Conselheiros do São Paulo protocolam pedido de impeachment contra Julio Casares
A crise política que assola o São Paulo Futebol Clube ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (data). Um grupo de conselheiros do Conselho Deliberativo protocolou um pedido formal de impeachment contra o atual presidente, Julio Casares. A ação surge em meio a investigações sobre supostos desvios de valores na venda de atletas e denúncias de venda indevida de ingressos para shows realizados no estádio MorumBis.
Frente Democrática lidera movimento com apoio de 58 conselheiros
O grupo denominado Frente Democrática informou, através de suas redes sociais, que o pedido de impeachment conta com o apoio de 58 conselheiros. Deste total, 13 membros pertencem a núcleos alinhados à atual gestão e outros três são oriundos do grupo Legião, que tem ligações com o ex-diretor Carlos Belmonte. A articulação demonstra um descontentamento significativo dentro do corpo deliberativo do clube.
Ritos do Impeachment: O que acontece agora?
O processo para a votação de um impeachment no São Paulo segue ritos estabelecidos. Após o recebimento do pedido, o presidente do Conselho Deliberativo, Olten Ayres, tem o prazo de 30 dias para convocar uma reunião extraordinária. Nesta reunião, o caso será debatido e levado a votação. Para que o afastamento provisório de Julio Casares seja aprovado, é necessária uma maioria qualificada de dois terços do Conselho, o que equivale a 171 votos dos 255 conselheiros possíveis.
Assembleia Geral e possível sucessão
Caso o Conselho Deliberativo aprove o afastamento, uma Assembleia Geral de sócios do clube deverá ser convocada em até 30 dias após a votação. Nesta instância, a decisão do Conselho precisará ser ratificada por maioria simples. Se Julio Casares for destituído do cargo, o vice-presidente Harry Massis Junior assumirá a presidência do São Paulo. Novas eleições para o comando do clube estão previstas para o final de 2026, em um processo de votação indireta onde os conselheiros elegem o mandatário.