Justificativa em Reunião do Conselho
Leila Pereira, atual presidente do Palmeiras e em seu segundo mandato, defendeu a possibilidade de concorrer a uma terceira eleição consecutiva. Em reunião com o Conselho Deliberativo na terça-feira (16), ela afirmou que a alteração do estatuto para permitir sua candidatura não configura um “golpe”. A dirigente argumentou que o próprio estatuto do clube prevê a possibilidade de mudanças, que precisam ser aprovadas pelo Conselho e ratificadas pelos associados.
Comparação com o Real Madrid
Para embasar sua tese, Leila Pereira citou o Real Madrid e seu presidente, Florentino Pérez. “Essa questão de alternância de poder não acontece no Real Madrid. O presidente está lá há 20 anos. O Real Madrid é um clube pequeno, sabe? E nem um pouco vitorioso”, ironizou a presidente palmeirense. Florentino Pérez comanda o clube espanhol desde 2009 e foi reeleito em janeiro de 2025 para seu sétimo mandato, que se estenderá até 2029, totalizando quase duas décadas no cargo.
Críticas à Oposição e Conselheiros Vitalícios
A presidente do Palmeiras também questionou a coerência de conselheiros vitalícios que se opõem à sua intenção de buscar um terceiro mandato. Ela argumentou que, se a alternância de poder é considerada saudável, por que não aplicá-la também ao conselho, que possui membros vitalícios. Leila sugere que parte da oposição pode ter motivações ligadas à “abstinência de viagens e de benesses” que ela afirma ter cortado desde que assumiu a presidência.
Caminho para a Candidatura e Articulação Política
Para que Leila Pereira possa ser candidata mais uma vez, o estatuto do Palmeiras precisa ser alterado. A proposta de mudança deve ser aprovada primeiramente pelo Conselho Deliberativo, onde Leila conta com cerca de 120 dos 300 conselheiros e precisa de 151 votos (50% mais um) para a aprovação. Caso a mudança seja aprovada, a assembleia de sócios daria o aval final. A presidente, que havia desistido da ideia em julho do ano passado, retomou o plano após constatar popularidade interna e apoio de ex-presidentes, como Mustafá Contursi, um dos articuladores da nova candidatura. Se aprovada, Leila poderá estender sua gestão, iniciada em 2022, até 2030.