2025/12 — Bap critica rivais, insulta jornalista e promete grandes investimentos no Flamengo

Em um encontro tenso com sócios na Gávea, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, presidente do Flamengo, adotou um tom incisivo e confrontador. O dirigente, em uma análise do primeiro ano de gestão, não apenas exaltou a notável força financeira do clube, mas também desferiu ataques diretos a rivais e protagonizou uma declaração polêmica direcionada a uma jornalista. O evento, marcado por projeções ambiciosas e farpas contra concorrentes, reacendeu debates sobre a postura do clube no cenário nacional e internacional, especialmente em relação a investimentos e governança. As declarações de Bap indicam uma estratégia agressiva para consolidar a hegemonia rubro-negra nos próximos anos, tanto em campo quanto no mercado.

Visão financeira e promessa de investimentos recordes
Projeções de faturamento e domínio no mercado de transferências

Luiz Eduardo Baptista detalhou as robustas finanças do Flamengo, anunciando que o clube encerrou o ano de 2025 com um faturamento impressionante, superando a marca de R$ 2 bilhões. Este volume financeiro, segundo o dirigente, posiciona o Rubro-Negro em um patamar de destaque, não apenas no cenário nacional, mas com aspirações de figurar entre os dez maiores faturamentos do futebol mundial nos próximos anos. A mensagem central foi clara: o Flamengo possui “fôlego e musculatura para ir muito mais longe” e não permitirá que nenhum concorrente no Brasil supere seus investimentos em contratações nas próximas janelas de transferências.

Bap enfatizou que a capacidade de investimento do Flamengo é tão sólida que, mesmo em um cenário hipotético sem a conquista de títulos, o clube manteria margem financeira suficiente para continuar com aportes significativos no futebol. Essa autonomia e poder de compra, conforme explicitado, serão cruciais para a “correção de rota” e para assegurar a permanência do Flamengo no topo. O presidente também comparou a eficiência dos investimentos do clube com a de rivais como Palmeiras e Botafogo. Para ele, o Flamengo obteve um retorno mais eficaz, apesar de esses clubes terem despendido valores mais altos em reforços. Baptista reiterou a crença na relação direta entre o volume de investimentos e a conquista de títulos, justificando, assim, a intenção de elevar ainda mais os aportes a partir de 2026. A visão estratégica é de um domínio financeiro que se traduzirá em superioridade competitiva dentro de campo, garantindo que o clube não apenas dispute, mas dite o ritmo do mercado de transferências no Brasil.

Críticas ácidas a rivais e ao modelo SAF
Ataques indiretos e controvérsia sobre a gestão de clubes

Além de exaltar as finanças do Flamengo, Bap direcionou críticas contundentes a diversos concorrentes e ao crescente modelo das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs). Ele declarou acreditar que, até 2029, o Flamengo será o único grande clube brasileiro a não adotar esse formato, levantando sérias ressalvas sobre a motivação por trás da transformação de clubes em SAFs. Sem citar nomes diretamente, exceto o do Atlético-MG, o dirigente insinuou que alguns gestores utilizam o formato SAF como uma estratégia para assumir o controle dos clubes após deliberadamente endividá-los, o que, em sua visão, compromete a identidade e o futuro dessas instituições.

As críticas se estenderam a clubes específicos, embora de forma velada. Ao discutir os desafios para o Flamengo se manter no topo, Bap utilizou a expressão “a ilusão do soberano”, uma clara alusão ao São Paulo, e mencionou um “déficit de governança”, que foi amplamente interpretado como uma crítica ao Corinthians. A respeito deste último, ele proferiu: “O cara é campeão de tudo, ganha o estádio, não paga e dez anos depois está quebrado”, uma referência incisiva à situação financeira e à construção da Neo Química Arena.

Ainda no contexto de rivalidades, Bap abordou a questão da infraestrutura do Maracanã e a reciprocidade no tratamento de torcidas visitantes. Ele prometeu um tratamento “recíproco” a clubes como Palmeiras e Atlético-MG, criticando veementemente o uso de redes de proteção em alguns estádios adversários. “Se você recebe a gente com aquela mer daquela rede, vai ter uma rede pior e mais fechada no Maracanã. Quem tratar bem o Flamengo será tratado bem quando vier jogar aqui. Taca uma pedra na gente que a gente taca uma montanha em você. Esse que vai ser o nível”, declarou, elevando o tom da rivalidade.

A controvérsia da declaração sobre a jornalista
Impacto da fala no futebol feminino e repercussão negativa

Apesar das fortes declarações sobre finanças e rivais, o momento de maior repercussão negativa durante a reunião veio quando Luiz Eduardo Baptista abordou o tema do futebol feminino. Ao discutir a diferença nas receitas e nos investimentos entre as modalidades masculina e feminina, o presidente do Flamengo dirigiu um ataque pessoal a uma jornalista da TV Globo. Embora não tenha mencionado o nome dela, Bap referiu-se à profissional de forma pejorativa como “nariguda”.

A declaração ocorre em um contexto de críticas prévias feitas pela jornalista Renata Mendonça à estrutura e aos investimentos do Flamengo na modalidade de futebol feminino. A fala do dirigente rapidamente gerou indignação e foi amplamente repudiada. Em resposta ao ocorrido, a TV Globo divulgou uma nota oficial, classificando a declaração de Bap como “gratuita e misógina”. A emissora reafirmou seu total respeito às mulheres e à importância da crítica profissional, ressaltando que esta deve ser exercida sem envolver ofensas pessoais. O incidente levantou discussões sobre o tratamento dispensado a jornalistas, especialmente mulheres, e sobre a necessidade de respeito e profissionalismo no discurso público, mesmo em ambientes de debate acalorado.

Consequências e o futuro do Flamengo

As declarações de Luiz Eduardo Baptista revelam uma gestão do Flamengo que combina uma impressionante solidez financeira com uma postura combativa e, por vezes, controversa. A promessa de investimentos recordes e a busca por um lugar entre as maiores potências econômicas do futebol global demonstram uma ambição que visa consolidar o domínio rubro-negro. No entanto, o tom crítico e provocativo em relação a rivais, bem como a declaração ofensiva sobre a jornalista, abrem flancos para questionamentos sobre a imagem institucional do clube e os valores que ele deseja representar.

A capacidade de inovar financeiramente e de atrair talentos incontestavelmente coloca o Flamengo em uma posição privilegiada. Contudo, o desafio reside em equilibrar essa pujança com uma comunicação que evite polêmicas desnecessárias e que promova o respeito dentro e fora de campo. O futuro do Flamengo, sob essa ótica, não dependerá apenas dos bilhões faturados ou dos títulos conquistados, mas também da forma como o clube se posiciona diante de questões de ética, governança e diversidade, elementos cada vez mais valorizados na sociedade contemporânea. As próximas janelas de transferências e a evolução do discurso público do dirigente serão cruciais para definir o legado dessa gestão.

Perguntas frequentes
1. Quem é Luiz Eduardo Baptista, o Bap?
Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, é um dos dirigentes proeminentes do Flamengo, ocupando o cargo de presidente. Ele é conhecido por sua atuação na gestão financeira e estratégica do clube, sendo uma figura central nas decisões relativas a investimentos, contratações e na representação pública do Rubro-Negro. Suas declarações frequentemente geram repercussão devido à sua postura direta e, por vezes, confrontadora.

2. Qual foi a declaração polêmica de Bap sobre a jornalista?
Durante uma reunião com sócios, Bap fez uma declaração ofensiva ao se referir a uma jornalista da TV Globo como “nariguda”. A fala ocorreu no contexto de uma discussão sobre o futebol feminino e a diferença de investimentos em relação à modalidade masculina. A jornalista em questão, Renata Mendonça, havia criticado anteriormente a estrutura e os investimentos do Flamengo na modalidade. A TV Globo repudiou a declaração, classificando-a como gratuita e misógina.

3. Quais foram as principais críticas de Bap aos clubes rivais e ao modelo SAF?
Bap criticou diversos clubes rivais de forma indireta, utilizando alusões a situações financeiras e de governança. Ele se referiu ao São Paulo como “a ilusão do soberano” e ao Corinthians com menções a um “déficit de governança” e dívidas relacionadas à construção de seu estádio. Além disso, expressou forte ceticismo em relação ao modelo das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs), sugerindo que alguns dirigentes utilizam esse formato para assumir o controle dos clubes após endividá-los, e projetou que o Flamengo será um dos poucos grandes clubes a resistir a essa transição.

Para se aprofundar nas estratégias e desafios do Flamengo, acompanhe as próximas notícias do mundo do futebol.

Fonte: https://jovempan.com.br

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