. Este quarteto de campeões, com suas carreiras repletas de grandes momentos e títulos, promete um espetáculo festivo que marcará oficialmente o início do torneio, enchendo a arena de nostalgia e emoção. Celebrando 120 anos de tradição e futuro A iniciativa da organização do Aberto da Austrália de convidar essas figuras proeminentes tem um duplo propósito. Em primeiro lugar, é uma maneira de celebrar os 120 anos de história do Australian Open, um dos quatro torneios de Grand Slam e uma peça fundamental no calendário do tênis mundial. A presença de Agassi, Rafter e Hewitt, cada um com sua própria história de sucesso no torneio e no esporte em geral, adiciona camadas de significado a essa celebração. Agassi, com sua energia vibrante e quatro títulos em Melbourne, Rafter, duas vezes campeão do US Open e um favorito da torcida local, e Hewitt, com sua garra inconfundível e ex-número um, representam diferentes eras e estilos do tênis que moldaram o esporte. Em segundo lugar, o evento serve como um trampolim para projetar uma nova temporada do circuito, unindo o respeito pelo passado com a expectativa pelo futuro. A ideia é criar um elo entre gerações de tenistas e fãs, celebrando o legado enquanto se olha para as novas estrelas e desafios que estão por vir. É um tributo à contínua evolução e ao apelo global do

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2025/12 — Galeão e Santos Dumont sofrem atrasos e cancelamentos após ventania em São

Os principais terminais aéreos do Rio de Janeiro, o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) e o Aeroporto Santos Dumont, enfrentaram uma manhã de quinta-feira marcada por significativos atrasos e cancelamentos de voos. A situação caótica é um desdobramento direto da forte ventania que castigou a capital paulista na última quarta-feira, gerando um efeito dominó que reverberou por toda a malha aérea nacional. Passageiros foram surpreendidos com alterações em seus itinerários, formando longas filas e buscando informações em um cenário de incertezas. A instabilidade climática em São Paulo, um dos maiores centros de conexão do país, comprometeu a pontualidade e a operacionalidade das companhias aéreas, deixando milhares de viajantes com planos interrompidos e a necessidade de readequar suas agendas. A fúria dos ventos em São Paulo e o efeito dominó no ar Ventania recorde atinge capital paulista A capital paulista foi palco de um evento climático severo na quarta-feira, quando fortes rajadas de vento, acompanhadas de chuvas intensas, varreram a cidade. A ventania, descrita por muitos como atípica em sua intensidade e duração, causou estragos significativos em diversas regiões, derrubando árvores, postes de energia e provocando blecautes que afetaram milhões de residências e comércios. As condições meteorológicas extremas representaram um risco considerável para as operações aéreas, levando à interrupção ou severa restrição de voos nos aeroportos da cidade, especialmente em Congonhas. A segurança dos passageiros e da tripulação é a prioridade máxima, e a decisão de suspender ou atrasar voos é tomada com base em rigorosos protocolos de segurança operacional, que avaliam fatores como velocidade do vento, visibilidade e condições da pista. Mesmo após a passagem mais intensa da ventania, os impactos persistem devido ao rearranjo complexo da malha aérea. O intrincado mecanismo da malha aérea nacional A aviação moderna opera em um sistema de “rede”, onde atrasos ou interrupções em um ponto central podem se propagar rapidamente para outros terminais, mesmo a centenas de quilômetros de distância. Aeroportos como os de São Paulo (Guarulhos e Congonhas) são hubs vitais, com uma quantidade massiva de voos conectando passageiros a destinos por todo o Brasil e pelo mundo. Quando as operações são afetadas em um desses hubs, aeronaves e tripulações ficam fora de posição. Um avião que deveria decolar de São Paulo para o Rio de Janeiro pode estar preso no solo devido ao vento, impactando o voo subsequente que ele faria do Rio para outro destino. Da mesma forma, tripulações que deveriam iniciar sua jornada no Rio podem estar aguardando a chegada de uma aeronave vinda de São Paulo. Esse efeito dominó é complexo e leva tempo para ser reajustado, exigindo coordenação intensa entre companhias aéreas e controladores de tráfego aéreo. Terminais do Rio de Janeiro sob pressão: Galeão e Santos Dumont em alerta Cenário de filas e incertezas no Galeão No Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, a manhã de quinta-feira foi de grande desafio para os passageiros. Dezenas de voos foram afetados, com um balanço inicial indicando o cancelamento de pelo menos cinco partidas e um atraso que impactou quase metade dos voos previstos para o início do dia. O saguão do terminal foi tomado por longas filas, onde passageiros buscavam informações junto às companhias aéreas ou tentavam remarcar seus voos. Muitos relataram frustração e cansaço, com histórias de conexões perdidas, compromissos adiados e a incerteza sobre quando conseguiriam finalmente viajar. A capacidade de atendimento das companhias aéreas foi testada ao limite, e a comunicação fluida com os viajantes tornou-se crucial para gerenciar as expectativas e oferecer soluções viáveis, seja por meio de reacomodação em outros voos, opções de reembolso ou vouchers para alimentação, conforme a legislação vigente e as políticas de cada empresa. Santos Dumont também registra impactos O Aeroporto Santos Dumont, localizado no coração do Rio de Janeiro e com foco principal em voos domésticos e de curta distância, também sentiu os reflexos da ventania em São Paulo. Apesar de ter uma malha mais compacta em comparação ao Galeão, a interligação com o maior centro financeiro do país é intensa. Registros de atrasos pontuais foram observados, mostrando que nenhum terminal que se conecta com a região Sudeste pôde escapar ileso do impacto generalizado. A natureza das operações no Santos Dumont, com seu alto volume de voos de ponte aérea, faz com que qualquer interrupção em grandes centros como Congonhas resulte em um desequilíbrio imediato na programação, afetando a chegada e partida de aeronaves e, consequentemente, os passageiros que contam com a agilidade e pontualidade características desta rota. Congonhas em São Paulo e a reverberação da crise O impacto direto no epicentro da ventania Enquanto os aeroportos do Rio de Janeiro lidavam com o efeito dominó, o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, estava no epicentro da crise. Mesmo com a retomada das operações às 6h da manhã de quinta-feira, após as condições climáticas mais severas terem amenizado, o terminal já acumulava um considerável número de voos afetados. Até as 6h55, quatro decolagens e nove chegadas haviam sido canceladas, além de diversos atrasos. A recuperação em Congonhas é particularmente desafiadora devido às suas características operacionais: é um aeroporto com alta densidade de tráfego aéreo, pistas mais curtas e localizado em uma área urbana densa. Qualquer interrupção causa um gargalo que leva tempo para ser desfeito. A normalização completa depende não apenas das condições climáticas locais, mas também da realocação de aeronaves e tripulações que foram desalinhadas em toda a rede durante a ventania, um processo que pode levar horas ou até dias. Orientações para passageiros e perspectivas futuras A crise aérea desencadeada pela ventania em São Paulo na quarta-feira ilustra a fragilidade do sistema de transporte frente a eventos climáticos extremos. A recuperação total das operações aéreas no Galeão, Santos Dumont e Congonhas exige tempo, paciência e a coordenação de todas as partes envolvidas. Passageiros afetados devem priorizar a busca por informações atualizadas diretamente nos canais oficiais das companhias aéreas (sites, aplicativos, centrais de atendimento) antes de se dirigirem aos aeroportos. É fundamental conhecer os direitos garantidos pela legislação de aviação civil, que incluem assistência material (alimentação,

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STF ouve povos indígenas e ruralistas sobre marco temporal após Senado

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou a análise de ações que questionam a constitucionalidade do marco temporal, o controverso instrumento jurídico que define critérios para a demarcação de terras indígenas. Este julgamento crucial ocorreu um dia após o Senado Federal ter avançado na discussão de um projeto de lei sobre o mesmo tema, elevando a tensão em torno da pauta nacional. Na sessão, advogados representando os povos indígenas e defensores dos interesses do agronegócio e proprietários rurais apresentaram seus argumentos, destacando a profunda polarização e as vastas implicações jurídicas, sociais e ambientais da decisão. A interpretação do marco temporal, que limita os direitos à ocupação de terras até a promulgação da Constituição de 1988, é um dos debates mais sensíveis e com maior potencial transformador para o futuro das comunidades originárias e do desenvolvimento nacional. Julgamento no STF e o contexto legislativo O debate sobre o marco temporal alcançou um novo patamar de urgência com a pauta no Supremo Tribunal Federal. A retomada da análise das ações que questionam a validade da tese se deu em um cenário de intensa movimentação política e legislativa, apenas um dia após o Senado ter aprovado requerimentos relacionados ao projeto de lei que busca estabelecer o marco temporal de forma definitiva. Essa simultaneidade de discussões entre os poderes Judiciário e Legislativo sublinha a complexidade e a centralidade do tema para o país. A cronologia dos eventos e a tensão institucional A entrada do projeto do marco temporal na pauta do Senado Federal foi, por muitos observadores políticos, interpretada como uma reação direta a uma decisão anterior do ministro Gilmar Mendes. Na semana precedente, uma decisão monocrática do ministro havia alterado trechos da Lei do Impeachment, especificando que apenas a Procuradoria-Geral da República (PGR) poderia apresentar pedidos de impedimento contra ministros do STF. Tal movimento gerou insatisfação no Congresso, levando o Senado a acelerar a discussão de temas sensíveis ao Supremo. No entanto, em um gesto que indicou um esforço de distensionamento das relações entre os poderes, o próprio ministro Gilmar Mendes suspendeu, na mesma quarta-feira em que o STF retomava o julgamento do marco temporal, o trecho de sua decisão que limitava a legitimidade para apresentação de pedidos de impeachment. Essa retirada foi percebida como um passo importante para aliviar a tensão institucional e permitir que o debate sobre o marco temporal prosseguisse em um ambiente menos conflagrado. A tese do marco temporal em questão A tese do marco temporal estipula que os povos indígenas só teriam direito à demarcação de terras que comprovassem estar ocupando ou em disputa judicial ou física em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal. Essa interpretação legal tem sido o cerne de um longo embate jurídico e político. Em setembro de 2023, o plenário do Supremo Tribunal Federal já havia se posicionado sobre a questão. Por maioria, os ministros derrubaram essa interpretação, considerando-a inconstitucional para a demarcação de territórios, em uma decisão com repercussão geral. Naquela ocasião, a Corte afirmou que a proteção constitucional dos direitos originários dos povos indígenas independe da fixação de um marco temporal ou da existência de conflito físico ou judicial na data da promulgação da Carta Magna. Contudo, antes mesmo da publicação do acórdão do Supremo, o Congresso Nacional agiu, aprovando uma lei que restabeleceu a tese do marco temporal. Embora o presidente da República tenha vetado diversos dispositivos da nova legislação, esses vetos foram posteriormente derrubados pelo Legislativo. Com isso, partidos políticos e entidades de defesa dos direitos indígenas recorreram novamente ao STF, tanto para questionar a validade da lei quanto para reforçar sua inconstitucionalidade. Argumentos em debate: povos indígenas Os advogados que representam os povos indígenas e suas organizações argumentaram veementemente contra a constitucionalidade do marco temporal. A defesa dos direitos originários foi o pilar central de suas sustentações orais, ressaltando a precedência desses direitos em relação à própria formação do Estado brasileiro. Direitos originários e a Constituição A tese indígena é fundamentada na premissa de que os direitos territoriais dos povos originários são inerentes à sua existência, sendo anteriores à criação de qualquer legislação estatal. Eles defendem que esses direitos não podem ser limitados por uma data específica, como 1988, pois isso desconsideraria séculos de ocupação e relacionamento com a terra. O advogado Adriano Terena, coordenador jurídico da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), destacou que o marco temporal compromete diretamente a eficácia do artigo 231 da Constituição Federal. Este artigo reconhece os direitos originários dos povos indígenas sobre as terras tradicionalmente ocupadas e impõe ao Estado o dever de demarcá-las e protegê-las. Os representantes indígenas argumentaram que muitos povos foram expulsos de seus territórios por meio de violência ou por políticas estatais antes de 1988. Exigir que comprovem a ocupação contínua até essa data seria, portanto, uma grande injustiça histórica, que ignoraria os deslocamentos forçados e as violações sofridas. Para as comunidades indígenas, a aplicação do marco temporal violaria dispositivos constitucionais que garantem a posse permanente e o usufruto exclusivo das terras tradicionalmente ocupadas. Além disso, a tese ameaça a própria sobrevivência física e cultural dessas comunidades, cujas identidades e modos de vida estão intrinsecamente ligados aos seus territórios. Adriano Terena enfatizou que as comunidades indígenas são os verdadeiros guardiões dos biomas e que suas terras constituem barreiras essenciais contra a crise climática. “As consequências da decisão deste caso serão sentidas por muitas gerações”, alertou. Argumentos em debate: setor ruralista e segurança jurídica Do outro lado do debate, os defensores do marco temporal, que incluem representantes do agronegócio e ruralistas, apresentaram argumentos focados na necessidade de segurança jurídica e na estabilidade das relações fundiárias no país. Eles sustentam que a fixação de um limite temporal é indispensável para evitar o que consideram um cenário de incertezas e potenciais conflitos. Necessidade de limites e estabilidade Os ruralistas argumentam que, sem um marco temporal claro, haveria o risco de revisão de títulos de propriedade já consolidados, o que poderia gerar uma profunda insegurança jurídica no mercado de terras. Essa instabilidade, segundo eles, afetaria diretamente a

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Miss Universe Brasil 2026: nova era de Pluralidade e representatividade feminina

Em uma transformação histórica, o Miss Universe Brasil 2026 anuncia uma era de celebração concreta da pluralidade da mulher brasileira, rompendo com paradigmas tradicionais que por décadas definiram o perfil das candidatas. Há 70 anos, o prestigiado concurso, que sempre simbolizou glamour, diversidade regional e a força feminina, abre suas portas para uma gama inédita de participantes, demonstrando um compromisso profundo com a inclusão. Mulheres acima de 30 anos, com os mais variados estados civis, mães e com trajetórias profissionais paralelas à carreira artística, agora são bem-vindas na disputa pelo título nacional. Essa mudança significativa é um reflexo do movimento global do Miss Universe em busca de um perfil mais autêntico e representativo da mulher contemporânea. A iniciativa não apenas democratiza o acesso ao concurso, mas também ressignifica o conceito de beleza e sucesso, alinhando-se à realidade multifacetada e independente que caracteriza as mulheres brasileiras hoje. O Miss Universe Brasil, ao flexibilizar seus critérios, posiciona-se como uma plataforma que não apenas exalta a beleza física, mas valoriza a força, a história e a contribuição social de cada mulher. A quebra de paradigmas no Miss Universe Brasil O regulamento do Miss Universe Brasil 2026 marca um divisor de águas na história dos concursos de beleza no país. Longe dos critérios outrora restritivos que priorizavam idade e estado civil específicos, a competição agora abraça a diversidade em sua plenitude. Esta atualização não é meramente cosmética; ela reflete um entendimento mais profundo e maduro da beleza e do empoderamento feminino. Ao aceitar candidatas acima dos 30 anos, mães, casadas e com carreiras consolidadas fora do universo artístico, o concurso valida a ideia de que a elegância, a inteligência e a capacidade de representação não diminuem com a idade ou se limitam a um único estilo de vida. Mulheres reais e suas múltiplas facetas A direção do Miss Universe Brasil tem articulado claramente o propósito por trás dessas mudanças. Julia Gama, diretora de operações do concurso nacional, enfatiza que a ampliação dos critérios seletivos serve para reforçar que beleza, presença de palco e representatividade são qualidades que transcendem barreiras etárias ou perfis pré-determinados. “Queremos transformar vidas dando visibilidade a mulheres reais, com histórias potentes, trajetórias profissionais e experiências de vida que se conectem com um público mais amplo”, afirma Gama. Essa declaração encapsula a essência da nova abordagem: valorizar a autenticidade e a pluralidade de experiências que cada mulher carrega. A ideia é que a coroa não seja apenas um símbolo de beleza estética, mas de uma jornada de vida, de superação e de inspiração para outras mulheres. O movimento global pela inclusão Essa redefinição do perfil da miss não é um fenômeno isolado no Brasil. Ela acompanha um movimento global do Miss Universe, que busca constantemente se adaptar e refletir a realidade da mulher moderna em todo o mundo. A mulher contemporânea é multifacetada, independente, e, acima de tudo, protagonista de sua própria história. Concursos de beleza, outrora criticados por promoverem padrões inatingíveis, estão em uma jornada de redefinição para se tornarem plataformas de empoderamento e celebração da diversidade. A versão brasileira do concurso, ao abraçar plenamente essas diretrizes, posiciona-se na vanguarda dessa evolução, mostrando que é possível inovar e manter a relevância cultural ao mesmo tempo em que promove valores de inclusão e igualdade. Representatividade em foco: as candidatas da nova era A materialização dessas novas regras já pode ser observada nas etapas estaduais e nas primeiras confirmações para a etapa nacional. A resposta das mulheres brasileiras a essa abertura tem sido notável, com um aumento significativo na participação de perfis diversos que antes não teriam a oportunidade de concorrer. Os exemplos de 2024 e o impacto das novas regras Em 2024, as etapas estaduais do Miss Universe Brasil já deram um vislumbre do impacto transformador das novas regras. Dezessete mulheres, com idades que variam entre 29 e 51 anos, foram eleitas para representar seus respectivos estados. Entre elas, havia candidatas casadas, mães e profissionais de áreas tão distintas quanto medicina, engenharia, jornalismo e dança. A presença dessas mulheres no concurso não apenas validou o novo posicionamento do Miss Universe Brasil, mas também demonstrou de forma contundente que é perfeitamente possível conciliar uma carreira exigente, responsabilidades familiares e a participação em um concurso de beleza. Elas se tornaram exemplos vivos de que a força feminina reside na capacidade de abraçar múltiplas identidades e papéis, sem abrir mão de seus sonhos e aspirações. As primeiras confirmadas para 2026 Para a aguardada edição de 2026, mesmo com as seletivas ainda em andamento, o Miss Universe Brasil já confirmou a participação de três representantes que personificam essa nova era. Tarcia Ciarlini, aos 32 anos, é a confirmada pelo Amazonas. Do Rio Grande do Sul, Júlia Guerra, de 35 anos, traz sua experiência e charme para a disputa. E representando o Acre, Andressa Jamilly, de 38 anos, psicóloga e mãe de duas filhas, reforça a narrativa de que a beleza e a representatividade vão muito além de qualquer convenção etária ou de estilo de vida. A presença dessas mulheres, com suas histórias de vida e suas conquistas profissionais e pessoais, promete enriquecer ainda mais a competição, tornando-a um espelho mais fiel da diversidade da mulher brasileira. O valor social e cultural do novo Miss Universe Brasil Além de ser uma competição de beleza, o Miss Universe Brasil, sob sua nova direção, assume um papel social e cultural de grande relevância, provocando debates e inspirando mudanças. Combate ao etarismo e inspiração para gerações futuras A eliminação do limite de idade no concurso é uma poderosa declaração contra o etarismo, preconceito baseado na idade, ainda muito presente em diversas esferas da sociedade. Ao dar palco a mulheres de diferentes faixas etárias, o Miss Universe Brasil abre espaço para discussões cruciais sobre identidade, representatividade e pluralidade feminina. Julia Gama complementa essa visão: “Estamos fazendo história ao eliminar estereótipos e inspirar novas gerações de meninas, mostrando que o Miss Universe Brasil é uma plataforma que não só exalta a beleza, mas valoriza a mulher como agente protagonista em sua

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Beyoncé e Nicole Kidman serão anfitriãs do Met Gala 2026 em Nova

A tão aguardada edição de 2026 do Met Gala, um dos eventos mais prestigiados e glamourosos do calendário global, promete brilhar ainda mais com um trio de anfitriãs de peso. A renomada cantora Beyoncé, a aclamada atriz Nicole Kidman e a lenda do tênis Venus Williams foram confirmadas para comandar a noite de gala anual do Museu Metropolitano de Nova York. A notícia gerou grande expectativa entre os aficionados por moda, arte e cultura pop, antecipando uma celebração de talento e estilo inigualáveis. O Met Gala, conhecido por seus figurinos extravagantes e sua capacidade de reunir as maiores celebridades do mundo, mantém seu status como uma plataforma crucial para o financiamento e a divulgação do Costume Institute. Os anfitriões estelares e a tradição do Met Gala A escolha de Beyoncé, Nicole Kidman e Venus Williams como coanfitriãs para a edição de 2026 do Met Gala reforça o compromisso do evento com a excelência e o impacto cultural. Beyoncé, um ícone global da música e da moda, retorna ao Met Gala após sua última aparição em 2016, prometendo uma noite memorável. Sua presença é sempre um dos pontos altos, com seus figurinos frequentemente quebrando a internet e ditando tendências. A cantora, que recentemente teve sua aclamada “Cowboy Carter Tour” concluída e seu último álbum coroado como o álbum do ano no Grammy, mantém seus fãs e especialistas em suspense para um possível novo projeto em 2026, adicionando uma camada extra de fervor à sua participação. Nicole Kidman, por sua vez, traz a sofisticação e a elegância de Hollywood, sendo uma presença constante em listas de “melhor vestidas” e uma embaixadora da alta costura. Sua carreira multifacetada e seu estilo atemporal a tornam uma escolha natural para a curadoria de um evento que celebra a confluência entre arte e moda. Venus Williams, uma das maiores atletas de todos os tempos, representa a interseção entre o esporte, a moda e o empreendedorismo, adicionando uma perspectiva única ao time de anfitriões. Sua presença sublinha a abrangência do Met Gala, que transcende as fronteiras da moda para abraçar diversas esferas da cultura contemporânea. A lista de convidados e a influência de Anna Wintour Como ocorre a cada ano desde 1995, a “rainha da moda” Anna Wintour, que recentemente deixou a direção executiva da edição americana da revista Vogue, também presidirá o evento. A influência de Wintour é indiscutível, sendo a força motriz por trás da transformação do Met Gala em um espetáculo global. Sua visão e seu poder de curadoria garantem uma lista de convidados que inclui as personalidades mais relevantes do momento, desde superestrelas da música e do cinema até inovadores da tecnologia e da arte. A presença de Wintour como presidente vitalícia do evento assegura a continuidade de sua exclusividade e prestígio, moldando a noite com sua expertise e impecável senso de estilo. Além das anfitriãs principais, outras figuras proeminentes já confirmaram sua presença, elevando ainda mais o nível de glamour e expectativa para o Met Gala 2026. Anthony Vaccarello, diretor artístico da Saint Laurent, é esperado, trazendo sua estética moderna e ousada. A atriz Zoë Kravitz, conhecida por seu estilo arrojado e sua capacidade de inovar, também estará presente. O cenário musical será representado por talentos emergentes e consolidados, como as cantoras Sabrina Carpenter, Doja Cat e a artista francesa Yseult, cada uma delas com um impacto significativo na cultura pop e na moda contemporânea. A presença desses influenciadores garante que a noite será uma vitrine para as últimas tendências e uma celebração da criatividade em suas diversas formas. O propósito por trás do glamour e a exposição “Costume Art” Muito além do espetáculo de celebridades e figurinos deslumbrantes, o Met Gala serve a um propósito fundamental: arrecadar fundos para o Costume Institute do Metropolitan Museum of Art. Este instituto é uma das instituições mais importantes do mundo dedicada à preservação, estudo e exibição da história da moda. O gala é sua principal fonte de financiamento anual, permitindo que continue com sua missão de educar o público sobre a relevância cultural e histórica do vestuário. O glamour e a visibilidade do evento garantem que milhões de dólares sejam levantados a cada ano, sustentando exposições inovadoras, pesquisas acadêmicas e a conservação de um acervo impressionante que conta a história da moda ao longo dos séculos. A importância do Met Gala não se limita à arrecadação de fundos; ele também atua como um catalisador para a discussão e a apreciação da moda como uma forma de arte. Ao apresentar temas complexos e instigantes a cada ano, o evento força uma reflexão sobre como o vestuário se entrelaça com a história, a sociedade e a identidade individual. As exposições resultantes, sempre inauguradas na mesma época do gala, tornam-se marcos no mundo da moda e da arte, atraindo visitantes de todo o mundo. A temática da exposição “Costume Art” e sua abordagem histórica Para a edição de 2026, o Costume Institute inaugurará uma exposição intitulada “Costume Art”. Esta mostra promete uma investigação profunda sobre o lugar do vestuário ao longo da história da arte, desafiando percepções convencionais e explorando as múltiplas dimensões do traje. A exposição buscará responder a questões fundamentais sobre como o vestuário tem sido representado, interpretado e utilizado por artistas através dos tempos, desde pinturas clássicas até instalações contemporâneas. Ela explorará a roupa não apenas como um objeto funcional ou decorativo, mas como um elemento narrativo, simbólico e performático dentro do contexto artístico. Os visitantes poderão mergulhar em uma jornada que atravessa diferentes épocas e culturas, observando como o traje reflete e molda as normas sociais, as inovações tecnológicas e as expressões individuais. A exposição “Costume Art” promete ser um diálogo fascinante entre moda, arte e história, oferecendo novas perspectivas sobre a complexa relação entre o corpo, a vestimenta e a expressão criativa. É uma oportunidade única para o público apreciar a moda não apenas como algo passageiro, mas como uma parte integrante e significativa do patrimônio cultural da humanidade, digna de estudo e celebração em um dos mais importantes museus do

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Brandade de bacalhau gratinada com queijo: prepare com facilidade e sabor

A culinária portuguesa, com sua riqueza de sabores e tradições, oferece um leque vasto de delícias que conquistam paladares ao redor do mundo. Entre elas, a brandade de bacalhau gratinada com queijo se destaca como um prato reconfortante, sofisticado e surprisingly fácil de preparar. Esta iguaria, que harmoniza a textura tenra do bacalhau desfiado com a cremosidade do purê de batatas e o toque dourado do queijo gratinado, é uma escolha perfeita para diversas ocasiões, desde um almoço especial em família até um jantar elegante com amigos. Descubra como levar este clássico da gastronomia à sua mesa, seguindo um guia completo que detalha cada etapa para um resultado impecável. A origem e a essência da brandade de bacalhau A brandade de bacalhau, apesar de muito popular em Portugal, tem suas raízes fincadas na culinária francesa, mais especificamente na região da Provença e do Languedoc. O termo “brandade” vem do verbo “brandar”, que significa mexer, bater, referindo-se ao método de preparação onde o bacalhau é vigorosamente misturado com azeite de oliva e outros ingredientes até formar uma pasta homogênea e cremosa. Com a influência e a vasta tradição portuguesa no consumo e preparo do bacalhau, o prato foi adaptado e incorporado à sua gastronomia, tornando-se um ícone de sabor e conforto. Um prato com história e tradição Originalmente, a brandade era uma forma engenhosa de aproveitar o bacalhau salgado, um alimento básico e de fácil conservação, transformando-o em algo saboroso e nutritivo. A adição de batatas, leite e queijo ao longo do tempo enriqueceu a receita, conferindo-lhe a textura e o sabor que conhecemos hoje. É um prato que evoca memórias de reuniões familiares e celebrações, refletindo a paixão pela boa comida e o apreço pelos ingredientes simples, mas de qualidade. A combinação do salgado do bacalhau com a suavidade das batatas e o untuoso do azeite cria uma experiência gustativa única e memorável. Ingredientes essenciais para uma brandade perfeita A excelência de uma brandade de bacalhau gratinada com queijo reside na qualidade dos seus componentes. A seleção cuidadosa de cada ingrediente é crucial para garantir o sabor autêntico e a textura desejada. A receita clássica é relativamente simples, mas cada elemento desempenha um papel fundamental. A seleção do bacalhau O bacalhau é, sem dúvida, a estrela do prato. Para uma brandade excepcional, recomenda-se o uso de bacalhau de boa qualidade, como o Cod Gadus Morhua, conhecido por suas lascas firmes e sabor marcante. O processo de dessalga é vital e deve ser feito com antecedência, trocando a água fria a cada 6-8 horas durante 2 a 3 dias, dependendo da espessura do peixe. Um bacalhau bem dessalgado garante que o prato não fique excessivamente salgado e permite que os outros sabores brilhem. A cocção deve ser breve, apenas o suficiente para que o bacalhau cozinhe e se desfie facilmente, sem perder a sua suculência. Os complementos que fazem a diferença Além do bacalhau, as batatas são outro pilar da brandade. Variedades como a Asterix ou a Mona Lisa, com alto teor de amido, são ideais para purês, pois resultam em uma textura mais cremosa e menos aguada. O azeite de oliva extra virgem de boa qualidade é indispensável, contribuindo com seu aroma e sabor frutado, além de ajudar a emulsionar a mistura. Alho fresco picado, um toque de noz-moscada ralada na hora e pimenta do reino moída na hora realçam o perfil de sabor. O leite, preferencialmente integral e aquecido, ajuda a dar cremosidade ao purê e à brandade. Por fim, o queijo para gratinar pode ser parmesão, mussarela ou uma mistura de ambos, adicionando uma camada dourada e irresistível ao final. O passo a passo detalhado da preparação Preparar a brandade de bacalhau gratinada com queijo é um processo que exige atenção aos detalhes, mas que, seguindo as etapas corretamente, resulta em um prato de sabor inigualável. Dessalgue e cozimento do bacalhau Inicie o processo garantindo que o bacalhau esteja completamente dessalgado. Após a dessalga, coloque as postas em uma panela com água fria e leve ao fogo baixo. Não deixe ferver vigorosamente; a água deve apenas aquecer, cozinhando o bacalhau suavemente. Quando as lascas começarem a se soltar, retire do fogo, escorra e deixe amornar. Com cuidado, desfie o bacalhau, retirando todas as espinhas e pele. Reserve as lascas. Preparação do purê de batatas Enquanto o bacalhau esfria, cozinhe as batatas em água com uma pitada de sal até ficarem bem macias. Escorra-as e passe-as ainda quentes por um espremedor de batatas ou amasse-as com um garfo até obter um purê liso e sem grumos. Em uma panela separada, refogue o alho picado em azeite de oliva até dourar levemente. Adicione as lascas de bacalhau desfiado a esse refogado e misture bem por alguns minutos. Acrescente o purê de batatas, o leite morno, a noz-moscada e a pimenta do reino. Misture tudo vigorosamente, incorporando o azeite aos poucos, até obter uma massa homogênea e cremosa. Se necessário, adicione um pouco mais de azeite para ajustar a cremosidade e tempere com sal a gosto, lembrando que o bacalhau já tem seu próprio sal. Montagem e gratinado impecável Transfira a mistura da brandade para um refratário que possa ir ao forno. Alise a superfície com uma espátula. Cubra generosamente com o queijo ralado de sua preferência. Leve ao forno pré-aquecido a 180°C por aproximadamente 20 a 25 minutos, ou até que o queijo esteja completamente derretido, borbulhante e com uma coloração dourada apetitosa. O gratinado é a chave para a camada crocante e irresistível que complementa a cremosidade interna. Dicas de harmonização e variações A brandade de bacalhau gratinada com queijo é um prato completo e delicioso por si só, mas pode ser ainda mais valorizado com os acompanhamentos certos ou algumas adaptações criativas. Acompanhamentos ideais Para equilibrar a riqueza da brandade, uma salada verde fresca com um molho vinaigrette simples é uma excelente escolha. Aspargos cozidos no vapor, brócolis salteados no alho ou até mesmo um arroz branco soltinho podem complementar a refeição. Em termos de bebidas, um

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Fim da Greve SP: Dívida do 13º Expõe Crise e Tensão na

A paralisação surpresa dos ônibus que jogou o transporte público de São Paulo no caos na tarde desta terça-feira (9) foi finalmente encerrada à noite, mas as consequências e as tensões que a deflagraram estão longe de serem resolvidas. O acordo emergencial entre empresários, sindicato e Prefeitura de São Paulo, embora tenha restaurado o serviço, escancara uma crise de confiança e uma fragilidade financeira que impactam diretamente milhões de paulistanos. Este evento não foi um simples contratempo; foi um sintoma claro de problemas estruturais profundos na relação entre o poder público e as empresas concessionárias. A urgência da situação, que afetou 3,3 milhões de pessoas e gerou um engarrafamento recorde de 1486 quilômetros, exige uma análise que vá além da superfície do conflito. O fim da greve traz alívio imediato, mas a forma como foi conduzida – com acusações diretas do prefeito Ricardo Nunes e o registro de um boletim de ocorrência contra as empresas – sinaliza que o cenário de instabilidade no sistema de transporte público de São Paulo pode estar apenas começando. Análise SIMBA: O Que o Dirigente Não Contou A narrativa oficial se concentra no atraso do 13º salário, prontamente negado pela Prefeitura como um problema de repasses. Contudo, a menção das empresas sobre uma “renegociação contratual em curso com a prefeitura” como justificativa para a falta de recursos é a peça-chave para entender a profundidade da crise. Isso sugere que a dificuldade de pagamento pode ser um reflexo de uma disputa maior sobre os valores dos contratos de concessão, que podem não estar cobrindo os custos operacionais ou as expectativas de lucro das empresas. O “irresponsáveis” do prefeito, neste contexto, pode ser uma tática para desviar a atenção de uma negociação emperrada. O compromisso de pagamento do 13º para o dia 12 de dezembro é uma solução paliativa. A questão central permanece: se as empresas alegam falta de recursos por renegociação, e o prefeito nega atrasos nos repasses, há uma grave desconexão ou um impasse financeiro em curso. Este cenário pode levar a novas paralisações, sucateamento da frota, ou pior, um aumento de tarifas que recairia sobre o passageiro. A prefeitura, ao registrar um BO, mostra uma escalada jurídica que pode deteriorar ainda mais as relações, dificultando soluções futuras e duradouras para a mobilidade urbana da metrópole. O impacto futuro sobre o serviço é iminente. Funcionários desmotivados por atrasos salariais e uma gestão em constante conflito com os operadores dificilmente conseguirão manter a qualidade e a pontualidade que a cidade exige. O episódio expõe uma vulnerabilidade crítica no sistema de transporte que pode comprometer não apenas a imagem da gestão, mas a própria funcionalidade de São Paulo. O Estopim da Paralisação A greve teve início abrupto após o anúncio das empresas de ônibus de que não conseguiriam efetuar o pagamento da primeira parcela do 13º salário, cuja quitação total havia sido acordada para 12 de dezembro. A alegação foi a renegociação contratual em andamento com a prefeitura, gerando revolta entre motoristas e cobradores que, sem aviso prévio, retiraram os ônibus de circulação em diversas regiões da cidade. O Jogo de Acusações: Prefeitura vs. Empresas A reação do prefeito Ricardo Nunes foi imediata e enérgica. Em um vídeo direcionado aos trabalhadores, ele negou veementemente qualquer atraso nos repasses da prefeitura para as empresas de ônibus, classificando os empresários do setor como “irresponsáveis”. Nunes garantiu que todos os pagamentos municipais estavam em dia, reforçando que a responsabilidade pelo atraso do 13º era exclusiva das companhias. Paralelamente, a prefeitura registrou um boletim de ocorrência contra as empresas que aderiram à paralisação, acusando-as de ferir gravemente a legislação por agir sem aviso prévio. O Acordo Emergencial e o Preço da Crise A negociação para o fim da greve mobilizou altos escalões da gestão municipal, incluindo secretários de Governo, Mobilidade Urbana e Segurança, além da SPTrans e representantes de 13 empresas de ônibus e do sindicato. O acordo garantiu o pagamento do 13º salário, mas os custos operacionais da interrupção do serviço, o impacto na produtividade da cidade e, principalmente, a erosão da confiança entre as partes, deixam marcas profundas. A greve, que durou poucas horas, já garantiu seu lugar na história como o evento que causou o maior índice de lentidão registrado até o momento neste ano em São Paulo. FAQ – Perguntas Frequentes Sobre a Crise do Transporte em SP 1. Qual foi o principal motivo da greve de ônibus em São Paulo? A greve ocorreu devido ao atraso no pagamento da primeira parcela do 13º salário por parte das empresas de ônibus. As companhias alegaram dificuldades financeiras em decorrência de uma renegociação contratual em curso com a Prefeitura de São Paulo. 2. Como a Prefeitura de São Paulo reagiu à paralisação e às acusações das empresas? O prefeito Ricardo Nunes negou qualquer atraso nos repasses da prefeitura às empresas, classificando os empresários como “irresponsáveis”. Além disso, a prefeitura registrou um boletim de ocorrência contra as empresas que aderiram à greve sem aviso prévio, alegando violação da legislação. 3. Quais foram os impactos imediatos da greve para a cidade? A paralisação afetou diretamente 3,3 milhões de pessoas em São Paulo, causando um colapso no transporte público e gerando um engarrafamento recorde de 1486 quilômetros, o maior índice de lentidão registrado até o momento neste ano. Deixe sua opinião: Essa crise no transporte de SP indica problemas maiores na gestão municipal ou na conduta das empresas? Comente! Fonte: https://oglobo.globo.com

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