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Juju do Pix: o drama da influenciadora e a reconstrução facial

A história de Juliana Oliveira, conhecida nas redes sociais como Juju do Pix, é um alerta sobre os perigos de procedimentos estéticos clandestinos e os desafios da reconstrução. Originária de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Juliana, uma mulher trans, buscou em 2017 uma clínica irregular para modificar seu rosto, visando uma aparência mais feminina. No entanto, o que foi prometido como silicone industrial revelou-se uma aplicação criminosa de 21 seringas de óleo mineral. Essa intervenção desastrosa resultou em uma severa deformação facial e uma longa jornada em busca de recuperação, dividida com o cirurgião plástico Thiago Marra. A repercussão do caso de Juju do Pix, marcada por campanhas de arrecadação e controvérsias, lançou luz sobre as vulnerabilidades de quem busca transformações estéticas sem segurança, e as complexidades da vida pública digital. A busca por uma nova identidade e o procedimento clandestino Em 2017, Juliana Oliveira, então moradora de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, iniciou uma jornada pessoal em busca de maior alinhamento com sua identidade de gênero. Como mulher trans, ela desejava harmonizar as características de seu rosto para refletir uma imagem mais feminina. Foi nesse contexto que procurou uma clínica, que se apresentava como especializada em procedimentos estéticos, com a promessa de realizar o preenchimento facial utilizando silicone industrial. Contudo, a realidade por trás das portas daquela clínica clandestina era drasticamente diferente. Em vez da substância prometida, que já apresentaria riscos consideráveis se fosse industrial, Juliana foi submetida à aplicação de 21 seringas de óleo mineral. Esta substância, absolutamente inadequada para uso estético e injetável no corpo humano, desencadeou uma série de complicações graves e irreversíveis em seu rosto, alterando profundamente sua vida e colocando-a em uma situação de vulnerabilidade extrema. As consequências devastadoras do óleo mineral Os efeitos do óleo mineral no rosto de Juliana Oliveira começaram a se manifestar progressivamente, transformando sua fisionomia e causando intenso sofrimento. Inicialmente, o inchaço que se seguiu à aplicação parecia uma reação comum. No entanto, o problema escalou rapidamente. Segundo o cirurgião plástico Thiago Marra, que viria a acompanhá-la anos depois, o edema no rosto de Juliana cresceu de forma contínua e alarmante por um período de três anos, estendendo-se de 2018 a 2021. Esse inchaço persistente e descontrolado não apenas deformou seu rosto de maneira significativa, mas também trouxe uma série de impactos sociais e psicológicos. A alteração em sua aparência resultou em dificuldades para conseguir emprego e em um isolamento social crescente. A vida de Juliana foi profundamente afetada, mergulhando-a em uma busca desesperada por soluções médicas e financeiras para reverter os danos causados por uma escolha imprudente e uma intervenção criminosa, que a levou a um processo de visibilidade pública inesperado. A ascensão de “Juju do Pix” e a campanha por ajuda Diante da severa deformação facial e da crescente dificuldade em reintegrar-se ao mercado de trabalho, Juliana Oliveira buscou uma alternativa para custear uma cirurgia reparadora de alto custo. Foi assim que ela se tornou conhecida nas redes sociais como “Juju do Pix”. A estratégia consistia em pedir transferências em dinheiro, por meio do sistema Pix, para arrecadar fundos para o tratamento essencial para a reconstrução de seu rosto, transformando sua história em um apelo público. A história de Juju do Pix ganhou notória visibilidade em 2021, quando a influenciadora participou do programa “A Tarde é Sua”, apresentado por Sônia Abrão. A exposição nacional amplificou seu apelo por ajuda, gerando uma onda de solidariedade. Na ocasião, a campanha alcançou a arrecadação de aproximadamente R$ 20 mil, um valor considerável que, inicialmente, parecia um alívio em sua longa e custosa jornada médica, despertando esperança de uma recuperação rápida e eficaz. A controvérsia e o arrependimento público Apesar da solidariedade inicial, a trajetória de Juju do Pix foi marcada por controvérsias que geraram grande repercussão nas redes sociais. Após arrecadar cerca de R$ 20 mil, Juliana declarou publicamente que o montante não seria suficiente para cobrir integralmente os custos de sua cirurgia reparadora. Sem apresentar provas concretas da devolução dos valores aos doadores, ela anunciou que doaria o que havia recebido. Essa decisão, combinada com a falta de transparência, gerou desconfiança e transformou a influenciadora em alvo de críticas e acusações por parte daqueles que acompanhavam o caso e haviam contribuído financeiramente. A polêmica se intensificou quando, sob forte pressão e questionamentos, Juju do Pix admitiu ter comprado uma moto. Ela alegou que o valor utilizado na compra não provinha da vaquinha online, mas a explicação não foi suficiente para aplacar a indignação pública. A comunidade online, que antes demonstrava apoio, virou-se contra ela. Juliana passou a ser alvo de ataques de ódio, protestos, bullying e crimes digitais, incluindo atos de humilhação em massa, o que demonstrou o lado cruel da exposição nas redes, e as consequências do julgamento público. Em uma publicação posterior, o cirurgião Thiago Marra defendeu a influenciadora, contextualizando o erro: “Na época, ela pediu ajuda nas redes sociais para realizar a cirurgia, mas acabou tomando decisões equivocadas, usando parte dos recursos para outros fins. Hoje, a Juju reconhece esse erro, carrega um arrependimento genuíno e entende o quanto isso prejudicou sua própria jornada.” O médico enfatizou que, apesar dos equívocos, nada justificava a avalanche de ódio e perseguição digital que Juliana enfrentou, salientando a complexidade de sua situação. A complexa reconstrução facial e a recuperação A gravidade do caso de Juliana Oliveira era tamanha que, segundo o cirurgião plástico Thiago Marra, diversos profissionais da área médica se recusaram a realizar a complexa cirurgia de reconstrução facial. O óleo mineral havia se infiltrado nos tecidos, tornando o procedimento de remoção extremamente delicado e arriscado, exigindo um expertise e coragem que poucos estavam dispostos a assumir. A complexidade envolvia não apenas a extração da substância, mas também a reparação dos danos à estrutura facial e a restauração da estética. Felizmente, o Dr. Marra aceitou o desafio, e em 20 de novembro, Juliana foi submetida à intervenção cirúrgica no Hospital Indianópolis. O procedimento consistiu na cuidadosa retirada da pele contaminada pelo óleo mineral, um passo

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Pix sem Lei: BC Abre Mão e Aumenta Risco ao Consumidor?

O Banco Central surpreendeu o mercado e, principalmente, os consumidores ao anunciar que não irá regular o Pix Parcelado, a modalidade de crédito que permite dividir pagamentos instantâneos. A decisão, tomada em reunião do Fórum Pix, joga luz sobre um possível conflito de interesses entre a inovação financeira e a proteção dos usuários, levantando questões cruciais sobre transparência e custos. A falta de regras uniformes coloca o consumidor em uma posição vulnerável, exposto a diferentes modelos de parcelamento com condições nem sempre claras. A não regulamentação permite que bancos e instituições financeiras continuem a oferecer o Pix Parcelado de forma independente, cada um com suas próprias taxas, prazos e condições. Essa liberdade, defendida por alguns como benéfica para a competição e a inovação, pode se tornar uma armadilha para quem busca crédito rápido e fácil, mas não compreende completamente os encargos envolvidos. A ausência de um padrão dificulta a comparação entre as ofertas e aumenta o risco de endividamento. A decisão do BC acontece em um momento de fragilidade econômica para muitas famílias brasileiras, que veem no Pix Parcelado uma forma de acesso ao crédito. Sem a devida regulamentação e fiscalização, essa ferramenta pode se transformar em um problema ainda maior, agravando a situação financeira de quem já está endividado. Análise SIMBA: O Que o Dirigente Não Contou A decisão do Banco Central de não regular o Pix Parcelado pode ter impactos significativos no médio e longo prazo. A curto prazo, os bancos continuarão a explorar a modalidade de crédito com suas próprias regras, o que pode gerar uma falsa sensação de competição e, na realidade, dificultar a vida do consumidor na hora de comparar as opções. No futuro, a falta de regulamentação pode levar a um aumento do endividamento, principalmente entre os mais vulneráveis. A ausência de regras claras e uniformes dificulta a compreensão dos custos e prazos, aumentando o risco de inadimplência e de um ciclo vicioso de dívidas. O BC precisa monitorar de perto a evolução do mercado e estar pronto para intervir caso a situação se agrave, colocando em risco a estabilidade do sistema financeiro e a saúde financeira dos consumidores. Bancos Ganham, Consumidores Perdem? A decisão do Banco Central foi bem recebida por parte do mercado financeiro, que vê na não regulamentação uma oportunidade de inovar e oferecer produtos personalizados. No entanto, órgãos de defesa do consumidor alertam para os riscos da falta de transparência e da dificuldade em comparar as diferentes ofertas de Pix Parcelado. “Parcele no Pix”: A Nova Armadilha? Embora o BC tenha proibido o uso do termo “Pix Parcelado”, a permissão para utilizar expressões semelhantes, como “parcele no Pix” ou “crédito no Pix”, abre espaço para a confusão e a falta de clareza na comunicação com o consumidor. É fundamental que as instituições financeiras sejam transparentes e informem de forma clara e objetiva as condições do parcelamento, incluindo taxas de juros, prazos e custos adicionais. Idec Alerta para a Falta de Proteção O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) manifestou preocupação com a decisão do Banco Central, argumentando que a falta de regulação deixa os consumidores desprotegidos e expostos a práticas abusivas. A pesquisadora Viviane Fernandes ressalta a dificuldade em fiscalizar e exigir boas práticas por parte das instituições financeiras, uma vez que não há regras claras e uniformes. FAQ – Dúvidas Frequentes Sobre o Pix Parcelado O que é Pix Parcelado? É uma modalidade de crédito que permite parcelar pagamentos realizados via Pix. O Banco Central vai regular o Pix Parcelado? Não, o Banco Central decidiu não regular o Pix Parcelado por enquanto. Quais os riscos do Pix Parcelado sem regulamentação? Falta de transparência, dificuldade em comparar as ofertas, risco de endividamento e práticas abusivas. Deixe sua opinião sobre a decisão do Banco Central e como ela pode impactar o seu bolso! Fonte: https://oglobo.globo.com

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