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2025/12 — Flamengo perde copa intercontinental para o PSG nos pênaltis

Em um confronto eletrizante pela final da Copa Intercontinental de Clubes da Fifa, o Flamengo foi superado pelo Paris Saint-Germain (PSG) na última quarta-feira (17), em uma emocionante decisão por pênaltis. Após um empate em 1 a 1 no tempo regulamentar e na prorrogação, a equipe rubro-negra não conseguiu concretizar o objetivo de encerrar a temporada de forma impecável com o título global. O torneio, que reuniu os campeões continentais, viu o time carioca lutar bravamente, mas sucumbir diante da equipe francesa, que, apesar de não contar com alguns de seus principais nomes em plena forma, demonstrou resiliência e eficácia nos momentos decisivos. A partida, marcada por intensa disputa tática e lances de tirar o fôlego, culminou em um desfecho dramático, com o PSG erguendo o troféu no Catar. Confronto inicial e o gol parisiense Primeiro tempo equilibrado com vantagem do PSG A partida começou com um ritmo intenso e ambas as equipes buscando impor seu estilo de jogo. O Flamengo, logo nos primeiros minutos, tentou surpreender com uma investida aérea; Bruno Henrique, após levantamento na área parisiense, cabeceou, mas sem direção. A resposta do PSG não tardou, com Vitinha arriscando um chute de longa distância que foi facilmente defendido pelo goleiro Rossi. A pressão inicial do PSG, especialmente após uma cobrança de falta que passou perto da meta carioca, indicava a tônica do confronto. A equipe de Luis Enrique controlava o meio-campo e ditava o ritmo. Uma situação de perigo para o Flamengo ocorreu quando Fabián Ruiz aproveitou uma falha na defesa rubro-negra e finalizou para um gol aparentemente aberto, com Rossi fora da área tentando reorganizar a zaga. No entanto, a intervenção do VAR foi crucial: o lance foi revisado e o gol anulado, assinalando um escanteio para os parisienses, trazendo alívio momentâneo para a torcida flamenguista. Perto dos 15 minutos, o Flamengo conseguiu equilibrar as ações e, mesmo com mais posse de bola no campo de ataque, não conseguiu converter suas chances em gol. O jogo se concentrou na faixa central, com o PSG mantendo o controle estratégico. Aos 30 minutos, o PSG foi forçado a fazer uma alteração: Kang-in Lee, que sentiu um problema, deu lugar ao jovem Senny Mayulu, de apenas 19 anos. Próximo ao fim da primeira etapa, o PSG capitalizou uma falha defensiva do Flamengo pelo lado direito. Mayulu, recém-entrado, encontrou Doué, que cruzou. Rossi falhou na tentativa de cortar a bola, e Khvicha Kvaratskhelia aproveitou a oportunidade para abrir o placar, colocando o PSG em vantagem de 1 a 0. Reação do Flamengo e o drama da prorrogação O gol de empate e a disputa acirrada No retorno do intervalo, o Paris Saint-Germain manteve a posse de bola, mas não conseguiu replicar a mesma intensidade ofensiva do primeiro tempo. O Flamengo, por sua vez, encontrava dificuldades para furar o bloqueio francês e parecia não ver a cor da bola em alguns momentos. O técnico Filipe Luís, buscando uma reação, fez uma aposta ousada, colocando em campo o atacante Pedro, que retornava de lesão, no lugar de Carrascal. A mudança provou-se acertada e trouxe um novo fôlego ao ataque rubro-negro. Em uma ação ofensiva crucial, Arrascaeta foi derrubado na área por Marquinhos. Após nova revisão do VAR, o árbitro assinalou a penalidade máxima para o Flamengo. Jorginho, com confiança, bateu no canto direito, deslocando o goleiro Safonov e empatando a partida em 1 a 1, incendiando o confronto no Catar. Após o gol de empate, Luis Enrique também realizou alterações, colocando Barcola para reforçar sua equipe. A partida ganhou em equilíbrio, com erros sendo cometidos por ambos os lados em busca da vitória. A marcação do Flamengo parecia mais atenta e intensa depois de igualar o placar. Arrascaeta, visivelmente exausto, deixou o campo para a entrada de Nicolás de la Cruz. Faltando cerca de dez minutos para o fim, Ousmane Dembélé, que havia sido desfalque por uma virose e iniciou no banco, entrou no lugar de Doué. Pedro ainda teve uma boa chance em contra-ataque, mas Marquinhos conseguiu desviar a finalização. No último lance do tempo regulamentar, uma falta cobrada na área deu a Marquinhos a chance de ouro para virar o jogo, com o gol aberto e sem goleiro, mas o zagueiro pegou muito mal na bola, desperdiçando a oportunidade e levando a partida para a prorrogação. Prorrogação sem gols e a decisão nos pênaltis A prorrogação começou com o Flamengo pressionando o PSG, mostrando uma atitude completamente diferente daquela vista no início do segundo tempo. Apesar do ímpeto renovado da equipe brasileira, as chances claras de gol não surgiram, e o primeiro tempo da prorrogação terminou sem grandes emoções e com o placar inalterado. No segundo tempo da prorrogação, o PSG retomou as ações ofensivas. Quentin Ndjantou, que havia entrado durante a prorrogação, finalizou de fora da área e levou perigo ao goleiro Rossi. Ambas as equipes demonstravam sinais de cansaço, com os jogadores sentindo o desgaste de uma final intensa. Dembélé, mesmo com a virose, teve uma boa chance após se livrar da marcação flamenguista, mas finalizou por cima do gol. Rossi, no finalzinho do jogo, ainda realizou uma boa defesa, garantindo o empate e forçando a decisão para a cobrança de pênaltis. Desfecho e legado A decepção rubro-negra na marca da cal A decisão por pênaltis foi dramática e cruel para o Flamengo. O placar final nas cobranças foi de 2 a 1 para o PSG. Pelo lado flamenguista, Nicolás de la Cruz converteu sua cobrança, mas Saúl, Pedro, Léo Pereira e Luis Araújo desperdiçaram, perdendo a chance de garantir o título. Pelo Paris Saint-Germain, Vitinha e Nuno Mendes foram precisos em suas cobranças, enquanto Dembélé e Barcola não conseguiram converter. A derrota significou a manutenção do Corinthians como o último campeão mundial brasileiro, com a vitória de 1 a 0 sobre o Chelsea em 2012. A Copa Intercontinental escapou do Flamengo, deixando um misto de orgulho pela luta e frustração pelo resultado final em uma temporada que prometia ser histórica. Perguntas frequentes Quem foi o campeão da

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2025/12 — Futebol feminino: calendário excessivo e lesões preocupam jogadoras

O cenário atual do futebol feminino global revela uma dicotomia preocupante: enquanto as atletas de elite enfrentam uma sobrecarga de calendário sem precedentes, gerando esgotamento e um risco elevado de lesões, outras jogadoras lutam contra a falta de oportunidades e tempo de jogo significativo. Essa dualidade expõe vulnerabilidades sistêmicas, onde o desenvolvimento e a saúde das atletas são comprometidos em ambas as extremidades do espectro competitivo. Há uma crescente preocupação com a sustentabilidade das carreiras e o bem-estar físico e mental no futebol feminino, exigindo uma reavaliação urgente das estruturas e do suporte oferecido às profissionais. O paradoxo do calendário: sobrecarga e subutilização O futebol feminino, em sua ascensão global, enfrenta o desafio de conciliar o aumento da visibilidade e profissionalização com a manutenção da saúde e longevidade das atletas. Um monitoramento recente da carga de trabalho das jogadoras evidenciou um contraste gritante entre diferentes níveis da modalidade. Nos campeonatos de ponta, como o alemão e o francês, a média de partidas disputadas pelas atletas em todas as competições é de apenas 14 por temporada, o que equivale a pouco mais de um jogo por mês. Esse volume insuficiente de jogos não apenas freia o desenvolvimento técnico e tático das jovens promessas, como também aumenta o risco de lesões, pois as atletas chegam menos preparadas para os poucos compromissos competitivos. O abismo nas ligas europeias e o impacto no desenvolvimento A Women’s Super League (WSL), a liga de futebol feminino da Inglaterra, é um exemplo claro dessa disparidade. Uma jogadora de um clube de elite como o Arsenal pode acumular o equivalente a 13 jogos completos a mais do que uma atleta de uma equipe da segunda divisão, como o Crystal Palace. Essa diferença acentuada no tempo de jogo cria um ciclo prejudicial. Atletas com poucos minutos em campo têm seu desenvolvimento limitado, perdem ritmo competitivo e, consequentemente, veem suas chances de convocação para seleções nacionais diminuírem, ampliando o fosso entre a base e o topo da pirâmide. Como salientou a jogadora da seleção espanhola Maitane Lopez, “Elas precisam de tempo competitivo, a subcarga é real. As jogadoras mais jovens não têm minutos suficientes para evoluir”, destacando a necessidade urgente de um calendário mais robusto para a maioria das atletas. O preço da elite: esgotamento e recuperação inadequada No polo oposto da balança, as estrelas do futebol feminino enfrentam um problema de sobrecarga intensa. Com o aumento da profissionalização e a expansão de competições nacionais e internacionais, as principais jogadoras da modalidade estão conciliando um número cada vez maior de partidas por seus clubes e seleções. No entanto, esse aumento na demanda física não tem sido acompanhado por um tempo de recuperação adequado ou por infraestruturas de suporte equivalentes às encontradas no futebol masculino, levando a um esgotamento físico e mental que compromete a performance e a saúde a longo prazo. O caso Aitana Bonmatí e a falta de suporte essencial O exemplo de Aitana Bonmatí, tricampeã da Bola de Ouro, é emblemático da elite sobrecarregada. Na última temporada, a meio-campista do Barcelona e da seleção espanhola fez impressionantes 60 aparições, ajudando seu clube a conquistar títulos nacionais e alcançar a final da Liga dos Campeões, além de disputar a final da Eurocopa pela Espanha. Esse ritmo exaustivo cobrou seu preço: aos 27 anos, Bonmatí foi afastada por cerca de cinco meses após passar por uma cirurgia para tratar uma fratura na fíbula esquerda, sofrida durante um treino com a seleção. Especialistas apontam que, embora jogadoras como Bonmatí atuem em grandes clubes, elas ainda não contam com as mesmas estruturas disponíveis no futebol masculino, como voos fretados, equipes próprias de nutrição e fisioterapia, e infraestrutura completa de recuperação. A jogadora Maitane Lopez complementa que a carga aumenta mais rápido do que os mecanismos criados para proteger as atletas. “Não têm as mesmas condições — nem perto — das equipes masculinas. É preciso investir mais em tudo ao redor das jogadoras, para que possam descansar e se recuperar. Burnout existe, saúde mental importa”, enfatizando a necessidade de um investimento abrangente na saúde e bem-estar das atletas. Conclusão A dicotomia entre a sobrecarga das estrelas e a subutilização de outras jogadoras representa um desafio complexo e multifacetado para o futebol feminino. Para garantir a sustentabilidade e o crescimento saudável da modalidade, é imperativo que as entidades responsáveis busquem um equilíbrio no calendário competitivo, invistam massivamente em infraestrutura de apoio e recuperação, e priorizem a saúde física e mental das atletas. A evolução do futebol feminino depende não apenas de talento e paixão, mas também de um ambiente que promova o bem-estar e o desenvolvimento pleno de todas as jogadoras, desde a base até o topo. FAQ Por que as jogadoras de elite do futebol feminino estão sobrecarregadas? As jogadoras de elite acumulam um grande número de partidas devido à conciliação de compromissos com seus clubes e seleções. Esse ritmo intenso, somado à falta de tempo adequado para recuperação e estruturas de suporte menos robustas que no masculino, leva ao esgotamento físico e mental. Qual o risco para as jogadoras com pouco tempo de jogo? A falta de tempo competitivo impede o desenvolvimento pleno das atletas, reduz seu preparo físico e técnico, aumenta o risco de lesões por falta de ritmo e preparo, e limita suas oportunidades de ascensão profissional e convocação para seleções. O que pode ser feito para melhorar a situação das jogadoras? É crucial reavaliar o calendário competitivo para buscar um maior equilíbrio. Além disso, é fundamental investir em infraestrutura de clubes e seleções, garantindo acesso a equipes completas de nutrição, fisioterapia, psicologia e recuperação, equiparando as condições às do futebol masculino. A discussão sobre o bem-estar das atletas é crucial para o futuro do futebol feminino. Compartilhe sua opinião sobre como podemos garantir um esporte mais justo e saudável para todas as jogadoras. Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br

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