2025/12 — Novo Mundial de Clubes da FIFA: Regulamento Injusto e Pouca Torcida Levam a Críticas e Desinteresse

Regulamento Desigual Gera Insatisfação

A recente edição da Copa Intercontinental da FIFA, disputada no Catar, evidenciou um descontentamento generalizado com o novo formato do torneio. Apesar de o Flamengo ter protagonizado uma partida histórica contra o Paris Saint-Germain (PSG), perdendo apenas nos pênaltis, o regulamento foi amplamente criticado, especialmente pelas equipes sul-americanas. A principal queixa reside na exigência de que o representante da América do Sul dispute duas partidas preliminares (quartas de final e semifinal), enquanto o campeão europeu entra diretamente na final. Essa mudança, que entrou em vigor em 2024, contrasta com o formato anterior, onde ambos os times iniciavam nas semifinais. O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista (Bap), classificou a situação como “absolutamente injusta”, destacando o desgaste físico de sua equipe, que acumula 80 jogos na temporada, em comparação aos 26 do PSG.

Desvalorização do Torneio e Falta de Interesse Local

A criação da nova Copa do Mundo de Clubes da FIFA, que será realizada a cada quatro anos a partir de 2025 nos Estados Unidos, também contribuiu para a desvalorização da Copa Intercontinental. Além disso, o torneio em si demonstrou uma notável falta de interesse no país-sede. O número reduzido de torcedores dos clubes participantes nas primeiras partidas do Flamengo, com públicos inferiores a 9 mil pessoas, chamou a atenção. Na final, embora o estádio estivesse mais cheio, a maioria dos espectadores eram moradores locais e da região do Oriente Médio. O desconhecimento sobre o torneio nas ruas de Doha era palpável, com a Copa Árabe, realizada simultaneamente, atraindo muito mais atenção da mídia e do público.

Calendário Apertado e Custos Elevados Afastam Torcedores

O calendário apertado foi outro fator apontado como prejudicial. A proximidade da final da Copa Intercontinental com a decisão da Libertadores, somada às últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, gerou um desgaste adicional para os jogadores e dificultou o planejamento para os torcedores. O alto custo da viagem do Brasil até a Ásia, especialmente após os gastos com a final da Libertadores no Peru e a Copa do Mundo de Clubes nos Estados Unidos, também desencorajou a presença de fãs brasileiros. Jogadores como Bruno Henrique e Léo Pereira relataram o impacto do longo calendário na condição física da equipe, contrastando com o momento da temporada dos europeus.

Reconhecimento do Nível Brasileiro Pelos Europeus

Apesar das críticas ao formato e da derrota nos pênaltis, o desempenho do Flamengo na final foi amplamente elogiado. Jogadores do PSG, como o zagueiro Marquinhos e o lateral Nuno Mendes, reconheceram a qualidade e a evolução tática do futebol brasileiro, exemplificada pelo time carioca. Marquinhos destacou que o Flamengo “vem trazendo uma revolução no futebol brasileiro” e que o time europeu demonstrou grande respeito pelo adversário. O técnico do PSG, Luis Enrique, e seus atletas valorizaram a conquista, indicando uma crescente importância atribuída ao título mundial por clubes europeus, especialmente considerando o investimento do fundo de investimentos do Catar no PSG.

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