2025/12 — Oposição do São Paulo pede afastamento de presidente Julio Casares
Um movimento significativo de oposição no São Paulo Futebol Clube ganhou força com o pedido formal para o afastamento de presidente do São Paulo, Julio Casares. Liderado pelo grupo “Salve o Tricolor Paulista”, a solicitação, apresentada nesta segunda-feira (15), visa não apenas o presidente, mas também outros membros da diretoria. A motivação central para esta crise reside na revelação de um suposto esquema de comercialização clandestina de camarotes no Estádio do Morumbi, especialmente durante grandes shows e eventos. Esta acusação séria de irregularidades financeiras e éticas abala a cúpula administrativa do clube, levantando questões sobre a transparência e a integridade da gestão. Conselheiros oposicionistas expressam profunda consternação e preocupação com o impacto na imagem da instituição. O pedido de afastamento e os diretores envolvidos O grupo de oposição “Salve o Tricolor Paulista” formalizou nesta segunda-feira (15) um pedido de afastamento imediato do presidente do São Paulo Futebol Clube, Julio Casares. A solicitação, protocolada junto aos órgãos competentes do clube, não se restringe apenas ao mandatário máximo, mas estende-se a outros importantes nomes da administração tricolor. Além de Casares, o grupo exige a remoção cautelar do superintendente de futebol, Márcio Carlomagno, e dos diretores Douglas Schwartzmann e Mara Casares. A iniciativa surge em resposta a revelações recentes de um suposto esquema de comercialização clandestina de camarotes no Estádio do Morumbi. Os conselheiros da oposição fundamentam o pedido na alegação de que a proximidade física e funcional dos envolvidos com a sala da presidência do clube tornaria “praticamente impossível afastar a hipótese de ciência por parte do mandatário máximo do clube nos fatos noticiados”. Esta argumentação sugere uma grave falha na supervisão ou, ainda, um conhecimento prévio das irregularidades por parte da alta cúpula. A carta apresentada pelo grupo detalha a “profunda consternação” diante das informações divulgadas, que indicam o envolvimento dos citados em um “esquema manifestamente vexatório de desvio de receitas oriundas da comercialização de ingressos de camarotes do Estádio do MorumBis”. Detalhes da solicitação formal e procedimentos Para que o pedido de afastamento seja encaminhado ao presidente do Conselho Deliberativo, Olten Ayres, a legislação interna do São Paulo Futebol Clube exige a coleta de assinaturas de, no mínimo, 20% dos conselheiros deliberativos. Isso significa que são necessárias 52 assinaturas entre os membros do Conselho. A carta da oposição não apenas pede o afastamento da presidência e das diretorias, mas também que Mara Casares e Douglas Schwartzmann sejam desligados cautelarmente de suas posições no Conselho Deliberativo, reforçando a gravidade das acusações e a necessidade de uma investigação ampla. É importante ressaltar que essa não é a primeira vez que parte do Conselho Deliberativo se manifesta contra a gestão de Julio Casares. No final de novembro, os mesmos conselheiros já haviam solicitado a renúncia do presidente, indicando um histórico de atritos e insatisfação com a administração atual. A persistência dos pedidos, agora com a formalização de um afastamento cautelar, eleva o nível da crise política dentro do clube, exigindo uma resposta institucional clara e rápida para preservar a estabilidade e a imagem do Tricolor Paulista. A expectativa é que o processo de coleta de assinaturas e a subsequente análise pelo Conselho Deliberativo sejam acompanhados de perto por torcedores e pela mídia esportiva. O esquema de comercialização clandestina de camarotes O cerne da crise que assola o São Paulo Futebol Clube reside na revelação de um complexo e suposto esquema de comercialização clandestina de camarotes no Estádio do Morumbi, operando especialmente em dias de shows e grandes eventos. As acusações sugerem que diretores e pessoas ligadas à administração do clube estariam se beneficiando financeiramente dessa prática ilegal, desviando receitas que deveriam, em tese, ser destinadas ao clube. Essa prática não apenas configura uma infração às normas internas, mas também levanta sérias questões sobre a ética e a transparência na gestão financeira do patrimônio tricolor. Um áudio, cuja autenticidade motivou o pedido da oposição, detalhou minunciosamente o funcionamento desse esquema. Nele, Douglas Schwartzmann, que atuava como diretor-adjunto de futebol de base, admitiu ter obtido ganhos financeiros com a situação, reconhecendo o envolvimento seu e de outras pessoas. Diante da repercussão das denúncias e da pressão interna, Schwartzmann licenciou-se de seu cargo no futebol de base. Mara Casares, ex-mulher do presidente Julio Casares e que ocupava a função de diretora feminina, cultural e de eventos do clube, também deixou seu posto logo após a eclosão do escândalo, o que reforça a percepção de que as acusações são graves e têm fundamentos. A natureza das acusações e as evidências O camarote específico que motivou a gravação do áudio e um processo judicial ao qual a oposição teve acesso é o “3A”, localizado no setor leste do Morumbi. O que torna essa informação particularmente sensível é o fato de que, em documentos oficiais do São Paulo, o local é designado como “sala presidência”. Essa proximidade física do ponto de operação do esquema com a sala da presidência do clube é um dos argumentos centrais utilizados pela oposição para sustentar a tese de que Julio Casares e o superintendente Márcio Carlomagno teriam conhecimento dos fatos. Os conselheiros alegam que, dado o local e a atuação diária do presidente e do superintendente nas dependências do clube, torna-se “praticamente impossível afastar a hipótese de ciência” sobre as irregularidades. As revelações indicam um desvio de receitas que poderia ter impactado negativamente as finanças do clube, que já enfrenta desafios econômicos. A comercialização clandestina de camarotes, ao operar à margem dos controles oficiais, impede que o São Paulo FC arrecade os valores devidos por esses espaços, gerando perdas significativas. Além das implicações financeiras, o escândalo macula a imagem da instituição, que é um dos clubes mais tradicionais do futebol brasileiro, e compromete a confiança de torcedores, conselheiros e parceiros. A necessidade de esclarecimento e punição dos responsáveis é vista como fundamental para a recuperação da credibilidade e para garantir a integridade da gestão futura. A transparência na apuração desses fatos será crucial para os próximos passos do clube. Conclusão A crise que se instalou no São Paulo Futebol Clube, impulsionada pelo


















