2025/12 — Laudo da PF confirma violação da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro com fonte de calor; perícia detalha danos no aparelho

Um laudo produzido pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal (PF) confirmou a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica do ex-presidente Jair Bolsonaro. O documento, ao qual a CNN Brasil teve acesso, aponta que uma fonte de calor concentrado com ferro em sua composição foi empregada no dispositivo.

De acordo com o relatório da PF, testes realizados com ferro de solda na superfície do material da tornozeleira exibiram aspectos compatíveis com os danos verificados. O laudo também destaca que os estragos no equipamento apresentam características de “execução grosseira”, o que sugere que a ferramenta foi utilizada sem precisão técnica.

A Confissão e as Alegações da Defesa

Em novembro do ano passado, Jair Bolsonaro já havia admitido ter tentado romper a tornozeleira eletrônica utilizando um ferro de solda. Naquela ocasião, o ex-presidente cumpria prisão domiciliar, e o processo referente à trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não havia transitado em julgado.

A defesa de Bolsonaro, por sua vez, alegou que o ex-mandatário “apresentou quadro de confusão mental e alucinações, possivelmente induzidos pelo uso do medicamento Pregabalina”. A tentativa de violação do dispositivo acionou a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), que enviou agentes à residência de Bolsonaro em Brasília. No local, ele reconheceu a tentativa de se livrar do aparelho de monitoramento. Na manhã seguinte, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, autorizou a prisão preventiva de Bolsonaro.

Os Danos Internos da Tornozeleira

O laudo da Polícia Federal detalha que a aplicação da fonte de calor na tornozeleira não apenas danificou a superfície, mas também expôs a bateria do equipamento. Tal ação foi “suficiente para o acionamento de alarmes de integridade ou de violação”, conforme indicado no manual do aparelho como “alarme de violação”.

Além disso, foram constatadas “marcas de fusão na junção da capa polimérica plástica que reveste o sistema eletrônico do material”. Curiosamente, o relatório menciona que ferros de solda são instrumentos frequentemente utilizados por profissionais de eletroeletrônica pela sua capacidade de transferência de calor pontual, o que permite aquecer uma região específica sem elevar muito a temperatura ao redor, evitando danos a componentes eletrônicos próximos – um contraste com a “execução grosseira” observada no caso da tornozeleira de Bolsonaro.

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