2025/12 — Corinthians acerta com Rojas e diminui ameaça de novo transfer ban

O Sport Club Corinthians Paulista alcançou um acordo significativo com o meio-campista paraguaio Matías Rojas, que representa um passo importante para a estabilidade financeira do clube e a mitigação de riscos de punições futuras. O jogador aceitou uma proposta que contempla a quitação de uma dívida de R$ 41,2 milhões, abrindo mão dos juros adicionais que poderiam elevar esse montante. O valor será pago em duas parcelas, programadas para as últimas semanas de 2025. Este entendimento é crucial, pois alivia a pressão sobre a diretoria corintiana, que trabalha intensamente para evitar um novo transfer ban e resolver as pendências financeiras acumuladas, garantindo assim a capacidade de registrar novos atletas nas próximas janelas.

Entendimento crucial para estabilidade financeira

A negociação com Matías Rojas não apenas resolve uma pendência imediata, mas também é vista como um movimento estratégico para proteger o Corinthians de futuras sanções. O clube tem enfrentado um período de desafios financeiros, com dívidas que impactam diretamente sua operacionalidade no mercado de transferências. A decisão de Rojas de aceitar os termos propostos, renunciando a valores adicionais de juros, demonstra uma disposição para colaborar na resolução do impasse, facilitando o planejamento financeiro do alvinegro.

Os termos do acordo com Matías Rojas

O acordo estabelecido entre o Corinthians e Matías Rojas congela o valor da dívida em R$ 41,2 milhões. O ponto principal da negociação foi a renúncia por parte do jogador aos juros que seriam aplicados sobre esse montante, um fator que poderia aumentar consideravelmente a quantia devida. A forma de pagamento foi definida em duas parcelas, a serem quitadas nas últimas semanas do ano de 2025. Essa dilatação no prazo oferece ao clube uma margem de manobra para organizar suas finanças e honrar o compromisso, sem a urgência de desembolsos imediatos que poderiam desequilibrar o fluxo de caixa. A medida é fundamental para a saúde financeira a médio prazo do Corinthians.

Impacto na punição de transfer ban

A resolução da dívida com Matías Rojas tem um impacto direto e positivo na gestão do risco de um novo transfer ban para o Corinthians. Atualmente, o clube já enfrenta uma punição desse tipo, imposta pela FIFA, referente à dívida de R$ 33,4 milhões com o Santos Laguna, do México, pela aquisição do zagueiro Félix Torres. A prioridade da diretoria corintiana é precisamente resolver essa pendência existente e, com o acordo com Rojas, evitar a imposição de uma nova sanção. Contudo, a diretoria alerta que, caso os termos do novo acordo com Rojas não sejam cumpridos, a situação pode se agravar, com a possibilidade de intensificação da punição já em curso, somada a novas multas e juros. A agilidade na resolução dessas questões é vital para que o Timão possa operar plenamente no mercado de transferências, sem restrições que comprometam a montagem do elenco.

Estratégias financeiras e reestruturação para 2026

Diante do cenário financeiro desafiador, o Corinthians tem delineado um plano robusto de reestruturação e controle de gastos para 2026. Este plano visa não apenas quitar dívidas urgentes, mas também estabelecer uma base sólida para a sustentabilidade econômica do clube a longo prazo. A diretoria busca um equilíbrio entre a necessidade de investir no futebol e a responsabilidade de manter as contas em ordem, garantindo a competitividade e a saúde financeira.

Fontes de recursos e quitação de dívidas

Para honrar seus compromissos, o Corinthians planeja destinar parte dos R$ 77 milhões recebidos pela conquista da Copa do Brasil diretamente ao pagamento da dívida com Matías Rojas. O restante desse valor será empregado na quitação da dívida com o Santos Laguna, essencial para levantar o transfer ban em vigor. Adicionalmente, o clube conta com um empréstimo e o adiantamento de direitos televisivos firmados com a Liga Futebol Forte (LFU), recursos que também serão direcionados para esses pagamentos prioritários. Uma parcela dos fundos será utilizada para regularizar premiações atrasadas aos jogadores, um reconhecimento importante pelo cumprimento de metas esportivas e um fator de motivação para o elenco.

Redução de custos e metas orçamentárias

Apesar da classificação para a Copa Libertadores, o Corinthians tem como meta ambiciosa uma significativa redução dos custos com o futebol para o ano de 2026. A previsão orçamentária, já aprovada pelo Conselho Deliberativo, projeta um superávit de R$ 12 milhões e um Ebitda (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) de R$ 320 milhões. Para atingir esses números, a principal medida é a diminuição da folha salarial, que deve cair de R$ 435 milhões para R$ 354 milhões, representando uma economia de R$ 81 milhões. Incluindo outros custos operacionais do futebol, como despesas com serviços e jogos, o corte total no departamento deve chegar a R$ 90 milhões. Em uma escala mais abrangente, considerando os custos gerais do clube, a redução esperada é de R$ 505 milhões para R$ 410 milhões. O presidente Osmar Stábile, empenhado em alcançar essas metas, chegou a cogitar cortes drásticos no clube social, incluindo a extinção de modalidades como o futsal, mas recuou após a forte repercussão negativa entre os associados e torcedores.

Geração de receita com venda de jogadores

Complementando a estratégia de redução de custos, o Corinthians planeja arrecadar R$ 151 milhões com a venda de jogadores. O clube monitora de perto o mercado europeu, onde jovens talentos da base, como o meia Breno Bidon e o atacante Gui Negão, são observados por diversos clubes. Além deles, jogadores do elenco profissional como o goleiro Hugo Souza e o atacante Yuri Alberto também são vistos como potenciais alvos de propostas do Velho Continente. A concretização dessas vendas é fundamental para o cumprimento das metas orçamentárias e para o fortalecimento do caixa do clube. A continuidade do executivo de futebol Fabinho Soldado, que estaria na mira do Internacional, é outro ponto de incerteza que pode impactar o planejamento esportivo e de mercado do Timão.

Perspectivas futuras e desafios

O acordo com Matías Rojas representa um alívio temporário para o Corinthians, mas a jornada rumo à estabilidade financeira e operacional plena ainda é longa. A diretoria demonstra um claro compromisso em sanar as dívidas e reestruturar o clube, com planos ambiciosos de corte de custos e geração de receitas. Contudo, o sucesso dessas iniciativas dependerá da execução rigorosa das metas orçamentárias, da efetividade na negociação de jogadores e da capacidade de evitar novos passivos. O desafio é manter a competitividade esportiva enquanto se ajustam as finanças, um equilíbrio delicado que determinará o futuro do alvinegro nos próximos anos.

Perguntas frequentes

1. Qual o valor final do acordo entre Corinthians e Matías Rojas?
O valor da dívida que o Corinthians pagará a Matías Rojas foi fixado em R$ 41,2 milhões, após o jogador ter renunciado aos juros adicionais.

2. O que é um “transfer ban” e como ele afeta o Corinthians?
Um “transfer ban” é uma punição imposta pela FIFA que impede um clube de registrar novos jogadores. O Corinthians já enfrenta um transfer ban devido a uma dívida com o Santos Laguna, e o acordo com Rojas ajuda a prevenir a imposição de uma nova sanção.

3. Quais as principais metas financeiras do Corinthians para 2026?
As principais metas incluem alcançar um superávit de R$ 12 milhões, reduzir os custos com futebol em R$ 90 milhões (incluindo uma queda de R$ 81 milhões na folha salarial) e arrecadar R$ 151 milhões com a venda de jogadores.

Para acompanhar todos os desdobramentos sobre a situação financeira do Corinthians e o impacto de suas decisões no desempenho do clube, fique atento às próximas notícias e análises esportivas.

Fonte: https://jovempan.com.br

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