2025/12 — Ucrânia Inova na Guerra Naval: Drone Subaquático Ataca Submarino Russo em Operação Histórica

Nova Era na Guerra Marítima

A Ucrânia alega ter realizado o primeiro ataque naval da história utilizando um drone subaquático para atingir um submarino russo. A operação, que teria ocorrido na última segunda-feira (15/12), teve como alvo um submarino da classe Varshavyanka ancorado no porto de Novorossiisk, na Rússia. O local é uma base estratégica para a Frota Russa do Mar Negro, abrigando diversas embarcações que, segundo o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), foram deslocadas para a área a fim de protegê-las de ataques ucranianos.

Imagens divulgadas pelo SBU mostram uma grande explosão emergindo da água próximo a um píer onde a embarcação estaria atracada. A Reuters confirmou a localização do vídeo com base nas características do porto. Se confirmado, o ataque marca um avanço tecnológico e tático significativo, demonstrando o crescente poder e a evolução dos drones de combate subaquático.

Economia e Impacto Estratégico

O valor de um submarino da classe Kilo, similar ao que teria sido alvo, é estimado em cerca de 400 milhões de dólares. Em contraste, o custo de um drone Sea Baby, fabricado na Ucrânia, é significativamente menor, em torno de 220 mil dólares. Essa disparidade ressalta a eficiência econômica da estratégia ucraniana.

Sidharth Kaushal, pesquisador sênior em Poder Marítimo do Royal United Services Institute, destacou que, se a Ucrânia realmente danificou um submarino desta classe, o feito teria grande repercussão militar e política. Ele ressaltou a dificuldade em rastrear e atacar submarinos em comparação com navios de superfície.

Evolução das Táticas Ucranianas

O uso de veículos marítimos não tripulados pela Ucrânia não é novidade. Desde abril de 2022, o país tem empregado drones navais de superfície equipados com explosivos para atacar navios e portos russos, forçando a Rússia a realocar parte de sua frota. Recentemente, a Ucrânia anunciou a produção de drones subaquáticos, como o Marichka e o Toloka, projetados para ataques furtivos.

O aparente sucesso do ‘Sub Sea Baby’ em um porto altamente protegido, contornando barreiras físicas e sonares, representa um novo patamar nas capacidades ucranianas. A Rússia, por sua vez, nega que o ataque tenha causado danos, afirmando que os navios permanecem em serviço. No entanto, o país tem um histórico de negar inicialmente perdas navais, como ocorreu com o cruzador Moskva em abril de 2022.

Contexto Político e Militar

O ataque ocorre em um momento delicado de negociações de paz, com a Ucrânia buscando demonstrar sua capacidade de infligir perdas significativas à Rússia. O porta-voz da Marinha ucraniana, Dmytro Pletenchuk, classificou a operação como um “ponto de inflexão” na batalha naval, destacando que o submarino atingido era capaz de transportar mísseis de cruzeiro Kalibr, utilizados em ataques contra a infraestrutura ucraniana. A possível dificuldade em reparar o submarino fora d’água também é um fator relevante.

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