2025/12 — Cruzeiro fica sem técnico e deve ir atrás de Tite
O Cruzeiro enfrenta um momento de transição e incerteza no comando técnico após o anúncio da saída de Leonardo Jardim, nesta segunda-feira (15). A decisão ocorre em meio à recente e dolorosa eliminação nas semifinais da Copa do Brasil, um duro golpe para as ambições do clube mineiro na temporada. Jardim, que ainda tinha um contrato vigente até o final de 2026, expressou o desejo de se afastar definitivamente do futebol profissional, alegando desgaste e a busca por novos rumos para sua carreira. Diante dessa lacuna inesperada, a diretoria do Cruzeiro, liderada pelo presidente Pedro Lourenço, já se movimenta intensamente no mercado para encontrar um substituto à altura para o português. Entre os nomes que despontam como forte candidato para assumir o banco da Raposa, o experiente Tite surge como a principal e mais comentada opção, gerando grande expectativa entre a torcida e a mídia esportiva sobre os próximos passos da equipe celeste. O adeus de Leonardo Jardim ao Cruzeiro A era Leonardo Jardim no comando do Cruzeiro chegou ao fim nesta segunda-feira, dia 15. A decisão foi comunicada pelo próprio clube mineiro, que agradeceu publicamente os serviços prestados pelo treinador português e sua equipe técnica. A saída de Jardim ocorre na esteira da eliminação do Cruzeiro nas semifinais da Copa do Brasil, ocorrida no último domingo. Em um confronto eletrizante contra o Corinthians na Neo Química Arena, a Raposa foi superada na disputa por pênaltis, um resultado que se mostrou decisivo para o futuro do técnico. Jardim não estava sozinho em sua despedida. Os auxiliares José Barros, Antonio Vieira e Diogo Dias também deixam o time celeste, configurando uma mudança completa na comissão técnica. O português, que tinha contrato com o Cruzeiro até o final de 2026, surpreendeu a muitos ao manifestar um desejo que transcende o insucesso pontual: ele não pretende mais atuar como treinador de futebol. Aos 49 anos, Jardim justificou a decisão alegando um desgaste inerente à profissão e a existência de outros planos para seguir em sua carreira profissional, afastados da rotina intensa do comando de uma equipe de futebol. Pedro Lourenço, presidente do Cruzeiro, empenhou-se pessoalmente na tentativa de convencer Leonardo Jardim a permanecer no clube, reconhecendo o valor do trabalho realizado. Contudo, a determinação do técnico em mudar os rumos de sua vida profissional prevaleceu. Um balanço da passagem do português Leonardo Jardim chegou ao Cruzeiro em fevereiro deste ano, assumindo a difícil missão de substituir Fernando Diniz. Durante seu período à frente da Raposa, o técnico comandou a equipe em um total de 55 jogos oficiais, registrando um desempenho geral de 26 vitórias, 18 empates e 11 derrotas. Esse retrospecto resultou em um aproveitamento de 58,18%, considerado razoável para a temporada. Sob a batuta de Jardim, o Cruzeiro alcançou um feito importante no Campeonato Brasileiro, encerrando a competição na terceira colocação. Essa posição garantiu ao clube a tão desejada vaga direta na fase de grupos da Copa Libertadores, um objetivo crucial para o planejamento esportivo e financeiro da instituição. No entanto, apesar do sucesso no Brasileirão, o ciclo de Jardim foi marcado por outras eliminações precoces em competições de mata-mata. Além da recente queda na semifinal da Copa do Brasil para o Corinthians, a equipe foi eliminada na semifinal do Campeonato Mineiro e, de forma ainda mais frustrante, na primeira fase da Copa Sul-Americana. Essas falhas em momentos decisivos contribuíram para um sentimento de que a equipe, embora competitiva, não conseguiu alcançar todo o seu potencial em torneios eliminatórios, culminando na decisão do treinador de se afastar. A busca por um novo comando técnico Com a saída de Leonardo Jardim e sua comissão técnica, o Cruzeiro se vê diante da urgente necessidade de encontrar um novo líder para o seu elenco. A temporada segue em andamento, e com a vaga na Libertadores garantida para o próximo ano, a escolha do novo treinador é de suma importância para a continuidade do projeto esportivo do clube. A diretoria celeste já iniciou a busca no mercado, e diversos nomes começam a surgir nos bastidores e na imprensa esportiva como potenciais candidatos a assumir o comando da Raposa. A expectativa é por um profissional que possa dar sequência ao bom trabalho no Brasileirão e, ao mesmo tempo, trazer um novo fôlego e mentalidade para os desafios que se apresentarão em 2026, especialmente na principal competição continental. Tite: um nome de peso em pauta Entre as diversas especulações que circulam, um nome de peso desponta como principal opção para assumir o banco de reservas do Cruzeiro na próxima temporada: o experiente técnico Tite. O gaúcho, reconhecido por sua vitoriosa trajetória tanto em clubes quanto na seleção brasileira, surge como o candidato preferencial para liderar a Raposa. Relatos indicam que o Cruzeiro planeja se reunir ainda nesta segunda-feira com Tite, em um encontro decisivo para definir se o clube contará de fato com o treinador para o ano vindouro. A possível chegada de Tite ao Cruzeiro seria um marco para o clube, trazendo um profissional com vasta experiência em títulos e gestão de grandes elencos. Sua metodologia de trabalho e sua capacidade de organização tática são amplamente respeitadas no cenário do futebol. No entanto, um fator potencial de complicação pode surgir na mesa de negociações: a relação do técnico com o atacante Gabigol. Segundo informações divulgadas, essa relação, considerada ruim, poderia pesar no processo de contratação, especialmente se houver a premissa de que o jogador permanecerá na equipe em 2026. A diretoria celeste terá que avaliar cuidadosamente todos os aspectos, ponderando o prestígio e a capacidade de Tite com os possíveis desafios de gestão de elenco que sua chegada poderia acarretar. Cenários e desafios para a raposa A saída de Leonardo Jardim e a busca por um novo comandante técnico abrem um período de intensa reestruturação para o Cruzeiro. O clube, que garantiu uma vaga na Copa Libertadores do próximo ano, precisa de uma transição suave e eficaz para manter o nível de competitividade e alcançar novos objetivos. A escolha do sucessor de Jardim será crucial, não
