2025/12 — Corinthians consegue efeito suspensivo e trava inquérito do Ministério Público sobre possível intervenção judicial

Recurso impede atuação do MP até julgamento

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) teve o inquérito que avaliava uma possível intervenção judicial no Corinthians suspenso. O clube paulista protocolou um recurso pedindo o fim da investigação, o que gerou um efeito suspensivo. Com isso, a Procuradoria não poderá tomar qualquer medida até que o Conselho Superior do MP julgue o caso.

Argumentos do Corinthians contra a intervenção

A defesa do Corinthians baseia-se na alegação de que as dificuldades financeiras enfrentadas pela agremiação não são suficientes para justificar uma intervenção judicial. O clube ressalta que está em funcionamento regular e que possui autonomia como direito. Além disso, o Corinthians argumenta que existem “mecanismos menos drásticos” para resolver os problemas, como a possibilidade de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A diretoria também aponta que o endividamento é uma realidade comum a diversas outras equipes do futebol brasileiro.

Medidas de reestruturação financeira citadas pelo clube

O recurso corintiano detalha as providências que estão sendo tomadas para reverter o cenário financeiro atual. Entre elas, estão a reprovação das contas de ex-presidentes, a criação de um comitê específico para reestruturação financeira, negociações com a União para renegociação de dívidas e tratativas com a Caixa Econômica Federal sobre o débito referente à Neo Química Arena. Reformas no estatuto do clube também foram mencionadas.

Posição do MP-SP e ponto de discórdia

Apesar do recurso, o MP-SP se manifestou contra a suspensão, afirmando que, mesmo com autonomia, associações podem sofrer interferência caso um inquérito aponte a necessidade. O Ministério Público alega que o pedido de abertura da investigação inicial já indicava irregularidades em andamento no Corinthians. Um exemplo citado é um procedimento interno sobre uma proposta de patrocínio máster da empresa Responsa Gaming (Energia.bet), que teria sido reprovado pelo setor de compliance do clube. Segundo o MP-SP, essa situação poderia levar à expedição de uma recomendação, mas o efeito suspensivo impede qualquer diligência no momento.

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