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2025/12 — União Europeia exige libertação da Nobel da Paz Narges Mohammadi no Irã

A União Europeia (UE) manifestou profunda preocupação e solicitou formalmente às autoridades iranianas a libertação imediata da vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2023, Narges Mohammadi. A ativista, figura proeminente na luta pelos direitos humanos no Irã, foi detida novamente em 12 de janeiro, juntamente com pelo menos outros oito ativistas, na cidade de Mashhad. Esta nova prisão reacende os holofotes sobre a persistente repressão a vozes dissidentes no país. Bruxelas classificou as detenções como “profundamente preocupantes”, enfatizando o delicado estado de saúde de Mohammadi e o direito fundamental à liberdade de expressão, pilar de qualquer sociedade democrática. O pedido da UE reflete a crescente pressão internacional para que Teerã respeite os direitos humanos e liberte aqueles que, como Narges Mohammadi, dedicam suas vidas à defesa de princípios universais, mesmo sob grave risco pessoal. O novo encarceramento e a veemente condenação europeia A detenção de Narges Mohammadi e dos outros ativistas ocorreu em circunstâncias que geraram rápida reação internacional. Na sexta-feira, 12 de janeiro, Mohammadi foi presa durante uma cerimônia em homenagem ao advogado Khosrow Alikordi, encontrado morto em seu escritório na semana anterior, conforme informações divulgadas por sua fundação. Este evento, que já era sensível, transformou-se em um novo palco para a repressão, com as forças de segurança iranianas agindo contra aqueles que se reuniam para prestar suas últimas homenagens e, implicitamente, para expressar suas preocupações com o estado da justiça no país. Anouar El Anouni, porta-voz da diplomacia europeia, descreveu as detenções como “profundamente preocupantes”, sublinhando a gravidade da situação. A União Europeia fez um apelo direto às autoridades iranianas não apenas para a libertação de Narges Mohammadi, mas também para a de todas as pessoas “detidas injustamente enquanto exerciam sua liberdade de expressão”. A declaração de Bruxelas ressaltou, ainda, a importância de considerar o delicado estado de saúde de Mohammadi, um fator que adiciona urgência e seriedade ao pedido de soltura. A intervenção da UE destaca o compromisso do bloco com a defesa dos direitos humanos e liberdades fundamentais, condenando veementemente qualquer ação que restrinja esses direitos. Narges Mohammadi: uma década de luta e resistência Narges Mohammadi, aos 53 anos, personifica a resiliência na luta pelos direitos humanos no Irã. Sua vida tem sido marcada por uma dedicação inabalável à causa, resultando em longos períodos de encarceramento. Detida pela última vez em novembro de 2021, Mohammadi passou grande parte da última década atrás das grades, enfrentando diversas acusações relacionadas à sua atividade pacífica de ativismo. Sua persistência em defender os direitos das mulheres, a abolição da pena de morte e a democracia no Irã a tornou um símbolo de resistência e um alvo constante das autoridades iranianas. A concessão do Prêmio Nobel da Paz de 2023 foi um reconhecimento global de sua “luta contra a opressão das mulheres no Irã e sua batalha para promover os direitos humanos e a liberdade para todos”. O prêmio não apenas honrou sua coragem individual, mas também chamou a atenção mundial para a situação dos direitos humanos no Irã e a bravura de inúmeros ativistas que operam sob condições de extrema dificuldade. Para Mohammadi, o prêmio, embora recebido na prisão, serviu como um poderoso megafone para as vozes silenciadas de seu país, reafirmando a importância de sua missão. A saúde de Mohammadi tem sido uma preocupação constante. A ganhadora do Prêmio Nobel obtivera uma autorização de saída temporária por motivos de saúde em dezembro de 2024, devido a problemas relacionados aos pulmões e outras complicações. Embora a natureza exata e a cronologia desta autorização de saída temporária possam parecer complexas face à sua detenção em janeiro, a informação sublinha a fragilidade de sua condição física e a constante tensão entre sua necessidade de tratamento médico e a recusa das autoridades em conceder-lhe liberdade. O contexto da repressão iraniana e o apelo por justiça A detenção de Narges Mohammadi não é um incidente isolado, mas parte de um padrão mais amplo de repressão a dissidentes, ativistas e defensores dos direitos humanos no Irã. O governo iraniano tem sido consistentemente criticado por organizações internacionais e governos ocidentais por sua abordagem repressiva à liberdade de expressão, reunião e associação. Advogados, jornalistas, artistas e defensores dos direitos das mulheres são frequentemente alvo de prisões arbitrárias, julgamentos injustos e longas penas de prisão, sob acusações de “propaganda contra o sistema” ou “ameaça à segurança nacional”. O caso do advogado Khosrow Alikordi, cuja morte em seu escritório levou à cerimônia onde Mohammadi foi detida, ilustra os riscos enfrentados pelos profissionais da justiça que buscam defender os direitos civis. Embora os detalhes da morte de Alikordi não tenham sido totalmente esclarecidos, o ambiente de repressão cria um clima de medo e insegurança para aqueles que ousam desafiar o status quo. A comunidade internacional, incluindo a União Europeia, tem um papel crucial em monitorar e denunciar tais violações, aplicando pressão diplomática e, quando necessário, sanções para incentivar o Irã a cumprir suas obrigações internacionais de direitos humanos. A libertação de Narges Mohammadi e de outros ativistas é vista como um teste da vontade do Irã em engajar-se de forma construtiva com a comunidade global. Conclusão A recente detenção de Narges Mohammadi, laureada com o Prêmio Nobel da Paz, em conjunto com outros ativistas em Mashhad, representa um retrocesso preocupante para os direitos humanos no Irã. O apelo veemente da União Europeia pela sua libertação imediata, especialmente considerando seu delicado estado de saúde e o direito fundamental à liberdade de expressão, ecoa uma preocupação global. A história de Mohammadi, marcada por uma década de luta incansável contra a opressão e por inúmeros encarceramentos, é um testemunho da resiliência em face da adversidade e da importância do reconhecimento internacional de tais sacrifícios. Este episódio reforça a urgência de uma maior vigilância e pressão da comunidade internacional para que o Irã respeite as liberdades civis e proteja seus cidadãos, garantindo que vozes corajosas como a de Narges Mohammadi não sejam silenciadas. FAQ Quem é Narges Mohammadi e por que ela foi detida? Narges Mohammadi é uma proeminente ativista iraniana, vencedora

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Panahi Desafia Irã: prisão Não Cancela Volta Após Oscar

Jafar Panahi, renomado cineasta iraniano e vencedor da Palma de Ouro, desafia o regime de seu país. Mesmo condenado à prisão por “atividades de propaganda”, Panahi reafirma seu compromisso em retornar ao Irã após sua participação na corrida pelo Oscar. Essa decisão dramática expõe a complexa realidade enfrentada por artistas sob regimes autoritários e coloca em xeque o futuro de sua carreira. A ousadia de Panahi em priorizar sua pátria, apesar das ameaças, ressoa fortemente na comunidade cinematográfica internacional. A declaração de Panahi durante o Festival Internacional de Cinema de Marrakech não apenas demonstra sua coragem, mas também lança luz sobre a persistente repressão à liberdade de expressão no Irã. O impacto dessa situação transcende a esfera pessoal e levanta questões urgentes sobre o papel da arte como forma de resistência. A iminente volta de Panahi ao Irã representa um momento crucial, com desdobramentos incertos para sua liberdade e para o cenário cultural do país. A persistência de Panahi, mesmo diante da condenação, é um ato de resistência. Sua determinação em representar a França no Oscar, apesar das restrições, demonstra sua resiliência e a importância de sua voz no cenário global. Acompanharemos de perto os próximos passos do cineasta, em busca de justiça e liberdade. Análise SIMBA: O Que o Dirigente Não Contou A decisão de Jafar Panahi de retornar ao Irã, mesmo enfrentando uma condenação, é um ato de coragem que transcende a esfera pessoal e atinge diretamente a política e a cultura do país. Sua volta pode reacender o debate sobre a liberdade de expressão e os direitos dos artistas no Irã, pressionando o governo a reconsiderar suas políticas restritivas. Além disso, o retorno de Panahi impactará a comunidade cinematográfica iraniana, que pode se sentir inspirada a desafiar as limitações impostas. A presença do cineasta no país, mesmo sob vigilância, representa um símbolo de resistência e esperança para aqueles que lutam por um cenário cultural mais livre. Sua atitude pode catalisar um movimento de apoio e solidariedade, tanto nacional quanto internacionalmente. Volta Arriscada: Detalhes da Condenação Panahi foi condenado a um ano de prisão, além de uma proibição de viajar por dois anos e de aderir a qualquer grupo político ou social. Seu advogado já informou que recorrerá da decisão, buscando reverter as restrições impostas ao cineasta. O Legado de um Cineasta Premiado Vencedor do Urso de Ouro no Festival de Cinema de Berlim em 2015 por “Táxi Teerã”, Panahi já enfrentou a prisão em outras ocasiões, demonstrando sua resiliência e compromisso com a liberdade de expressão. Oscar e Retorno: Próximos Passos Atualmente em turnê internacional para promover seu filme “Foi Apenas um Acidente” na corrida pelo Oscar, Panahi reafirma sua intenção de retornar ao Irã assim que possível, desafiando a condenação imposta pelo regime. FAQ: Entenda a Situação de Jafar Panahi 1. Por que Jafar Panahi foi condenado no Irã? Jafar Panahi foi condenado por “atividades de propaganda” contra o regime iraniano. 2. Qual a pena imposta a Jafar Panahi? A pena imposta é de um ano de prisão, além de uma proibição de viajar por dois anos e de aderir a qualquer grupo político ou social. 3. Jafar Panahi pretende retornar ao Irã mesmo com a condenação? Sim, Jafar Panahi reafirmou sua intenção de retornar ao Irã após sua participação na corrida pelo Oscar. Deixe sua opinião sobre a decisão de Jafar Panahi de retornar ao Irã! Fonte: https://oglobo.globo.com

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